REPRESENTAÇÕES DO TEMPO HISTÓRICO ENTRE A AULA E O INTERVALO NA E.E.M. VIRGÍLIO TÁVORA

Abstract

A proposta desta Dissertação resulta de um estudo reflexivo aportado no Mestrado Profissional em Ensino de História (PROFHISTÓRIA) - URCA sobre as representações do tempo histórico em escolas da Educação Básica, tendo como base os discentes da Escola de Ensino Médio Virgílio Távora, na cidade de Barbalha-Ce, buscando quais são as representações do tempo histórico presentes naquele espaço escolar. Neste sentido, problematizamos as representações do tempo histórico a partir da seguinte pergunta: Analisando a complementaridade entre a aula e intervalo, quais são as representações do tempo histórico dos discentes da E.E.M. Virgílio Távora? Partilhamos da seguinte hipótese: as alusões sobre as representações do tempo histórico veiculadas em sala de aula pelos discentes encontram seus arquétipos, seu substrato no momento da alternância com a “hora do intervalo” que é onde se encontram inseridas as gramáticas verbais (intencionalidade) e as não verbais (naturalizadas/ “inconscientes”). Nesse sentido, é a partir da problemática da função social do ensino de História e os seus desafios na contemporaneidade que surge a necessidade de compreensão acerca das representações do tempo histórico por parte dos discentes, da forma como eles operam e significam as categorias conceituais do saber historiográfico. As representações do tempo histórico entre a aula e o intervalo sendo pensadas como objeto de estudo e reflexão acerca do ensino de História contribuem para uma melhor análise de como se dão os processos de apropriação de tempo histórico por parte dos discentes. A partir do cotidiano escolar, das observações de campo, diríamos que as relações entre as noções de tempo representadas no intervalo e projetadas em sala de aula nos ajudam a compreender melhor a dinâmica das representações do tempo histórico e, por corolário, o ensino-aprendizagem. Dessa forma, tal propositiva se apresenta como alternativa viável para a prática docente, todavia, isso não implica em dizer, dada a complexidade das questões que envolvem o ensino de História - esgotar as discussões acerca dessa temática no ensino de História.