Na encruzilhada das redes sociais: o quilombismo como estratégia de uma parlamentar negra e favelada

Registro completo de metadados
MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorFelix, Carla Baiense-
Autor(es): dc.contributorBarros, Chalini Torquato Gonçalves de-
Autor(es): dc.contributorSantos, Márcia Guena dos-
Autor(es): dc.contributorSouza, Renata da Silva-
Autor(es): dc.creatorMachado, Paula Máiran de Brito-
Data de aceite: dc.date.accessioned2025-08-21T20:12:18Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2025-08-21T20:12:18Z-
Data de envio: dc.date.issued2025-03-05-
Data de envio: dc.date.issued2025-03-05-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/37106-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/1056580-
Descrição: dc.descriptionEsta dissertação toma por tema o quilombismo (Nascimento, 2019) como estratégia nos processos midiáticos de uma parlamentar brasileira feminista negra (González, 2020) e socialista (Davis, 2016). O objetivo é, a partir de uma abordagem decolonial (Castro-Lara, 2016; Curiel, 2015), identificar possibilidades e limites dessa experiência de modo a contribuir nas reflexões sobre o fenômeno da comunicação política nas redes sociais como ferramenta de resistência e enfrentamento às opressões em interseccionalidade (Crenshaw, 2017; Collins, 2022) de raça, gênero, classe e território, entre outros marcadores de subalternização numa sociedade controlada pelo cisheteropatriarcado (Vérgès, 2020) colonial branco. A pesquisa teve como base os processos midiáticos (Félix, Mendes, 2018) da deputada estadual Renata Souza, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) do Rio de Janeiro, cria da Maré, jornalista, comunicadora popular, doutora em Comunicação e Cultura, ex-chefe de gabinete da vereadora Marielle Franco, vítima de um feminicídio político (Souza, 2020) em 14 de março de 2018. O recorte temporal foi a campanha eleitoral para a reeleição de Renata Souza em 2022, entendida como período de suspensão do cotidiano (Heller, 2008), com ênfase na última semana antes do pleito e com especial atenção sobre os sujeitos aquilombados nas redes sociais, as suas identidades, estratégias e ações. Formada, em maioria, por uma juventude (Dayrell, 2007) de perfil semelhante ao da parlamentar, de mulheres ou jovens de identidade (Hall, 2019) negra e de periferia, com militância comunitária, a equipe de redes teve que driblar obstáculos representados, sobretudo, pelo racismo algoritmo (Silva, 2022) verificado nos aparatos midiático-políticos de propriedade de homens brancos situados entre os 1% mais ricos do mundo. Apesar das adversidades, os dados mostraram crescimento significativo, orgânico, no número de seguidores e no engajamento (Bastos, 2020) no perfil da parlamentar nas redes, e Renata foi reeleita como a mulher mais votada da história da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), com 174.132 votos, o triplo em relação aos votos da primeira eleição. A pesquisa procurou aprofundar um olhar reflexivo sobre conceitos africanos identificados como fundantes das estratégias e táticas avaliadas como mais relevantes para o desempenho de Renata nas redes e nas urnas, como griô/griotte, sankofa (Nascimento, 2019) e ubuntu (Sodré, 2021). Na condição híbrida de assessora de imprensa da candidata e de pesquisadora, adotei a escrevivência de Evaristo como metodologia, o que envolveu facilidades, pela proximidade na convivência, mas também alguma tensão nas relações. Houve ainda a aplicação de um formulário de perguntas e a realização de conversas. Além disso, a pesquisa contou com uma revisão bibliográfica cujos achados envolveram um diálogo com o próprio Exu sobre essa unidade geracional (Mannheim, 1952) e o seu quilombismo (Nascimento, 2019) nas redes, visto então como um movimento não só circular (Santos, 2023), como espiralar (Martins, 2021), em amefricanidade (Gonzalez, 2020) afrodiaspórica do orixá da comunicação, feito um rede-moinho na encruzilhada (Biteti, 2021; Weiss, Bueno, 2014; Martins, 2021) da mídia política. Em jogo, a abrir os caminhos do feminismo negro para muito além dos destinos eleitorais, no rumo da conquista de mudanças concretas na vida das pessoas e da derrota das estruturas dominantes (Collins, 2022) do sistema de opressões cruzadas e sobrepostas que sustenta o cisheteropatriarcado e por ele é sustentado.-
Descrição: dc.descriptionThis dissertation focuses on quilombismo (Nascimento, 2019) as a strategy in the media processes of a black feminist (González, 2020) and socialist (Davis, 2016) Brazilian parliamentarian. The objective is, based on a decolonial approach (Castro- Lara, 2016; Curiel, 2015), to identify possibilities and limits of this experience in order to contribute to reflections on the phenomenon of political communication on social networks as a tool of resistance and confrontation against intersectional oppressions (Crenshaw, 2017; Collins, 2022) of race, gender, class and territory, among other markers of subordination in a society controlled by the white colonial cisheteropatriarchy (Vérgès, 2020). The research was based on the media processes (Félix, Mendes, 2018) of state deputy Renata Souza, from the Socialism and Liberty Party (PSOL) of Rio de Janeiro, raised in Maré, journalist, popular communicator, PhD in Communication and Culture, former chief of staff of councilwoman Marielle Franco, victim of a political femicide (Souza, 2020) on March 14, 2018. The time frame was the electoral campaign for the reelection of Renata Souza in 2022, understood as a period of suspension of daily life (Heller, 2008), with an emphasis on the last week before the election and with special attention to the quilombola subjects on social networks, their identities, strategies and actions. Formed mostly by young people (Dayrell, 2007) with a profile similar to that of the parliamentarian, women or young people with a black identity (Hall, 2019) and from the outskirts of the city, with community activism, the social media team had to overcome obstacles represented, above all, by the algorithmic racism (Silva, 2022) found in the media-political apparatuses owned by white men who are among the richest 1% in the world. Despite the adversities, the data showed significant, organic growth in the number of followers and engagement (Bastos, 2020) on the parliamentarian's social media profile, and Renata was reelected as the most voted woman in the history of the Legislative Assembly of the State of Rio de Janeiro (Alerj), with 174,132 votes, triple the number of votes in the first election. The research sought to deepen a reflective look at African concepts identified as founding the strategies and tactics assessed as most relevant to Renata's performance on social media and at the polls, such as griô/griotte, sankofa (Nascimento, 2019) and ubuntu (Sodré, 2021). In the hybrid role of the candidate's press officer and researcher, I adopted Evaristo's writing method as a methodology, which involved ease, due to the closeness in coexistence, but also some tension in the relationships. A questionnaire was also applied and conversations were held. In addition, the research included a bibliographic review whose findings involved a dialogue with Exu himself about this generational unit (Mannheim, 1952) and his quilombismo (Nascimento, 2019) on the networks, seen then as a movement that is not only circular (Santos, ), but also spiraling (Martins), in the Afro-diasporic Amefricanity (Gonzalez) of the orixá of communication, like a mill-net at the crossroads (Biteti; Weiss; Bueno; Martins) of political media. At stake, opening the paths of black feminism far beyond electoral destinies, towards achieving concrete changes in people's lives and defeating the dominant structures (Collins) of the system of intersecting and overlapping oppressions that sustain cisheteropatriarchy and is sustained by it.-
Descrição: dc.description137 p.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Idioma: dc.languagept_BR-
Direitos: dc.rightsOpen Access-
Direitos: dc.rightsCC-BY-SA-
Palavras-chave: dc.subjectQuilombismo-
Palavras-chave: dc.subjectMídia política-
Palavras-chave: dc.subjectDecolonialidade-
Palavras-chave: dc.subjectInterseccionalidade-
Palavras-chave: dc.subjectEncruzilhada-
Palavras-chave: dc.subjectDescolonização-
Palavras-chave: dc.subjectQuilombo-
Palavras-chave: dc.subjectMídia-
Palavras-chave: dc.subjectPolitical media-
Palavras-chave: dc.subjectDecoloniality-
Palavras-chave: dc.subjectIntersectionality-
Palavras-chave: dc.subjectCrossroads-
Título: dc.titleNa encruzilhada das redes sociais: o quilombismo como estratégia de uma parlamentar negra e favelada-
Tipo de arquivo: dc.typeDissertação-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense - RiUFF

Não existem arquivos associados a este item.