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Metadados | Descrição | Idioma |
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Autor(es): dc.contributor | Menezes, Mariana Carvalho de | - |
Autor(es): dc.contributor | Menezes, Mariana Carvalho de | - |
Autor(es): dc.contributor | Gratão, Lucia Helena Almeida | - |
Autor(es): dc.contributor | Mendes, Larissa Loures | - |
Autor(es): dc.contributor | Pessoa, Milene Cristine | - |
Autor(es): dc.contributor | Freitas, Patrícia Pinheiro de | - |
Autor(es): dc.creator | Justiniano, Irene Carolina Sousa | - |
Data de aceite: dc.date.accessioned | 2025-08-21T15:25:16Z | - |
Data de disponibilização: dc.date.available | 2025-08-21T15:25:16Z | - |
Data de envio: dc.date.issued | 2025-05-26 | - |
Data de envio: dc.date.issued | 2023 | - |
Fonte completa do material: dc.identifier | https://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/20119 | - |
Fonte: dc.identifier.uri | http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/1014086 | - |
Descrição: dc.description | Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto. | - |
Descrição: dc.description | Introdução: a pandemia da COVID-19 acarretou diferentes efeitos na saúde da população, no sistema alimentar e no ambiente alimentar, com consequências para as práticas alimentares e o agravamento da insegurança alimentar. A partir de três fontes de dados sobre dois munícipios brasileiros, buscou-se investigar a hipótese de que as características do ambiente alimentar medido e percebido e da acessibilidade aos alimentos têm efeitos sobre a insegurança alimentar de crianças e adultos. Objetivo: analisar as características do ambiente alimentar comunitário, domiciliar e percebido e sua relação com a insegurança alimentar entre moradores de Ouro Preto e Mariana, do Estado de Minas Gerais (MG), durante a pandemia da COVID-19. Métodos: trata-se de estudo transversal e ecológico, estruturado em três eixos de pesquisa. O primeiro eixo refere-se à descrição do ambiente alimentar comunitário dos municípios a partir de dados secundários (dados governamentais) sobre os estabelecimentos formais de venda de alimentos entre os anos de 2019 e 2020. O segundo eixo refere-se à avaliação da relação da percepção sobre o ambiente alimentar com a disponibilidade domiciliar de frutas e hortaliças (FH) e alimentos ultraprocessados (AUP) e com a insegurança alimentar, a partir de dados primários de amostra representativa de responsáveis por crianças e adolescentes escolares em 2021 (Estudo ESANP). O terceiro eixo refere-se à relação espacial entre o ambiente alimentar comunitário (dados secundários) e a insegurança alimentar a partir de dados primários de pesquisa epidemiológica realizada com amostra representativa de moradores dos municípios em 2020 (Estudo COVID-Inconfidentes). Os dados individuais primários foram coletados por meio de entrevistas telefônicas (eixo dois) e questionário face a face (eixo três), incluindo informações socioeconômicas, de ambiente alimentar e de insegurança alimentar. O ambiente alimentar foi tratado como variável explicativa em todas as análises. A insegurança alimentar, medida pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) nos eixos dois e três, foi considerada como desfecho nas análises. Foram realizadas análises descritivas da amostra de acordo com cada eixo de pesquisa. Para o eixo dois, foram utilizados modelos de regressão logística bruta e ajustada para estimar o Odds Ratio (OR) e o intervalo de confiança (IC) de 95%. As análises estatísticas foram realizadas no software Stata 14.2. Para o eixo três, foram realizadas análises espaciais de distribuição de pontos dos estabelecimentos de alimentos e dos domicílios avaliados utilizando o software QGIS 2.10.1. Resultados: no eixo um, foram identificados 825 estabelecimentos formais de alimentos em Ouro Preto no ano de 2019 e 906 no ano de 2020 (+9,8%). Já em Mariana, foram identificados, 799 estabelecimentos formais de alimentos no ano de 2019 e 398 no ano de 2020 (-50,2%). Ambos os municípios apresentaram predominância de estabelecimentos considerados não saudáveis, como bares, lanchonetes e serviços de delivery (cerca de 70%), demonstrando uma maior disponibilidade de locais que comercializavam alimentos ultraprocessados (AUP). No eixo dois, foram avaliados 475 domicílios de escolares em ambos os municípios, sendo que 69,6% estavam em situação de insegurança alimentar. A percepção positiva do ambiente alimentar sobre a facilidade de compra (OR:0,53; IC95:0,31-0,91), qualidade (OR:0,51; IC95:0,29-0,88) e variedade de FH (OR:0,45; IC95:0,26-0,78) estiveram associadas a menor disponibilidade de AUP nos domicílios. Por outro lado, a percepção de grande variedade de AUP na vizinhança esteve relacionada a uma maior chance na disponibilidade desses alimentos no domicílio (OR:1,85; IC95%: 1,02-3,36). Após ajustes, a percepção positiva sobre a variedade de FH (OR:0,54; IC95:0,30-0,97) teve uma associação inversa com a disponibilidade de AUP nos domicílios durante a pandemia. A percepção negativa sobre a qualidade (OR:1,92; IC95:1,04-3,56) e preço (OR:3,56; IC95:1,41-8,98) de FH foi associada com a insegurança alimentar moderada/grave entre as famílias no mesmo período. No eixo três, foram avaliados 1.753 domicílios em ambos os municípios, dentre os quais, 37,3% estavam com algum nível de insegurança alimentar. Os mapas evidenciaram que os domicílios em insegurança alimentar moderada ou grave estão predominantemente localizados em áreas com menor concentração de estabelecimentos saudáveis. Conclusão: este estudo contribui significativamente para a compreensão das dinâmicas do ambiente alimentar e da insegurança alimentar em cidades de médio porte. Observou-se que, durante a pandemia da COVID-19, o acesso a alimentos não saudáveis (AUP) nos municípios estudados foi mais fácil em relação aos saudáveis (FH). Ainda, esses municípios apresentam um ambiente alimentar similar ao dos grandes centros urbanos, caracterizado pela prevalência de estabelecimentos que comercializam AUP e serviços de delivery, o que facilita o acesso a alimentos não saudáveis e amplia sua oferta. Além disso, este trabalho demonstra que a percepção do ambiente alimentar está diretamente associada tanto à disponibilidade de alimentos nos domicílios quanto à insegurança alimentar, e que domicílios em insegurança alimentar moderada ou grave estão localizados em áreas com menor concentração de estabelecimentos saudáveis. Fica evidente que as características do ambiente alimentar, como o acesso físico e econômico aos alimentos, aliadas às condições socioeconômicas, são determinantes no acesso a uma alimentação saudável. Nesse sentido, a integração de políticas públicas e ações intersetoriais que conectem saúde, assistência social e desenvolvimento urbano torna-se essencial para promover maior equidade no acesso aos alimentos e fortalecer a segurança alimentar, especialmente em contextos de vulnerabilidade. | - |
Descrição: dc.description | Introduction: The COVID-19 pandemic has had different effects on the health of the population, the food system and the food environment, with consequences for eating practices and the worsening of food insecurity. Based on three data sources for two Brazilian municipalities, we sought to investigate the hypothesis that the characteristics of the measured and perceived food environment and food accessibility have an effect on the food insecurity of children and adults. Objective: To analyse the characteristics of the community, home and perceived food environment and their relationship with food insecurity among residents of Ouro Preto and Mariana, in the state of Minas Gerais (MG), during the COVID-19 pandemic. Methods: This is a cross-sectional, ecological study structured around three axes of research. The first axis refers to the description of the community food environment of the municipalities based on secondary data (government data) on formal food sales establishments between 2019 and 2020. The second axis refers to evaluating the relationship between perception of the food environment and household availability of fruit and vegetables (FH) and ultra-processed foods (UPF) and food insecurity, based on primary data from a representative sample of guardians of school children and adolescents in 2021 (ESANP Study). The third axis refers to the spatial relationship between the community food environment (secondary data) and food insecurity based on primary data from an epidemiological survey carried out with a representative sample of residents of the municipalities in 2020 (COVID-Inconfidentes Study). The primary individual data was collected through telephone interviews (axis two) and a face-to-face questionnaire (axis three), including socioeconomic, food environment and food insecurity information. The food environment was treated as an explanatory variable in all analyses. Food insecurity, measured by the Brazilian Food Insecurity Scale (EBIA) in axes two and three, was considered as an outcome in the analyses. Descriptive analyses of the sample were carried out according to each research axis. For axis two, crude and adjusted logistic regression models were used to estimate the Odds Ratio (OR) and 95% confidence interval (CI). Statistical analyses were carried out using Stata 14.2 software. For axis three, spatial analyses were carried out using QGIS 2.10.1 software to distribute the points of the food establishments and households assessed. Results: on axis one, 825 formal food establishments were identified in Ouro Preto in 2019 and 906 in 2020 (+9.8%). In Mariana, 799 formal food establishments were identified in 2019 and 398 in 2020 (-50.2%). Both municipalities had a predominance of establishments considered unhealthy, such as bars, snack bars and delivery services (around 70%), demonstrating a greater availability of places that sold ultra-processed foods (UPF). In axis two, 475 schoolchildren's households were assessed in both municipalities, and 69.6 per cent were food insecure. Positive perceptions of the food environment regarding ease of purchase (OR:0.53; 95%CI:0.31-0.91), quality (OR:0.51; 95%CI:0.29-0.88) and variety of FH (OR:0.45; 95%CI:0.26-0.78) were associated with lower availability of UPF in households. On the other hand, the perception of a wide variety of UPF in the neighbourhood was related to a greater chance of these foods being available at home (OR:1.85; 95%CI: 1.02-3.36). After adjustments, the positive perception of the variety of FH (OR:0.54; 95%CI:0.30-0.97) had an inverse association with the availability of UPF in households during the pandemic. Negative perception of the quality (OR:1.92; 95%CI:1.04-3.56) and price (OR:3.56; 95%CI:1.41-8.98) of FH was associated with moderate/severe food insecurity among households in the same period. In axis three, 1,753 households were assessed in both municipalities, of which 37.3 per cent had some level of food insecurity. The maps showed that households with moderate or severe food insecurity are predominantly located in areas with a lower concentration of healthy establishments. Results: In axis one, 825 formal food establishments were identified in Ouro Preto in 2019, increasing to 906 in 2020 (+9.8%). In Mariana, 799 formal food establishments were identified in 2019, decreasing to 398 in 2020 (-50.2%). Both municipalities showed a predominance of establishments considered unhealthy, such as bars, snack bars, and delivery services (around 70%), with a disadvantage in the availability of healthy establishments compared to unhealthy ones, demonstrating a higher availability of locations selling ultra-processed foods (UPFs). In axis two, 475 households of schoolchildren from both municipalities were evaluated, with 69.6% experiencing food insecurity. A positive perception of the food environment regarding ease of purchase (OR: 0.53; CI95: 0.31–0.91), quality (OR: 0.51; CI95: 0.29–0.88), and variety of F&V (OR: 0.45; CI95: 0.26–0.78) was associated with lower UPF availability in households. Conversely, the perception of a wide variety of UPFs in the neighborhood was associated with an 85% increase in the availability of these foods at home (OR: 1.85; CI95: 1.02–3.36). After adjustments, a positive perception of F&V variety (OR: 0.54; CI95: 0.30–0.97) was inversely associated with UPF availability in households during the pandemic. A negative perception of the quality (OR: 1.92; CI95: 1.04–3.56) and price (OR: 3.56; CI95: 1.41–8.98) of F&V was associated with moderate/severe food insecurity among families during the same period. In axis three, 1,753 adult households in both municipalities were evaluated, with 37.3% experiencing food insecurity. Maps revealed that households experiencing moderate or severe food insecurity were less proximate to healthy establishments. Conclusion: This study makes a significant contribution to understanding the dynamics of the food environment and food insecurity in medium-sized cities. It was observed that, during the COVID-19 pandemic, access to unhealthy food (UF) in the municipalities studied was easier than to healthy food (HF). In addition, these municipalities have a food environment similar to that of large urban centres, characterised by the prevalence of establishments that sell UPF and delivery services, which facilitates access to unhealthy foods and increases their supply. In addition, this study shows that the perception of the food environment is directly associated with both the availability of food in households and food insecurity, and that households with moderate or severe food insecurity are located in areas with a lower concentration of healthy establishments. It is clear that the characteristics of the food environment, such as physical and economic access to food, together with socio-economic conditions, are determining factors in access to healthy food. In this sense, the integration of public policies and intersectoral actions that connect health, social assistance and urban development becomes essential to promote greater equity in access to food and strengthen food security, especially in contexts of vulnerability. | - |
Formato: dc.format | application/pdf | - |
Idioma: dc.language | pt_BR | - |
Direitos: dc.rights | aberto | - |
Direitos: dc.rights | Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 United States | - |
Direitos: dc.rights | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/ | - |
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Palavras-chave: dc.subject | Ambiente alimentar | - |
Palavras-chave: dc.subject | Insegurança alimentar | - |
Palavras-chave: dc.subject | Políticas públicas | - |
Palavras-chave: dc.subject | COVID-19 | - |
Palavras-chave: dc.subject | Alimentos ultraprocessados | - |
Título: dc.title | A relação do ambiente alimentar com a insegurança alimentar em dois municípios brasileiros : evidências da pandemia de COVID- 19. | - |
Tipo de arquivo: dc.type | livro digital | - |
Aparece nas coleções: | Repositório Institucional - UFOP |
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