Joseph Anténor Firmin : conflitos teóricos e políticos entre Haiti e França

Registro completo de metadados
MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorMoraes, Pedro Rodolfo Bodê de, 1960--
Autor(es): dc.contributorUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Sociologia-
Autor(es): dc.creatorSilva, Roberto Jardim da, 1978--
Data de aceite: dc.date.accessioned2021-03-09T21:16:23Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2021-03-09T21:16:23Z-
Data de envio: dc.date.issued2021-01-25-
Data de envio: dc.date.issued2021-01-25-
Data de envio: dc.date.issued2019-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://hdl.handle.net/1884/69326-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/1884/69326-
Descrição: dc.descriptionOrientador: Prof. Dr. Pedro Rodolfo Bodê de Moraes-
Descrição: dc.descriptionTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia. Defesa : Curitiba, 29/05/2020-
Descrição: dc.descriptionInclui referências: p. 199-208-
Descrição: dc.descriptionResumo: A circulação internacional do conhecimento tem se intensificado muito nos últimos tempos, mas tal realidade tem sido, muitas vezes, condicionada mais por fatores sociais, políticos e por interesses de grupos de intelectuais do que pelo simples desdobramento natural da História do conhecimento.Isso dá à verdade, tanto científica quanto filosófica um caráter histórico, social, político e cultural. Assim, para se colocar como uma pessoa de ciência é necessário tomar consciência de todas essas dimensões tanto do conhecimento que já existe, quanto daquele que será produzido e legitimado pela humanidade. Tendo essas informações em mente, o objetivo deste trabalho é investigar a invisibilidade do cientista social haitiano, Joseph Auguste Anténor Firmin (1850 - 1911) no pensamento francês. Ele foi um dos precursores da discussão sobre igualdade racial no século XIX numa perspectiva antropológica, num período em que o discurso hegemônico era elaborado a partir de uma perspectiva que privilegiava a desigualdade. Busquei compreender se tal invisibilidade ocorreu de fato e quais foram os mecanismos utilizados para sustentá-la, tais como o silenciamento e o fato dele ser ignorado completamente no espaço acadêmico francês. A abordagem deste objeto de conhecimento demandou conhecer o autor, seu pensamento e contexto em que ele estava inserido. Firmin era um advogado negro da recém nação e ex-colônia francesa, o Haiti, que se tornou antropólogo na França e seu pensamento refutava a Antropologia de sua época, bem como suas bases epistemológicas, detectando equívocos e fragilidades. Ele apresentou tal diagnóstico à Société d'Anthropologie de Paris, da qual fazia parte, sendo ignorado, tratado com indiferença. Não se abriu espaço para diálogos em torno da ideia de desigualdade natural humana que Firmin buscava contestar. Parti das hipóteses de que Firmin não obteve visibilidade porque era um pensador negro, de uma ex-colônia francesa e exescravista e falava de igualdade racial no momento em que ela era o pilar não apenas da Antropologia, mas também da sociedade ocidental no seu projeto colonialista. A análise, feita através dos pensamento de Pierre Bourdieu, Michel Foucault, Achille Mbembe, Sueli Carneiro e Santos Boaventura, permitiu-me chegar à conclusão de que de fato Firmin foi invisibilizado não somente por ser negro (naquele contexto as pessoas negras eram consideradas irracionais e amorais), mas também porque seu pensamento estabeleceria uma ruptura com o pensamento hegemônico da época. Por mais brilhante que viesse a ser a percepção que Firmin teve dos problemas epistemológicos da Antropologia, seu pensamento contrariou o projeto colonial ao qual a Antropologia estava a serviço naquele momento. Palavras-chaves: Invisibilidade. Epistemicídio. Igualdade racial. Anténor Firmin. Campo de conhecimento.-
Descrição: dc.descriptionAbstract: The international circulation of knowledge has intensified in recent times, but this reality has often been conditioned more by social and political factors and by the interests of groups of intellectuals than by the simple natural unfolding of the History of knowledge. Truth, both scientific and philosophical, a historical, social, political and cultural character. Thus, to put yourself as a person of science, it is necessary to become aware of all these dimensions of the knowledge that is produced, as well as of the knowledge that will be produced and legitimized by humanity. With this information in mind, the aim of this paper is to investigate the invisibility of the Haitian social scientist, Joseph Auguste Anténor Firmin (1850 - 1911) in French thought. He was one of the precursors to the discussion of racial equality in the 19th century from an anthropological perspective, at a time when hegemonic discourse spoke from a perspective that privileged inequality. I tried to understand whether such invisibility actually occurred and what mechanisms were used to sustain it, such as silencing and the fact that it was completely ignored in the French academic space. The approach to this object of knowledge demanded to know the author, his thinking and the context in which he was inserted. Firmin was a black lawyer recently a nation and a former French colony, Haiti, who became an anthropologist in France and his thinking refuted the anthropology of his time, as well as its epistemological bases, detecting mistakes and weaknesses. He presented this diagnosis to the Société d'Antropologie de Paris, of which he was a part, being ignored, treated with indifference, there was no room for dialogues around the idea of natural human inequality that Firmin sought to challenge. I started from the assumptions that Firmin did not have visibility because he was a black thinker, from a former French colony and ex-slave and spoke of racial equality at the time when she was the pillar not only of Anthropology, but also of Western colonial society in its colonialist project. The analysis was made through the thoughts of Pierre Bourdieu, Michel Foucault, Achille Mbembe, Sueli Carneiro and Santos Boaventura and reaching the conclusion that in fact Firmin was made invisible not only because he was black (in that context people were considered by racial inequalities as irrational and amoral), but also because his thinking would break with the hegemonic thinking of the time. As brilliant as Firmin's perception of Anthropology's epistemological problems might be, his thinking runs counter to the colonial project that Anthropology was serving at the time Keywords: Invisibility. Epistemicide. Racial equality. Anténor Firmin. Field of knowledge.-
Formato: dc.format208 p. : il. (algumas color.).-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Palavras-chave: dc.subjectSociologia-
Título: dc.titleJoseph Anténor Firmin : conflitos teóricos e políticos entre Haiti e França-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional - Rede Paraná Acervo

Não existem arquivos associados a este item.