O papel da epígrafe na configuração da ficção histórica em um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves

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Autor(es): dc.contributorWeinhardt, Marilene, 1952--
Autor(es): dc.contributorUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Letras-
Autor(es): dc.creatorMedeiros, Alex Sandro de-
Data de aceite: dc.date.accessioned2021-03-09T21:12:56Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2021-03-09T21:12:56Z-
Data de envio: dc.date.issued2020-11-03-
Data de envio: dc.date.issued2020-11-03-
Data de envio: dc.date.issued2019-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://hdl.handle.net/1884/68867-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/1884/68867-
Descrição: dc.descriptionOrientador(a): Prof(a). Dr(a). Marilene Weinhardt-
Descrição: dc.descriptionTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Letras . Defesa : Curitiba, 21/11/2019-
Descrição: dc.descriptionInclui referências: p. 145-152-
Descrição: dc.descriptionResumo: O romance Um defeito de cor (2006), de Ana Maria Gonçalves, destaca-se pela utilização abundante de epígrafes. Esta tese tem como escopo propor uma leitura da obra em questão a partir de tais paratextos, mormente as citações das dedicatórias e do prólogo. Os paratextos epigráficos do corpus possuem uma dimensão liminar, no sentido de que não apenas se apresentam na condição de exergo, espacial e semanticamente à margem do texto, como também se constituem verdadeiros locus de passagem, diálogo e articulação entre textos e contextos, ficção e história, escrita e tradição oral. Além disso, extrapolam a função convencional de simples glosa das seções textuais a que se referem, de maneira a assumir um papel metaficcional, concernente ao próprio ato de narrar. Nesse viés, o trabalho inicialmente enceta uma abordagem de aspectos metaficcionais do romance em estudo, relativos à oralidade e à tradição africana, por meio de um arrazoado sobre as personagens anciãs como figurações do recontar histórias, bem como o episódio do tapete inacabado tecido pela avó de Kehinde, estampado com a imagem de Dan, vodun daomeano em forma de serpente urobórica, metáfora da própria narrativa em estudo. Ademais, trata-se também das três travessias da narradora pelo Atlântico que, além de resgatar a história da diáspora africana, da qual Kehinde é testemunha, apresenta um caráter autorreferencial. Em seguida, desenvolve-se uma abordagem teórica das epígrafes como paratextos e citações, concomitante à análise das mesmas. As epígrafes presentes na dedicatória do romance apontam para três frentes da narrativa: a valorização do ancião na cultura africana, o estabelecimento de redes de solidariedade e a transmissão da tradição pela oralidade. Por sua vez, a epígrafe que encabeça o prólogo de Um defeito de cor, extraída do romance The Last Voyage of Somebody the Sailor (1991), de John Barth, permite uma articulação intertextual e metaficcional de espelhamento entre Sherazade, a mais conhecida contadora de histórias da literatura universal, e Kehinde/Luíza, a narradora de Um defeito de cor. Palavras-chave: Literatura Afro-Brasileira. Epígrafe. Um defeito de Cor. Ana Maria Gonçalves.-
Descrição: dc.descriptionAbstract: The novel Um defeito de cor (2006), by Ana Maria Gonçalves, stands out for the abundant use of epigraphs. This thesis aims to propose a reading of the work in question from such paratexts, especially the citations of the dedications and the prologue. The epigraphic paratexts of the corpus have an liminary dimension, in the sense that not only are presented in the condition of exergo, spatially and semantically on the margins of the text, but also constitute true locus of passage, dialogue and articulation between texts and contexts, fiction and history, writing and oral tradition. In addition, they extrapolate the conventional function of simple gloss of the textual sections to which they refer, in order to assume a metafictional role, concerning the act itself of narrating. In this perspective, the work initially initiates an approach to metafictional aspects of the novel under study, related to orality and African tradition, through an argument about on the elderly characters as figurations of the story retelling, as well as the episode of the unfinished carpet woven by Kehinde's grandmother, emblazoned with the image of Dan, Daomey vodun in the form of ouroboros serpent, metaphor of the narrative itself under study. Moreover, it is also the three crossings of the narrator across the Atlantic that, in addition to rescuing the history of the African diaspora, of which Kehinde is a witness, presents a self-referential character. Then, a theoretical approach of epigraphs is developed as paratexts and citations, concomitant with their analysis. The epigraphs present in the dedication of the novel point to three fronts of the narrative: the appreciation of the elder in African culture, the establishment of networks of solidarity and the transmission of tradition by orality. In turn, the epigraph that tops the prologue of Um defeito de cor, extracted from John Barth's novel The Last Voyage of Somebody the Sailor (1991), allows an intertextual and metafictional articulation of mirroring between Sherazade, the best-known storyteller of universal literature, and Kehinde/Luíza, the narrator of a cor defect. Keywords: Afro-Brazilian Literature. Epigraph. Um defeito de cor. Ana Maria Gonçalves.-
Formato: dc.format152 p.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Palavras-chave: dc.subjectGonçalves, Ana Maria - Crítica e interpretação-
Palavras-chave: dc.subjectEpígrafe-
Palavras-chave: dc.subjectLiteratura brasileira - Romance-
Palavras-chave: dc.subjectLetras-
Título: dc.titleO papel da epígrafe na configuração da ficção histórica em um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves-
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