A argumentação em uma turma do 2° ano do ensino fundamental na discussão da questão sociocientífica “Consumismo”.

Registro completo de metadados
MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorMozzer, Nilmara Braga-
Autor(es): dc.contributorMendonça, Paula Cristina Cardoso-
Autor(es): dc.contributorMozzer, Nilmara Braga-
Autor(es): dc.contributorMendonça, Paula Cristina Cardoso-
Autor(es): dc.contributorJorge, Liliane dos Santos-
Autor(es): dc.contributorFonseca, Vanessa Avelar Cappelle-
Autor(es): dc.creatorSantos, Theresa Coelho Primola Cezario-
Data de aceite: dc.date.accessioned2025-08-21T15:48:50Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2025-08-21T15:48:50Z-
Data de envio: dc.date.issued2025-05-27-
Data de envio: dc.date.issued2024-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/20143-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/1024750-
Descrição: dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Educação. Departamento de Educação, Instituto de Ciências Humanas Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.-
Descrição: dc.descriptionNossa pesquisa tem como objetivo investigar, sob um olhar etnográfico, como as crianças e a professora de uma turma do 2o ano do Ensino Fundamental enquadram as situações discursivas em torno da QSC “Consumismo” nas aulas de Ciências. Para fundamentar e situar a nossa perspectiva, realizamos um levantamento sistemático da literatura da área e identificamos nos estudos analisados duas maneiras pelas quais a argumentação vem sendo abordada nas salas de aula e investigada: explícita e implicitamente. Assim, a partir desse eixo principal, analisamos trabalhos que tinham como foco de investigação o argumento (produto), o processo argumentativo e ambos. Defendemos que analisar a argumentação vai além de analisar apenas os produtos que são observados em eventos comunicativos. Ao nosso ver, a argumentação, por sua natureza social e discursiva, é uma prática cultural. As práticas culturais são construídas ao longo do tempo pelos membros de um grupo social (como o de uma sala de aula) e, por isso, compreendemos a argumentação como uma prática processual e coletiva, ao invés de apenas uma habilidade individual. Para a construção dos dados, recorremos a uma variedade de ferramentas etnográficas, como: observação participante, anotações de campo, gravações de áudio e vídeo e artefatos produzidos e usados pelas crianças. Inicialmente, identificamos um evento com potencial analítico que nos permitisse ancorar nossa análise sobre a forma como os membros da turma (as crianças e a professora) estavam enquadrando situações argumentativas nas aulas de Ciências. A partir da análise microetnográfica do discurso nesse evento, observamos que os membros sinalizavam uns para os outros pela fala, mas também por meio gestos, expressões faciais e outros sinais não verbais como enquadravam as situações sociais discursivas, das quais participavam. Nele, identificamos três unidades interacionais que indicavam diferenças nas formas como os membros enquadravam as situações argumentativas. Nessas situações, os membros buscavam: (i) persuadir a professora; (ii) construir explicações de forma colaborativa; e (iii) avaliar perspectivas alternativas. Após analisá-las, buscamos no corpus de dados eventos análogos – em que os membros estavam enquadrando uma ou mais situação(ões) como argumentativa(s) e não análogos – em que pontos de vista ou explicações diferentes foram trazidos para o plano social do discurso, mas não houve qualquer tentativa de persuasão pelos membros e nem a mediação para fomentar essa persuasão. Quando as situações eram enquadradas como não argumentativas, elas ficavam restritas ao compartilhamento de ideias, sem a tentativa de persuasão e negociação de pontos de vista por parte dos membros. Por outro lado, quando enquadradas como argumentativas, ao tentarem persuadir seus pares ou a professora, construir explicações, avaliar ou invalidar perspectivas, as crianças construíam posicionamentos fundamentados em torno da problemática do consumismo. Isso ocorreu principalmente pelas estratégias usadas por elas: questionar, propor hipóteses e discordar dos pares; e pelas estratégias didáticas da professora: ficar em silêncio, formular questionamentos e propor hipóteses para incentivar a reflexão durante as discussões. Essas estratégias foram essenciais para promover reflexões críticas sobre comportamentos e escolhas individuais, bem como para questionar valores, práticas sociais e suas consequências para o meio ambiente durante as interações discursivas. Como implicações desta pesquisa, evidenciamos a importância de integrar a argumentação nas aulas de Ciências, desde os Anos Iniciais da escolarização, especialmente por meio de QSC para que essas crianças possam vivenciar situações argumentativas que as auxiliem na construção de repertórios posicionamentos e atitudes coerentes com senso de responsabilidade, sustentabilidade e justiça social que as problemáticas socioambientais demandam de nós cidadãos.-
Descrição: dc.descriptionOur research aims to investigate, from an ethnographic perspective, how children and the teacher in a 2nd-grade elementary school class frame discursive situations around the SSI “Consumerism” in Science lessons. To ground and situate our perspective, we conducted a systematic literature review in the field and identified two ways in which argumentation has been addressed and investigated in classrooms: explicitly and implicitly. Based on this main axis, we analyzed studies that focused on argument (as a product), the argumentative process, or both. We argue that analyzing argumentation goes beyond examining only the products observed in communicative events. In our view, argumentation, due to its social and discursive nature, is a cultural practice. Cultural practices are built over time by members of a social group (such as a classroom), and therefore, we understand argumentation as a processual and collective practice rather than merely an individual skill. For data construction, we relied on a variety of ethnographic tools, such as participant observation, field notes, audio and video recordings, and artifacts produced and used by the children. Initially, we identified an event with analytical potential that allowed us to anchor our analysis on how classroom members (both children and the teacher) were framing argumentative situations in Science lessons. Through a microethnographic discourse analysis of this event, we observed that the members signaled to one another not only through speech but also through gestures, facial expressions, and other nonverbal cues, indicating how they framed the discursive social situations in which they participated. In this event, we identified three interactional units that revealed differences in how the members framed argumentative situations. In these situations, the members sought to: (i) persuade the teacher; (ii) collaboratively construct explanations; and (iii) evaluate alternative perspectives. After analyzing these instances, we searched the data corpus for analogous events – where members framed one or more situations as argumentative, and non analogous events – where different viewpoints or explanations were introduced into the social discourse but without any attempt at persuasion by the members or mediation to foster such persuasion. When situations were framed as non argumentative, they remained limited to the mere sharing of ideas, without attempts to persuade or negotiate viewpoints. On the other hand, when framed as argumentative, children built well-founded positions on the issue of consumerism by attempting to persuade their peers or the teacher, constructing explanations, evaluating, or invalidating perspectives. This occurred mainly through the strategies they employed questioning, proposing hypotheses, and disagreeing with their peers and the teacher’s didactic strategies remaining silent, formulating questions, and proposing hypotheses to encourage reflection during discussions. These strategies were essential for fostering critical reflections on behaviors and individual choices, as well as for questioning values, social practices, and their consequences for the environment during discursive interactions. As implications of this research, we highlight the importance of integrating argumentation into Science education from the early years of schooling, particularly through SSI, so that children can engage in argumentative situations that help them construct repertoires, positions, and attitudes aligned with a sense of responsibility, sustainability, and social justice values that socio-environmental issues demand from us as citizens.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Idioma: dc.languagept_BR-
Direitos: dc.rightsaberto-
Direitos: dc.rightsAttribution-NoDerivs 3.0 United States-
Direitos: dc.rightshttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/-
Direitos: dc.rightsAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 08/05/2025 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite a adaptação.-
Palavras-chave: dc.subjectCiência - estudo e ensino-
Palavras-chave: dc.subjectDiscussões e debates-
Palavras-chave: dc.subjectEnsino fundamental-
Palavras-chave: dc.subjectEducação - aspectos sociais-
Título: dc.titleA argumentação em uma turma do 2° ano do ensino fundamental na discussão da questão sociocientífica “Consumismo”.-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional - UFOP

Não existem arquivos associados a este item.