Tatuar em fases de transição: Reiterando os ritos de passagem

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MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.creatorFelipe Machado-
Autor(es): dc.creatorKatiuscia de Oliveira-
Data de aceite: dc.date.accessioned2025-09-01T11:20:22Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2025-09-01T11:20:22Z-
Data de envio: dc.date.issued2024-10-28-
Data de envio: dc.date.issued2024-10-28-
Data de envio: dc.date.issued2019-10-08-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://hdl.handle.net/1884/91098-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/1884/91098-
Descrição: dc.descriptionÉ comum percebermos na contemporaneidade pessoas se tatuando sem motivo aparente, simplesmente por um desenho que lhe agrada, por que quer se apresentar “descolado”, para homenagear alguém ou até mesmo para suprir uma necessidade de autoflagelação que não é de fácil compreensão e que “atualmente é definida como qualquer comportamento intencional envolvendo agressão direta ao próprio corpo sem intenção consciente de suicídio e não socialmente aceita dentro de sua própria cultura e nem para exibição” (GIUSTI, 2013). Existe ainda a busca por um corpo que esteja de acordo com os padrões hedonistas contemporâneos, de acordo com Foucault (2002): Como sempre, nas relações de poder, nos deparamos com fenômenos complexos que não obedecem a forma hegeliana da dialética. O domínio, a consciência de seu próprio corpo só puderam ser adquiridos pelo efeito do investimento do corpo pelo poder: a ginástica, os exercícios, o desenvolvimento muscular, a nudez, a exaltação do belo corpo. (p.146) Diante disso, quem busca por desenhos que lhe representem e que tenha um significado especial para o momento do procedimento, acaba entendendo as demais pessoas como superficiais nas suas escolhas, como se fossem levados pela onda da moda, pela tatuagem da vez (desenhos que surgem com potência para alguns mas acaba entrando no modismo por conta da busca excessiva por designs semelhantes). Muito embora isso possa parecer veraz, não é verdade absoluta, uma vez que a característica imagética da tatuagem seja apenas um dos elementos estéticos que a compõe. Entendemos que existe “a crescente exposição, valorização e investimento social do corpo na sociedade contemporânea, nomeadamente entre os seus segmentos juvenis urbanos, porém um corpo que já não surge necessariamente “naturalizado” mas, pelo contrário, sujeito a experiências que desafiam alguns dos seus limites, como a invasividade da sua superfície e a experiência voluntária da dor.”(FERREIRA, 2006).Conforme MACHADO (2016): A tatuagem, assim praticada, assume o papel de um texto que preserva a memória do ritual – contexto – em que é concebida. O deu importa é tatuarse, marcar no espaço do corpo a época, o acontecimento, a memória ou simplesmente fazer parte do grupo tatuado. A partir disso, qualquer imagem, ou toda imagem, adquire uma aura para seu portador. (RAMOS apud MACHADO, 2016) A memória ritualística permanece atrelada a tatuagem, tornando essa experiência como algo muito necessário para que sua crise de transição não ocorra de maneira tão incômoda como poderia ser caso não tivesse passado por nenhum ritual. Entretanto, conveniente mencionar que na maioria das vezes a pessoa que está passando por esse período de transição/passagem não se dá conta de que o mesmo está acarretando em uma necessidade, muitas vezes subliminar de se tatuar, para que se sinta dor, se escolha um desenho que a represente, se marque a pele íntegra e mesmo involuntariamente cumpra-se o rito de passagem.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Relação: dc.relationIII Encontro das Licenciaturas da Região Sul-
Palavras-chave: dc.subjectTatuagem-
Palavras-chave: dc.subjectRito de Passagem-
Palavras-chave: dc.subjectFase de Transição;-
Título: dc.titleTatuar em fases de transição: Reiterando os ritos de passagem-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional - Rede Paraná Acervo

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