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| Metadados | Descrição | Idioma |
|---|---|---|
| Autor(es): dc.creator | Thaís Lima Machado | - |
| Autor(es): dc.creator | Rafaela Nakamae | - |
| Autor(es): dc.creator | Laura Ferreira | - |
| Autor(es): dc.creator | Heloise Vidor | - |
| Data de aceite: dc.date.accessioned | 2025-09-01T10:57:44Z | - |
| Data de disponibilização: dc.date.available | 2025-09-01T10:57:44Z | - |
| Data de envio: dc.date.issued | 2024-10-28 | - |
| Data de envio: dc.date.issued | 2024-10-28 | - |
| Data de envio: dc.date.issued | 2019-10-08 | - |
| Fonte completa do material: dc.identifier | https://hdl.handle.net/1884/91141 | - |
| Fonte: dc.identifier.uri | http://educapes.capes.gov.br/handle/1884/91141 | - |
| Descrição: dc.description | AS RELAÇÕES DE IDADE ENTRE PROFESSOR E ALUNO NO PIBID Laura Lentz Ferreira¹ , Rafaela Kimie Nakamae² , Thaís de Lima Machado³, Heloise Baurich Vidor4RESUMOÉramos três mulheres, estudantes de Licenciatura em Teatro na UDESC, orientadas pela Professora Heloise Baurich Vidor no PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), no qual ingressamos logo no início da faculdade. Um universo novo onde se descobre muita informação sobre tudo, tanto sobre o curso e o funcionamento da universidade em si, como sobre nosso campo de atuação profissional. Nosso objetivo era exercer a profissão já desde o início do curso, para poder adquirir mais experiência no ramo que escolhemos. Cada uma de nós teve experiências com o ensino dentro e fora da universidade, mesmo antes da nossa união como trio, experiências estas muito específicas, porém todas com alunos muito mais novos. O desafio com o qual nos deparamos e que trazemos para essa discussão foi com a turma de terceiro ano do ensino médio da Escola de Educação Básica Simão José Hess em relação, principalmente, à idade dos alunos, que tinham de quinze a vinte anos, e a nossa idade como professoras, pois tínhamos entre dezoito e vinte anos. Quais os desafios e quais as possibilidades que essa paridade etária trouxe para o processo?¹Bolsista PIBID/ Arte- Subprojeto Teatro do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Estadual de Santa Catarina/UDESC. ²Bolsista PIBID/ Arte- Subprojeto Teatro do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Estadual de Santa Catarina/UDESC. ³Bolsista PIBID/ Arte- Subprojeto Teatro do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Estadual de Santa Catarina/UDESC.4Coordenadora do PIBID/ Arte- Subprojeto Teatro e professor adjunta do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Estadual de Santa Catarina/UDESCPalavras-chave: Pedagogia do teatro; Autoconhecimento; Professor-aluno.INTRODUÇÃO Nossa visão inicial sobre o ser professor(a) partiu da convicção de que a autoridade em sala e o nível de conhecimento está relacionada à idade. Por isso, nós, bolsistas do PIBID/Arte/Teatro entramos em campo com a ideia de não falarmos nossas idades aos alunos do terceiro ano do Ensino Médio, por medo de não sermos respeitadas ou simplesmente de não sermos aceitas como professoras-aprendizes, já que tínhamos praticamente a mesma idade que eles. O silêncio sobre nossas idades aguçou a curiosidade deles a respeito de quem éramos e logo a curiosidade sobre o motivo de não falarmos nossas idades e, consequentemente, quem éramos. Logo após a primeira aula, nós como trio tivemos diversos conflitos, e o primeiro deles tinha relação com, justamente, a idade. Ao nos apresentarmos para a turma, apenas uma do trio revelou sua idade aos alunos, fazendo com que viessem os questionamentos de por quê omitir algo tão aparente e perceptível diante deles. Dessa aula em diante, nós nos reunimos para discutir nosso plano de aula e metodologias, nos deparamos com diferentes propostas vindas das três. Percebemos que o conflito de ideias foi tornando-se recorrente, de tal forma que os alunos percebiam nossa postura imatura na sala de aula. Nós cortávamos as falas uma da outra, discutíamos na frente dos alunos e, com isso, a professora de Artes que supervisionava o PIBID e nos observava atuando, nos comunicou sobre nossa dificuldade em relação à falta de diálogo como futuras pedagogas, não com os alunos, mas sim entre nós. Thaís se envolvia demais com as pessoalidades dos alunos, Laura perdia sua autoridade ao se relacionar com eles como aluna e não como professora e Rafaela era autoritária demais, cobrando ordem e disciplina deles. Ou seja, se nosso trio não evoluísse, nós seríamos separadas, expondo aos alunos nossas fragilidades. A partir dessa constatação, nos reunimos para investigar quais eram as nossas potencialidades e como poderíamos utilizá-las em sintonia. Passamos a fazer reuniões mais longas, nos abrimos de forma amigável sobre nossos defeitos e qualidades e buscamos soluções para os nossos conflitos. As reuniões tornaram-se mais longas, as ideias mais compatíveis, os espaços de falas fluíram, aumentou a animação para entrar em sala de aula, tivemos a amizade fortificada e assim nos harmonizamos para ampliar nossa comunicação para com os alunos. METODOLOGIA O ano em que estão é também o último da escola, ano no qual pensamos na formatura, no vestibular e na constante pergunta sobre o que fazer no ano seguinte já fora da escola. Por isso, pensamos em ajudá-los com a questão do vestibular, mas no decorrer das observações que fizemos da turma, vimos que o projeto deveria ser adiado e ser inicialmente introduzido a ação teatral, mostrando o poder do imaginar e do brincar. A metodologia do teatro que escolhemos foi o teatro fórum (Boal, 2010), que trabalha com as relações entre oprimido e opressores. Consideramos que o marco da transformação de nossa proposta foi resultado de quando divididos os alunos em grupos e eles tinham que escolher temas de opressão para que pudéssemos trabalhar em cenas de improviso. Ficamos surpreendidas com os assuntos escolhidos por eles, pois por mais que a idade entre nós seja muito parecida, o viver na universidade nos faz às vezes esquecer do que se passa fora dela. Temas como suicídio de adolescentes, racismo e pedofilia emergiram no processo. Pedimos para que depois de escolhidos fossem debater os temas e cada professora ficou junto de um grupo, ouvimos que além do interesse do tema por uma certa curiosidade, o escolher da maioria veio por conta de alguma experiência familiar ou até mesmo própria com o assunto. Estamos cientes que entrar em assuntos delicados poderiam abrir muitas feridas e teríamos que ser extremamente cuidadosas com o plano de aula e principalmente com o conduzir destas aulas, por isso foi fundamental para nós três nos conectarmos antes de todas as aulas, pois como diz Rafaela Kimie "os alunos são como os bichos, tem a percepção aguçada, sentem nosso medo e nossa confiança", cabe a nós decidirmos o que queremos expressar.RESULTADOS E DISCUSSÃO Uma das coisas que aprendemos com a coordenação do programa PIBID foi a importância do planejamento de aula e, como somos um trio, no começo esse foi um desafio pela variedade de ideias e a ausência de conexão entre nós, que foram solucionadas com o autoconhecimento de nossas idades e funções que temos em cada categoria de nossas vidas. Por exemplo, na universidade somos alunas, em casa somos filhas e irmãs, dentro da classe somos professoras, mas nenhum destes papéis se apagam quando estamos em determinada posição e sim aumenta a potência de cada uma dessas funções que temos. Para introduzir essas questões na turma, realizamos o exercício chamado “mapeamento”5, que consiste em um conhecimento da turma sobre as pessoas que nela estão presentes e na ideia de que grupos que estudam e praticam conhecimentos juntos podem se chamar comunidade. O exercício é realizado com alguém comandando as características do grupo, por exemplo, se uma de nós está no comando e diz " quem estudou somente em escola pública fica a minha esquerda e quem estudou somente em escola particular, a minha direita", ou “quem tem irmãos, quem mora com os pais ou até mesmo qual transporte utiliza para frequentar a escola”, assim se separam em grupos e, com isso, observamos a diversidade em sala. Certas expressões nos surpreenderam, os alunos não se conheciam, mesmo entre alguns que estudaram todo o ensino médio juntos. Houve surpresas até para eles, como ouvir dos amigos em qual etnia racial se colocar. Esse exercício foi muito importante para o nosso processo de comunicação entre nós e os alunos.Em relação aos temas que foram discutidos em sala, a partir do teatro forum, destacamos: tema da pedofilia – no grupo havia meninas que foram assediadas por tios, por porteiro e até mesmo por primos, e que esse dia tinha sido o primeiro dia que falaram sobre o assunto com amigos; e racismo - houve uma forte discussão sobre ser negro e o lugar de fala, tema bastante debatido no movimento negro ativo. Essa experiência revela que o debate se mostra cada dia mais fundamental dentro de sala de aula, que o teatro pode contribuir para criar contexto para esse debate e, nesse caso, isso fez com que o processo fluísse de forma agradável para ambos os lados.5Conhecemos esse exercício na disciplina de Metodologia do Ensino do Teatro na Comunidade, ministrada pela professora Márcia Pompeo Nogueira.CONCLUSÕES Concluímos a semelhança de idades foi um obstáculo inicial, mas que depois se tornou a via para melhorar a comunicação entre nós e os alunos. Na avaliação que os alunos fizeram, vários disseram o quanto achavam os exercícios e os jogos teatrais, num primeiro momento, bobos e infantis. Entretanto, ao final do semestre, podiam entender a necessidade deles para a atuação no teatro. Percebemos então que nossas idades eram perfeitas para que eles se espelhassem em nós e, assim, passamos a realizar exercícios em conjunto, de modo que o que fazíamos era brincadeira e era sério. Temos mais semelhanças com os alunos do que diferenças, pois sonhamos com a mesma intensidade, amamos uns aos outros com a troca que foi permitida por todos desse encontro, e foi interessante provocá-los com a seguinte afirmação: se nós nos tornamos universitárias e professoras tão novas, vocês também podem estar aqui logo mais. Ainda que nesse caso a pouca idade não tenha comprometido a experiência pedagógica, estamos certas de que a experiência de vida é fundamental para assentar o conhecimento do mundo e o amadurecimento nas relações. E isso só favorecerá a potência da ação do professor.REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOAL, Augusto. Teatro do oprimido e outras poéticas políticas. 10. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010. 301 p ISBN (Broch.)NOGUEIRA, Marcia Pompeo. Vento forte no teatro em comunidades. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2015 | - |
| Formato: dc.format | application/pdf | - |
| Relação: dc.relation | III Encontro das Licenciaturas da Região Sul | - |
| Palavras-chave: dc.subject | Pedagogia do teatro | - |
| Palavras-chave: dc.subject | Autoconhecimento | - |
| Palavras-chave: dc.subject | Professor-aluno. | - |
| Título: dc.title | AS RELAÇÕES DE IDADE ENTRE PROFESSOR E ALUNO NO PIBID | - |
| Tipo de arquivo: dc.type | livro digital | - |
| Aparece nas coleções: | Repositório Institucional - Rede Paraná Acervo | |
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