A verossimilhança nem toda vez é toda verdade : uma leitura de Dom Casmurro.

Registro completo de metadados
MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorRosa, Victor Luiz da-
Autor(es): dc.contributorWerkema, Andréa Sirihal-
Autor(es): dc.contributorMaciel, Emílio Carlos Roscoe-
Autor(es): dc.contributorRosa, Victor Luiz da-
Autor(es): dc.creatorVale, Clara Magalhães-
Data de aceite: dc.date.accessioned2025-08-21T15:46:17Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2025-08-21T15:46:17Z-
Data de envio: dc.date.issued2025-08-05-
Data de envio: dc.date.issued2024-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/20720-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/1023700-
Descrição: dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Letras. Departamento de Letras, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.-
Descrição: dc.descriptionA presente dissertação procura investigar tanto a recepção crítica de Dom Casmurro, levando em consideração os debates a respeito da posição de Capitu na narrativa, quanto as implicações da ambiguidade da prosa casmurra para o leitor. Desde o ano de lançamento do livro, em 1899, os críticos machadianos vêm se debruçando sobre a questão do suposto adultério de Capitu. Passadas algumas décadas, certos momentos da recepção, sobretudo a partir dos anos 1960, com a obra de Helen Caldwell, são notáveis por desviar desse enfoque e tomar a estrutura do romance e a retórica de Bento como recortes mais profundos da obra mais ambígua da literatura brasileira. Buscamos, assim, dar continuidade à investigação nesse enfoque mais recente. Ao tomarmos a prosa casmurra como uma autobiografia ficcional, a partir de conceitos propostos por Philippe Lejeune (2008), entendemos a escolha desse gênero como ferramenta do autor real para acentuar ainda mais a credibilidade do autor ficcional. Tal credibilidade é reforçada por aquela já estabelecida em primeiro lugar pelo gênero romanesco, cujo leitor permite que sua incredulidade seja suspensa durante a leitura, a fim de adentrar o universo ficcional. Ambos os gêneros reforçariam a verossimilhança do que é dito pelo autor ficcional, que já carrega em si certa credibilidade dada a sua posição social. Nessa perspectiva, propomos uma leitura de Dom Casmurro como reconfiguração desse gênero historicamente confiável, uma vez que o “autor suposto” (Baptista, 2003), ao tomar a verossimilhança como verdade, parece fazer exatamente aquilo que o leitor absorto e passivo tendia a fazer perante um romance: confiar demasiadamente na verossimilhança.-
Descrição: dc.descriptionThis dissertation seeks to investigate both the critical reception of Dom Casmurro, considering the debates surrounding Capitu's position in the narrative, and the implications of its ambiguity for the reader. Since the book's publication in 1899, Machado's critics have been addressing the issue of Capitu's alleged adultery. A few decades later, certain moments in its reception, particularly since the 1960s with the work of Helen Caldwell, are notable for deviating from this approach and taking the novel's structure and Bento's rhetoric as deeper insights into the most ambiguous work in Brazilian literature. We thus seek to continue the investigation within this more recent perspective. By considering Bento’s narrative as a fictional autobiography, based on concepts proposed by Philippe Lejeune (2008), we understand the choosing of this genre as a tool used by the real author to further enhance the credibility of the fictional author. This credibility is reinforced by that already established by the novelistic genre, whose reader allows their disbelief to be suspended during reading in order to enter the fictional universe. Both genres reinforce the verisimilitude of what is said by the fictional author, who already carries a certain credibility given his social position. From this perspective, we propose a reading of Dom Casmurro as a reconfiguration of this historically reliable genre, since the “autor suposto” (Baptista, 2003), by taking verisimilitude as truth, seems to do exactly what the absorbed and passive reader tends to do when faced with a novel: rely too heavily on verisimilitude.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Idioma: dc.languagept_BR-
Direitos: dc.rightsaberto-
Direitos: dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 United States-
Direitos: dc.rightshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/-
Direitos: dc.rightsAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 24/07/2025 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.-
Palavras-chave: dc.subjectFicção autobiográfica brasileira-
Palavras-chave: dc.subjectAutobiografia na literatura-
Palavras-chave: dc.subjectRomance-
Palavras-chave: dc.subjectDom Casmurro-
Título: dc.titleA verossimilhança nem toda vez é toda verdade : uma leitura de Dom Casmurro.-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional - UFOP

Não existem arquivos associados a este item.