O espetáculo punitivo : contribuições para a crítica da criminologia midiática

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Autor(es): dc.contributorArgüello, Katie Silene Cáceres, 1969--
Autor(es): dc.contributorUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Jurídicas. Curso de Graduação em Direito-
Autor(es): dc.creatorBarioni, Pedro Otávio, 1997--
Data de aceite: dc.date.accessioned2025-09-01T11:35:18Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2025-09-01T11:35:18Z-
Data de envio: dc.date.issued2022-07-18-
Data de envio: dc.date.issued2022-07-18-
Data de envio: dc.date.issued2021-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://hdl.handle.net/1884/77117-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/1884/77117-
Descrição: dc.descriptionOrientadora: Katie Silene Cáceres Argüello-
Descrição: dc.descriptionMonografia (graduação) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Jurídicas, Curso de Graduação em Direito-
Descrição: dc.descriptionInclui referências-
Descrição: dc.descriptionResumo: A veiculação midiática e cibernética de conteúdos exibindo o "punir" é corriqueira no estágio de desenvolvimento capitalista em que habitamos. O método criminológico crítico, uma vez que objetiva compreender as chamadas funções reais (ocultas) do sistema punitivo, nos possibilita a análise concreta dessas exibições da punição nos meios comunicacionais. Tal criminologia crítica põe em xeque não só a economia operativa do sistema penal, mas também as representações espetaculares que retroalimentam e legitimam a atual política criminal. Dentre tais reflexões criminológicas, destacam-se conceitos como "populismo penal midiático", "criminologia midiática" e afins, os quais são utilizados para pensar os processos de representação e formação de falsas consciências sobre o punir, levados a cabo pelas agências de comunicação capitalistas. Essas narrativas midiáticas e cibernéticas desempenham papel fulcral na legitimação e espetacularização das políticas criminais práticas, "manufaturando" um consenso acerca do controle social punitivo hegemônico. Objetivando a melhor compreensão destes processos ideológicos, sincreticamente às reflexões da criminologia crítica, será utilizado o conceito de "sociedade do espetáculo", conforme teorizado por Guy Debord (1997). O espetáculo, atual desígnio da especialização do poder, historicamente apropriada pelo capitalismo, constitui toda a falsa consciência ideológica propagada pelas ditas agências comunicacionais. É o conjunto de representações falseadas de mundo, pulverizadas pela indústria cultural, a serviço da alienação do espectador e sua conformação aos interesses de quem detém o poder econômico. Para além, o espetáculo também reproduz a lógica fetichista da mercadoria na produção/veiculação de seu conteúdo audiovisual. O que aqui nomeamos espetáculo punitivo, por sua vez, é compreendido como representação mercadológica falseada das práxis punitivas, efetivada pelas agências comunicacionais midiáticas e cibernéticas, é o modus operandi responsável pela propagação, fetichização e retroalimentação da profícua relação: capitalismo neoliberal e punição. Essa representação falseada do mundo, afirmação onipresente dos modos de produção, exploração e punição vigentes, sublima a validade inquestionável das modalidades punitivas de controle social. Partindo de tais marcos teóricos, correlacionando punição, estrutura social e espetáculo, o presente trabalho propõe-se a uma análise crítica não só das agências penais brasileiras, mas também – e principalmente – das representações e discursos levados a cabo pelo espetáculo punitivo, constituído pelas agências comunicacionais midiático cibernéticas. Por intermédio do estudo de representações de grande repercussão contidas em dois dos veículos do espetáculo contemporâneo (plataformas cibernéticas e televisivas) utilizando o método indiciário, é possível constatar a perpetuação das ideologias punitivas, hierárquicas, policialescas, bem como a legitimação na práxis das políticas criminais neutralizantes. Os resultados do trabalho apontam que o direito penal, instrumento de classe orientado ao exercício da violência física estatal (aparelho repressivo), complementa-se pelo espetáculo punitivo, instrumento ideológico da violência simbólica (aparelho ideológico) – concretizando e legitimando a hegemonia do controle social punitivo no capitalismo contemporâneo.-
Formato: dc.format1 recurso online : PDF.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
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Palavras-chave: dc.subjectCriminologia-
Título: dc.titleO espetáculo punitivo : contribuições para a crítica da criminologia midiática-
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