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| Metadados | Descrição | Idioma |
|---|---|---|
| Autor(es): dc.contributor.author | MATEUS, ANA BEATRIZ ALCÂNTARA | - |
| Autor(es): dc.contributor.author | PINHEIRO, ALANA MARIA LOBO DE QUEIROZ | - |
| Autor(es): dc.contributor.author | PATRÍCIO, ANA RAQUEL SILVA | - |
| Autor(es): dc.contributor.author | SANTANA, LAÍS QUEIROZ | - |
| Autor(es): dc.contributor.author | ARAÚJO, LÍVIA MARIA DE SOUSA | - |
| Autor(es): dc.contributor.author | SILVA, MARIA MARIANA DE ANDRADE | - |
| Autor(es): dc.contributor.author | OLIVEIRA, VICTOR FÉLIX GOMES DE | - |
| Data de aceite: dc.date.accessioned | 2025-11-27T19:22:01Z | - |
| Data de disponibilização: dc.date.available | 2025-11-27T19:22:01Z | - |
| Data de envio: dc.date.issued | 2025 | - |
| Fonte: dc.identifier.uri | http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/1132898 | - |
| Resumo: dc.description.abstract | Pertencimento é difícil. Muitas vezes, olhamos para um espaço e nos perguntamos se nosso lugar realmente é aqui. O mundo universitário e acadêmico nos trás um pouco desse incômodo, uma vez que se assemelha a uma grande cidade, com prédios, ruas, avenidas, carros e gente correndo pra lá e pra cá. Isso nos imobiliza, dá medo de se perder e pensamos que a única alternativa é correr junto à multidão, trabalhar em prazos minúsculos e em coisas que você talvez nem goste. Porém, nessa mesma cidade, existem locais de encontro, como um teatro, um museu, uma praça e um bar, locais esses que estão em disputa de ocupação e, por isso, devem ser reivindicados, podendo ser tua morada, ter neles algo que te pertence e que encontre um abraço coletivo de cuidado. No momento do imobilismo, do medo e da solidão universitária, surge a necessidade de entendermos quem somos, voltarmos atrás e buscarmos o que foi perdido, (re)tomando posse daquilo que foi importante na nossa trajetória e que nos constituiu. Ao retornar ao passado, podemos olhar para o futuro e reconstruir um novo caminho. Esse deslocamento é chamado de Sankofa pelo povo Akan de África, que encoraja o movimento de olhar para tua trajetória, simbolizado por um pássaro com a cabeça direcionada para trás. Ao sabermos quem somos e podendo ver o que queremos, conseguimos reivindicar esta cidade universitária, fazer dela algo nosso, que tenha nossa cara e que represente a vivência daquele que está à margem da sociedade, tornando a faculdade em uma casa coletiva e politizando as formas de transmitir afeto. Este fragmento mais poético demonstra nosso sentimento ao ler os textos presentes na obra aqui apresentada. Os autores fizeram o movimento de sankofa de procurar na sua vida aqueles elementos que formam suas subjetividades e tensionam, também, a própria psicologia, ao trazer temas que vistos como não científicos, não importantes e secundários à formação acadêmica. Daí surge uma pergunta ou melhor algumas perguntas: O que é, então, fazer psicologia? Quem pode medir ou fiscalizar este fazer? Esta obra não tem o objetivo de respondê-las, mas sim de jogar elementos que servem para imaginar um possível direcionamento. O fazer psicologia que acreditamos deve estar vinculado à nossa história, ao movimento da vida e ao cuidado, sendo na coletivização destes e na busca por moradia no outro que achamos elementos que nós diz respeito a uma práxis, a uma busca direcionada ético-politicamente em um outro fazer ciência e fazer profissão. No respiro do cotidiano, o cuidado costumava ser tecido assim: com memória, pertencimento e maleabilidade de um tempo que desconhecia a pressa. Mesmo quando a Psicologia nos era turva, incompreensível e inacessível, os sentidos do cuidar já nos atravessavam pela via ancestral e inventiva. Até que um dia, crescemos, somos distanciados dessa pertença e deparamo-nos com uma Psicologia enlaçada no conhecimento científico e na universidade que não apenas se mostram o contrário das nossas vivências, mas também se constituem por um lema de Ordem e Progresso o qual, na realidade, revela desordem e retrocesso em suas práticas. Nesse sentido, atentar se a tal armadilha implica em reencontrar aquela ancestralidade e inventividade outrora tão nossas e, assim, refundar saberes historicamente apagados. Esse apagamento também borrou diversas narrativas e existências que ocupam uma posição de afronta aos modos hegemônicos de ser, saber, poder e sentir impostos ao Sul Global. Temos memórias e sonhos deslegitimados e empurrados à margem do não-ser, como quem paga a penitência do ódio naturalizado pelos outros. Aqui, a máxima de Ordem e Progresso é, também, maquinada pela colonialidade, herança, em constante atualização, das violências coloniais. Estas, juntas, forjam o conhecimento científico, a universidade e, inclusive, a Psicologia, a qual nasce de e reproduz tais raízes. Portanto, se esta proposta de cuidado não nos insere, anunciamos, em coro, que ela não nos interessa. | pt_BR |
| Idioma: dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
| Direitos: dc.rights | Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Brazil | * |
| Licença: dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/ | * |
| Título: dc.title | VARANDÃO DECOLONIAL | pt_BR |
| Tipo de arquivo: dc.type | livro digital | pt_BR |
| Aparece nas coleções: | Livros digitais | |
| Arquivos associados: | ||||
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| VARANDAO DEOCOLONIAL.pdf | 1,27 MB | Adobe PDF | /bitstream/capes/1132898/2/VARANDAO DEOCOLONIAL.pdfDownload |
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