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Metadados | Descrição | Idioma |
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Autor(es): dc.creator | kalina springer | - |
Autor(es): dc.creator | Jaime Cofre | - |
Autor(es): dc.creator | Luana Sarzi | - |
Autor(es): dc.creator | Michele Mistura | - |
Data de aceite: dc.date.accessioned | 2025-09-01T12:40:44Z | - |
Data de disponibilização: dc.date.available | 2025-09-01T12:40:44Z | - |
Data de envio: dc.date.issued | 2024-10-28 | - |
Data de envio: dc.date.issued | 2024-10-28 | - |
Data de envio: dc.date.issued | 2019-10-06 | - |
Fonte completa do material: dc.identifier | https://hdl.handle.net/1884/91014 | - |
Fonte: dc.identifier.uri | http://educapes.capes.gov.br/handle/1884/91014 | - |
Descrição: dc.description | Neste texto, apresentaremos um projeto de extensão, desenvolvido na Universidade Federal de Santa Catarina, voltado ao público alvo da Educação Especial. Intitulado ‘Educar para a Saúde: o que a Geografia tem a ver com isso?’, tem como objetivo principal a promoção da saúde em pessoas com deficiências que frequentam a educação básica regular, de modo a desenvolver nas pessoas com deficiência conhecimentos e habilidades para o autocuidado da saúde e a prevenção das condutas de risco no que se refere ao cuidado com o corpo, gravidez e doenças sexualmente transmissíveis. Do ponto de vista metodológico, estes temas foram tratados por meio de oficinas elaboradas pelos pibidianos de Geografia atuantes na escola, atrelando essas temáticas ao conteúdo geográfico definido no planejamento do professor. Após a elaboração das oficinas, o material foi adaptado e personificado para cada estudante público alvo da Educação Especial, considerando suas necessidades e especificidades.IntroduçãoPorto Alegre e Florianópolis lideram a detecção de novos casos de AIDS desde o ano 2000. Em 2017, as taxas de detecção, para essas duas capitais foram, respectivamente, de 77,2 e 59,5 casos de AIDS por 100.000 habitantes. Por outro lado, o Censo de 2010 no Brasil, aponta que 45,6 milhões de pessoas declararam ter ao menos um tipo de deficiência, o que corresponde a 23,9% da população. A deficiência visual foi a mais apontada, atingindo 18,8% da população. Em seguida vêm as deficiências motora (7%), auditiva (5,1%) e mental ou intelectual (1,4%). A taxa de alfabetização de pessoas de 15 anos ou mais entre as que têm deficiência é de 81,7% - mais baixa do que a população total que é de 90,6%. O Censo 2010 revela a diferença significativa no nível de escolaridade - 61,1% da população com 15 anos ou mais com deficiência não têm instrução ou têm apenas o fundamental incompleto. Esse percentual cai 38,2% para as pessoas sem deficiência. Assim fica evidente a grande vulnerabilidade dos adolescentes com deficiência física, pelo seu nível de escolaridade em relação a contaminação com HIV/AIDS, o que amplia a justificativa de agir nesse segmento da população. Essencialmente transdisciplinar, esta proposta nasce estruturada no tripé: Educação Inclusiva, Promoção da Saúde e Formação de Professores. Na perspetiva formativa, é nosso objetivo realizar ações via PIBID que preparem os futuros professores a discutir e promover saúde sexual, prevenção da gravidez indesejada e infecção de doenças sexualmente transmissíveis. A Saúde, no âmbito da sexualidade, se associa ao projeto de extensão ‘Educação sexual nas escolas públicas para o engajamento da interação comunitária do Curso de Medicina’ e objetiva a inclusão de temas de saúde sexual no planejamento de aulas dos professores de geografia, como preconizado nos documentos oficiais que sugerem a educação para a saúde, e consequentemente, sexualidade devem ser abordados de forma transdisciplinar e integradora por todos os componentes curriculares. Na perspectiva inclusiva, foi realizada adaptação de todo material e conteúdos discutidos nas oficinas, a fim de incluir os estudantes com deficiências. Esse processo, ao mesmo tempo que qualifica a formação docente, instrumentaliza o olhar do futuro professor de Geografia para o atendimento de todos seus alunos. Assim, estes projetos vinculam-se ao PIBID, cujos sujeitos se tornaram protagonistas na promoção da saúde sob a perspectiva geográfica. Assim, esta proposta se configura como um projeto transdisciplinar em que várias áreas se articulam de forma orgânica e sistemática para a promoção da saúde de pessoas com deficiência, ao mesmo tempo em que, para ‘educar para a saúde’ utiliza ferramentas específicas do raciocínio espacial e possibilita a garantia ao direito do indivíduo à flexibilização de conteúdos, materiais e metodologias. MetodologiaO projeto iniciou-se com um período de observação de cada estudante, público alvo do projeto. Durante três meses, a bolsista acompanhou o desempenho e observou o comportamento de 07 estudantes com diversas deficiências. O intuito foi entender quais os pontos fracos e quais as habilidades por área do conhecimento de cada um, pesquisando os tipos de deficiências, entendimentos, gostos/preferências, como também, foi possível analisar a melhor exploração sentidos (principalmente tato, visão, audição). Os registros destas observações mesclaram conhecimentos médicos, psicológicos, social e educacional levando em consideração o histórico pessoal dos estudantes observados. Aṕos esta etapa, foi realizada adaptação dos materiais a serem utilizados nas oficinas preventivas de saúde sexual. Esta adaptação visa a inclusão de alunos com deficiências possibilitando a compreensão por estes estudantes dos conteúdos e temas a serem trabalhados nas oficinas. Resultados e DiscussãoNas observações dos alunos com deficiências identificou-se alguns traços comuns entre os alunos com deficiência intelectual: apresentam comportamento que não corresponde a idade biológica; preferência por imagens à escrita; materiais coloridos e mais diretos (com figuras e desenhos); necessitam de estímulos constantes da segunda professora para recuperar a atenção. Sendo assim, os materiais a serem pensados para estes estudantes foram: opções de gráficos para o aprendizado no formato de pizza ou colunas (fica mais fácil para quantificar); o material pode aliar informações escritas à imagem ajuda na compreensão; a letra em bastão facilita que o aluno copie corretamente e compreenda melhor; como também apresentam maiores dificuldades na escrita (com supressão de letras) e manter o foco em uma atividade por muito tempo. No que se refere à flexibilização de metodologias o professor pode ler em voz alta os enunciados das atividades. Já no âmbito espacial/ambiental, a posição em sala e a agitação da turma, de mesmo modo, colaboram na influência da concentração dos alunos. Portanto, a mediação sistemática dos professores constrói o sentimento de pertença e a igualdade de tratamento tanto em atividades específicas, quanto no decorrer da aula. A interação sedimenta o conhecimento. ConclusõesO olhar atento para os estudantes com deficiência, possibilita por meio da adaptação de materiais didáticos e flexibilização curricular a real inclusão destes alunos no ambiente da sala de aula. Portanto, a mediação sistemática dos professores constrói o sentimento de pertença e a equidade de tratamento tanto em atividades específicas, quanto no decorrer da aula, possibilitando a construção do conhecimento nestes estudantes. | - |
Formato: dc.format | application/pdf | - |
Relação: dc.relation | III Encontro das Licenciaturas da Região Sul | - |
Palavras-chave: dc.subject | PIBID, Educação Inclusiva, Sexualidade, Geografia. | - |
Título: dc.title | EDUCAR PARA A SAÚDE: O QUE A GEOGRAFIA TEM A VER COM ISSO? | - |
Tipo de arquivo: dc.type | livro digital | - |
Aparece nas coleções: | Repositório Institucional - Rede Paraná Acervo |
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