Escolaridade, sexo e trabalho remoto associados ao consumo de bebidas alcoólicas durante a pandemia da COVID-19 : evidências e reflexões para o enfrentamento de crises sanitárias futuras.

Registro completo de metadados
MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorMeireles, Adriana Lúcia-
Autor(es): dc.contributorMeireles, Adriana Lúcia-
Autor(es): dc.contributorMendonça, Raquel de Deus-
Autor(es): dc.contributorLourenção, Luciano Garcia-
Autor(es): dc.contributorParajára, Magda do Carmo-
Autor(es): dc.contributorPessoa, Milene Cristine-
Autor(es): dc.contributorReis, Erika Cardoso dos-
Autor(es): dc.creatorDiniz, Amanda Popolino-
Data de aceite: dc.date.accessioned2025-08-21T15:19:07Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2025-08-21T15:19:07Z-
Data de envio: dc.date.issued2025-02-13-
Data de envio: dc.date.issued2023-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/19754-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/1010282-
Descrição: dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.-
Descrição: dc.descriptionIntrodução: A pandemia da COVID-19 alterou a economia global, os arranjos de trabalho e o estilo de vida, influenciando comportamentos prejudiciais à saúde, como o consumo de bebidas alcoólicas. Nesse contexto, é crucial identificar os fatores socioeconômicos associados a esse consumo, os efeitos combinados desses fatores e os grupos mais suscetíveis para entender melhor esse comportamento de risco durante a pandemia. Objetivo: Examinar a associação entre as condições sociodemográficas com consumo de álcool em residentes da região dos Inconfidentes na pandemia da COVID-19. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal realizado de outubro a dezembro de 2020, em Ouro Preto e Mariana. A amostra foi selecionada a partir de amostragem por conglomerado em três estágios: setor censitário, domicílio e residentes. A população do estudo foi composta por moradores permanentes de domicílios nas áreas urbanas dos dois municípios brasileiros, com idade ≥ 18 anos. Foram coletados dados por meio de entrevista face a face, utilizando um questionário estruturado em formato eletrônico com questões sociodemográficas, econômicas, hábitos de vida e condições de saúde. As variáveis desfecho incluíram consumo habitual de álcool, definido como beber qualquer quantidade de álcool pelo menos uma vez por semana, e consumo episódico excessivo de álcool definido como a ingestão de cinco ou mais doses por homens ou quatro ou mais doses por mulheres pelo menos uma vez nos últimos 30 dias. As variáveis explicativas constaram de escolaridade, sexo e trabalho remoto. As análises estatísticas foram realizadas utilizando modelos de regressão logística multivariada e avaliação da interação aditiva entre escolaridade e sexo no consumo habitual. O grupo de comparação foi composto por indivíduos com menos de nove anos de estudo e sexo feminino. Resultados: Foram avaliados 1.753 indivíduos cuja prevalência do consumo habitual de álcool foi de 37,92% e do consumo episódico excessivo de álcool de 30,17%. Identificou-se que 20,32% da população que trabalhou durante a pandemia estavam em regime remoto, a maioria era do sexo feminino (51,91%) e 68,85% relatou ter nove ou mais anos de estudo. Ao avaliar a combinação de escolaridade e sexo observou-se que homens com baixa escolaridade eram mais propensos a consumir álcool habitualmente (OR: 5,85; IC95:2,74–14,84) e ter episódios de consumo excessivo de álcool (OR: 4,45; IC95:1,54–12,82) quando comparados a mulheres com baixa escolaridade, e mulheres com alta escolaridade eram mais propensas a ter consumo habitual (OR: 2,16; IC95:1,18–3,95) e consumo excessivo de álcool (OR: 2,00; IC95:1,16–3,43) quando comparadas a mulheres com baixa escolaridade. Trabalhadores em regime remoto possuem maiores chances de consumo episódico excessivo de álcool que trabalhadores em regime não remoto (OR: 1,57; IC95%: 1,05– 2,34). O trabalho remoto foi associado ao consumo episódico excessivo de álcool entre os participantes com idade entre 18 e 34 anos (OR:2.25; IC 95%: 1.26 - 4.02) e aqueles sem filhos (OR:2.03; IC 95%: 1.07 - 3.85). Conclusão: As consequências da pandemia da COVID-19 na economia, mercado de trabalho e vida das populações podem ter sido potencializadores para o consumo de álcool. Os achados deste estudo evidenciaram associação entre o consumo de álcool e as condições sociodemográficas, além da associação entre trabalho remoto e o consumo episódico excessivo de álcool durante a pandemia. Este estudo enfatiza a relevância de adotar estratégias para reduzir o consumo de álcool, direcionadas para os grupos populacionais de maior risco, principalmente em períodos de crise sanitária.-
Descrição: dc.descriptionIntroduction: The COVID-19 pandemic has changed the global economy, work arrangements, and lifestyles, influencing unhealthy behaviors such as alcohol consumption. In this context, it is crucial to identify the socioeconomic factors associated with this consumption, the combined effects of these factors, and the most susceptible groups to better understand this risk behavior during the pandemic. Objective: To examine the association between sociodemographic conditions and alcohol consumption among residents of the Inconfidentes region during the COVID-19 pandemic. Methodology: This is a cross-sectional study carried out from October to December 2020, in Ouro Preto and Mariana. The sample was selected from cluster sampling in three stages: census tract, household, and residents. The study population consisted of permanent residents of households in the urban areas of the two Brazilian municipalities, aged ≥ 18 years. Data were collected through face-to-face interviews, using a structured questionnaire in electronic format with questions on sociodemographic, economic, lifestyle habits and health conditions. The outcome variables included habitual alcohol consumption, defined as drinking any amount of alcohol at least once a week, and binge drinking, defined as drinking five or more drinks for men or four or more drinks for women at least once in the last 30 days. The explanatory variables consisted of education, sex and remote work. Statistical analyses were performed using multivariate logistic regression models and assessment of the additive interaction between education and sex on habitual consumption. The comparison group consisted of individuals with less than nine years of schooling and female gender. Results: A total of 1,753 individuals were evaluated, with a prevalence of habitual alcohol consumption of 37.92% and binge drinking of 30.17%. It was identified that 20.32% of the population that worked during the pandemic were working remotely, the majority were female (51.91%) and 68.85% reported having nine or more years of education. When evaluating the combination of education and sex, it was observed that men with low education were more likely to habitually consume alcohol (OR: 5.85; CI95: 2.74–14.84) and have episodes of excessive alcohol consumption (OR: 4.45; CI95: 1.54–12.82) when compared to women with low education, and women with high education were more likely to have habitual consumption (OR: 2.16; CI95: 1.18–3.95) and excessive alcohol consumption (OR: 2.00; CI95: 1.16–3.43) when compared to women with low education. Remote workers are more likely to have binge drinking than non-remote workers (OR: 1.57; 95% CI: 1.05–2.34). Remote work was associated with binge drinking among participants aged 18–34 (OR: 2.25; 95% CI: 1.26–4.02) and those without children (OR: 2.03; 95% CI: 1.07–3.85). Conclusion: The consequences of the COVID-19 pandemic on the economy, labor market, and people’s lives may have been potential drivers of alcohol consumption. The findings of this study showed an association between alcohol consumption and sociodemographic conditions, in addition to the association between remote work and binge drinking during the pandemic. This study emphasizes the relevance of adopting strategies to reduce alcohol consumption, targeting population groups at highest risk, especially during periods of health crisis.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Idioma: dc.languagept_BR-
Direitos: dc.rightsaberto-
Direitos: dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 United States-
Direitos: dc.rightshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/-
Direitos: dc.rightsAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 04/02/2025 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.-
Palavras-chave: dc.subjectConsumo de bebidas alcoólicas-
Palavras-chave: dc.subjectClasse Social-
Palavras-chave: dc.subjectPandemia de COVID-19 - 2020-2023-
Título: dc.titleEscolaridade, sexo e trabalho remoto associados ao consumo de bebidas alcoólicas durante a pandemia da COVID-19 : evidências e reflexões para o enfrentamento de crises sanitárias futuras.-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional - UFOP

Não existem arquivos associados a este item.