A relação ensino-aprendizagem em história e aspectos da saúde mental: experiência na EEM professora Diva Cabral

Abstract

Este estudo teve como objetivo analisar e refletir sobre a história dos 40 anos de fundação da EEM Professora Diva Cabral, utilizando esse marco histórico para problematizar os conteúdos e a relação ensino-aprendizagem na disciplina de História, além de promover a autonomia e a saúde mental dos alunos. A pesquisa partiu da hipótese de que o resgate da memória e da identidade escolar, por meio do conhecimento da história local, cria espaços de pertencimento e estimula a reflexão sobre a identidade, os desafios cotidianos e as experiências emocionais dos estudantes. Para alcançar esses objetivos, adotou-se uma metodologia qualitativa que envolveu a construção e análise de sete fontes produzidas em etapas distintas, envolvendo tanto o corpo docente quanto discente. Essas fontes foram elaboradas a partir de documentos e registros coletados antes, durante e após a Feira Cultural e Científica de 2023, cujo tema “Diva 40 anos: Identidade e Memória” orientou as atividades de pesquisa, problematização e a criação de novas fontes históricas. Complementarmente, um questionário aplicado em 2024, via Google Forms, permitiu a reflexão conjunta de alunos e docentes sobre temas como a saúde mental, o impacto da pandemia de Covid-19 e as influências da realidade socioeconômica e cultural no ambiente escolar. Motivado pela experiência prática do autor como coordenador escolar e professor do Ensino Médio, que lida diariamente com as complexidades emocionais dos alunos, o estudo formulou questões fundamentais sobre a relação entre saúde mental, ensino de História e história local, investigando como o conhecimento da comunidade pode influenciar o bem-estar dos estudantes e de que modo as condições socioeconômicas e culturais impactam esse contexto. Observou-se que o aprofundamento do conhecimento sobre a história da escola e do território contribuiu para o fortalecimento da identidade dos alunos, ajudando-os a refletir sobre suas próprias existências, desafios e potencialidades. Os resultados ressaltam que a integração entre dimensões cognitivas e afetivas no processo de ensino-aprendizagem é decisiva para a construção de um ambiente escolar acolhedor e inclusivo. Práticas pedagógicas inovadoras que promovem o autocuidado, a empatia e a inteligência emocional demonstraram que a saúde mental deve ser encarada como parte integrante da formação humana e cidadã. Em síntese, recomenda-se a continuidade e ampliação de práticas pedagógicas que integrem teoria e prática de forma inovadora e humanizada, contribuindo para ambientes escolares que valorizem tanto o conhecimento quanto o bem-estar emocional dos estudantes.