SILÊNCIOS QUE FALAM, PALAVRAS QUE NADA EXPLICAM: AS NARRATIVAS HISTÓRICAS COMPARADA SOBRE A QUESTÃO DO AMAPÁ

Abstract

O tema dessa dissertação é a Questão do Amapá, evento histórico que ocorre desde os primeiros contatos entre portugueses e franceses na região do Oiapoque no século XVI, e se desenvolve tensões e distensões nos séculos posteriores até a decisão arbitral internacional em favor do Brasil no ano de 1902. Este trabalho tem por objetivo apresentar as narrativas históricas comparadas sobre a Questão do Amapá através das conjunções e contradições em suportes acadêmicos e didáticos. A metodologia do trabalho pauta-se no método comparativo em história, o qual se analisa as possibilidades de características das linguagens históricas. A hipótese é que as narrativas históricas podem apresentar as características de arquétipo, estereótipo, silêncio e esquecimento. O primeiro resultado é que as narrativas acadêmicas negam o modelo teórico cientifico desse texto, pois elas revelam a preocupação em valorizar personagens históricos marginalizados, silenciados e esquecidos pela historiografia anterior aos século XXI. O segundo resultado é que as narrativas didáticas, subdivididas em livros didáticos e paradidáticos, confirmam o modelo teórico científico dessa dissertação, porquanto elas se caracterizam pela aceitabilidade do arquétipo, estereótipo, silêncio e esquecimento. Dessa forma, a conclusão é que as narrativas históricas comparadas são heterodoxas, diversas e plurais, possibilitando a utilização de diferentes linguagens históricas no Ensino de História.