Avaliação da influência da dieta e da temperatura no desenvolvimento de Tribolium confusum Duval, 1868 (Coleoptera, Tenebrionidae)

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Autor(es): dc.contributorAlmeida, Armando Antunes de, 1925--
Autor(es): dc.contributorUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Entomologia)-
Autor(es): dc.creatorMareze, Cecilia Edna-
Data de aceite: dc.date.accessioned2020-09-24T17:28:36Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2020-09-24T17:28:36Z-
Data de envio: dc.date.issued2020-09-23-
Data de envio: dc.date.issued2020-09-23-
Data de envio: dc.date.issued1990-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://hdl.handle.net/1884/68228-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/1884/68228-
Descrição: dc.descriptionOrientador: Armando Antunes de Almeida-
Descrição: dc.descriptionDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Parana, Setor de Ciencias Biologicas-
Descrição: dc.descriptionResumo: Neste trabalho foi estudado o desenvolvimento de Tribolium confusum Duval, 1868 (Coleoptera, Tenebrionidae), nas dietas de creme de arroz e de farinha de trigo, às temperaturas de 25±1 e de 30±1°C, e umidade relativa de 70±10%. Os ovos, resultantes de fêmeas criadas à temperatura de 25°C, na dieta de farinha de trigo, apresentaram um comprimento médio do eixo longitudinal significativamente maior (0,658±0,009 mm) do que os ovos resultantes de fêmeas criadas na dieta de creme de arroz (0,627±0,007 mm). Com relação ao maior eixo transversal dos ovos, as médias observadas nas duas dietas (0,361±0,004 mm, no creme de arroz e 0,352±0,005 mm, na farinha de trigo) não são significativamente diferentes entre si. A duração média do período de incubação dos ovos, a 25°C, foi de 8,58±0,05 e 8,15±0,05 dias, e a 30°C, foi de 5,20±0,02 e 5,48±0,05 dias, nas dietas de creme de arroz e de farinha de trigo, respectivamente. A diferença entre as duas dietas foi significativa, a 25°C, mas não significativa, a 30°C. A duração deste período, à temperatura de 25°C, é significativamente maior do que à temperatura de 30°C, nas duas dietas testadas. A razão média de crescimento das larvas, determinada a partir de mensurações da distância entre os escapos das antenas, para cada tratamento, não difere significativamente, sendo a razão média de crescimento para esta espécie igual a 1,206±0,016. As larvas, a 25°C, apresentaram 6, 7 e 8 instares, tanto quando foram alimentadas com creme de arroz, como quando, alimentadas com farinha de trigo. A 30°C, observaram-se larvas com 6, 7, 8 e 9 instares, na dieta de creme de arroz e 6, 7 e 8 instares, na dieta de farinha de trigo. Em ambas as dietas e temperaturas, houve uma alta porcentagem de larvas com 7 instares (82,22 - 96,16%) e as larvas que apresentaram um maior número de instares, tiveram uma maior duração do período larval. Para as larvas (machos e fêmeas em conjunto), que apresentaram 7 instares, a duração média deste período foi de 41,30±0,70 dias e de 39,02±0,31 dias, a 25°C, e de 31,55±0,38 dias e de 29,96±0,29 dias, a 30°C, nas dietas de creme de arroz e de farinha de trigo, respectivamente. A influência da dieta e da temperatura foi constatada, observando-se diferenças significativas nos resultados obtidos. A dieta de farinha de trigo e a temperatura de 30°C foram as condições que propiciaram um desenvolvimento larval mais rápido. O comprimento médio da larva neonata foi de 1,152±0,009 mm e de 1,158±0,017 mm nas dietas de creme de arroz e de farinha de trigo, a 25°C, respectivamente; no creme de arroz, a 30°C, a média foi igual a 1,114±0,014 mm. O comprimento das larvas, no final do desenvolvimento, foi de 5,982±0,125 mm, 6,609±0,073 mm e 5,996±0,089 mm, no creme de arroz e na farinha de trigo, a 25°C, e no creme de arroz, a 30°C, respectivamente. A 25°C, o comprimento da larva neonata, nas duas dietas, não foi significativamente diferente; no entanto, as larvas criadas na farinha de trigo alcançaram um comprimento maior e significativamente diferente, no final do desenvolvimento, em relação às larvas criadas no creme de arroz. Na dieta de creme de arroz, o comprimento médio das larvas neonatas mantidas a 25°C foi significativamente maior do que as mantidas a 30°C; embora o comprimento médio das larvas, no final do desenvolvimento, tenha sido igual nas duas temperaturas; as larvas mantidas a 25°C precisaram de 42 dias para atingir este comprimento e as mantidas a 30°C, de apenas 31 dias. Constatou-se existir uma relação entre a idade e o comprimento das larvas, para as diferentes condições ensaiadas, que foram expressas pelas seguintes equações de regressão: Creme de arroz, 25°C y = 1,11 . e0,04x Farinha de trigo, 25°C y = 1,14 + 5,25.10-2x + 1,82.10-4x3 - 7,85 .10-8x5 Creme de arroz, 30°C y = 1,17 . e0,06x O peso das larvas neonatas foi de 0,031±0,002 mg, 0,031±0,002 mg e 0,028±0,001 mg e o peso no final do desenvolvimento larval foi de 2,459±0,119 mg, 2,650±0,048 mg e 2,035±0,105 mg, nas dietas de creme de arroz e de farinha de trigo, a 25°C, e no creme de arroz, a 30°C, respectivamente. Nas três condições ensaiadas, o peso das larvas não diferiu significativamente entre si. O peso final atingido pelas larvas não foram estatisticamente diferentes, nas duas dietas, a 25°C. Já, as larvas mantidas a 25°C adquiriram um peso final significativamente maior do que as mantidas a 30°C, no creme de arroz, no entanto, a 25°C, este aumento de peso é adquirido entre o 38Q e o 42Q dias de idade, ao passo, que a 30°C, as larvas atingiram o seu maior peso entre 29° e 31° dias de idade. As relações existentes entre a idade e o peso das larvas foram expressas pelas seguintes equações de regressão: Creme de arroz, 25°C y = 0,02 . e0,12x Farinha de trigo, 25°C y=3,35.10-2 + 1,82.10-2x - 3,92.10-3x2 + 2,24.10-4x3 - 6,03.10-8x5 Creme de arroz, 30°C y = 0,02 . e0,17x A pupa, do tipo exarata, apresenta, no último segmento abdominal (vista ventral), o lobo genital, que na fêmea é protuberante e bífido e no macho é reduzido e globular. Esta diferença morfológica foi utilizada para a determinação do sexo na fase pupal. A duração do período pupal não foi influenciada pelo número de instares larvais. A duração média deste período, para machos e fêmeas em conjunto, foi de 10,19±0,11 dias e 10,06±0,09 dias, a 25°C, e de 7,00±0,06 dias e 8,40±0,09 dias, a 30°C, nas dietas de creme de arroz e de farinha de trigo, respectivamente. As pupas, cujas larvas foram alimentadas com creme de arroz, tiveram uma duração deste estágio, significativamente menor do que as pupas, cujas larvas foram criadas em farinha de trigo, tanto a 25 como a 30°C. Em ambas as dietas, a temperatura de 30°C proporcionou um período pupal, significativamente menor, do que a temperatura de 25°C. O peso médio inicial, das pupas-macho foi de 2,358±0,067 mg (creme de arroz, 25°C); 2,240±0,088 mg (farinha de trigo, 25°C) e 2,529±0,055 mg (creme de arroz, 30°C) e o peso médio final foi de 2,155±0,056 (creme de arroz, 25°C); 2,033±0,085 (farinha de trigo, 25°C) e 2,159±0,039 (creme de arroz, 30°C). As pupas-fêmea tiveram um peso médio inicial de 2,650±0,058 mg (creme de arroz, 25°C); 2,810±0,050 (farinha de trigo, 25°C) e 2,600±0,064 mg (creme de arroz, 30°C) e o peso médio final foi de 2,280 ±0,068 mg (creme de arroz, 25°C); 2,430±0,104 mg (farinha de trigo, 25°C) e 2,315±0,062 mg (creme de arroz, 30°C). Em todos os tratamentos as pupas-fêmea apresentaram um maior peso do que as pupas-macho. A diferença no peso médio (inicial e final) entre as duas dietas não foi significativa e, também, não foram significativamente diferentes, os resultados obtidos a 25 e a 30°C. À temperatura de 25°C, a mortalidade larval foi de 13,45%, no creme de arroz e de 7,14%, na farinha de trigo. À temperatura de 30°C, a mortalidade larval na dieta de creme de arroz foi de 17,78% e na dieta de farinha de trigo foi de 8,76%. A mortalidade pupal só ocorreu no creme de arroz e foi de 3,84% e 2,22%, a 25 e a 30°C, respectivamente. A dieta de farinha de trigo e a temperatura de 25°C foram as condições onde ocorreu uma menor mortalidade larval e pupal. Foi observado que o manuseio diário das larvas e das pupas pode aumentar a mortalidade larval e pupal, mas não a duração destes períodos. Constatou-se que o número de instares larvais influenciou na duração do ciclo evolutivo, pois, de modo geral, os indivíduos que haviam apresentado um maior número de instares larvais, tiveram uma maior duração do ciclo evolutivo. A duração média do ciclo evolutivo, sem levar em conta o número de instares larvais, para machos e fêmeas em conjunto, foi de 60,93±0,80 dias e 57,71±0,35 dias, no creme de arroz e na farinha de trigo, a 25°C, respectivamente. À temperatura de 30°C, a duração média do ciclo evolutivo foi de 44,78±0,60 dias, no creme de arroz e de 43,88±0,27 dias, na farinha de trigo. A duração média do ciclo evolutivo, para a dieta de creme de arroz, foi maior e significativamente diferente, à temperatura de 25°C, em relação a dieta de farinha de trigo. À temperatura de 30°C, a duração também foi menor na dieta de farinha de trigo, mas só significativamente diferente quando se compararam as fêmeas. Em ambas as dietas, a duração do ciclo evolutivo foi significativamente menor a 30°C. Observou-se que a dieta teve uma maior influência a 25°C do que a 30°C. Uma hipótese levantada foi de que, como a temperatura de 30°C foi mais favorável ao desenvolvimento desta espécie, a influência da dieta estaria mascarada nesta temperatura, podendo, então, a dieta influenciar mais ou menos acentuadamente, dependendo da temperatura. Concluiu-se que a dieta de farinha de trigo e a temperatura de 30°C foram as condições mais favoráveis ao desenvolvimento de T. confusum, tendo a temperatura influenciado, mais significativamente, na duração dos estágios imaturos do que a dieta. A duração média do período de pré-postura, à temperatura de 25°C, foi de 9,81±0,32 dias, no creme de arroz e de 9,25±0,27 dias, na farinha de trigo. A 30°C, a duração média deste período foi de 7,19±0,25 dias e 6,33±0,11 dias, no creme de arroz e na farinha de trigo, respectivamente. A farinha de trigo proporcionou uma menor duração do período de pré-postura, sendo a diferença, significativa a 30°C. A duração deste período foi significativamente menor a 30°C, em relação a 25°C, tanto no creme de arroz como na farinha de trigo. A duração do período de postura na dieta de creme de arroz foi de 356,53±25,11 dias e 248,29±28,33 dias, às temperaturas de 25 e de 30°C, respectivamente, sendo as médias significativamente diferentes entre si; na farinha de trigo, a 25°C, foi observada a postura durante um período de 255,44±30,31 dias. A fecundidade média e a porcentagem de ovos férteis à temperatura de 25°C foi 502,93±41,79 ovos e 80,17%, no creme de arroz, e 884,25±88,23 e 81,76%, na farinha de trigo. No creme de arroz, à temperatura de 30°C, a fecundidade média foi de 639,00±65,85 ovos e a porcentagem de ovos férteis foi de 87,43%. A duração do período de pós-postura foi de 53,20±13,71 dias, à temperatura de 25°C e 17,50±6,09 dias, â temperatura de 30°C, na dieta de creme de arroz. A longevidade média dos adultos, na dieta de creme de arroz, foi de 401,57±23,57 dias para os machos e de 419,60±31,32 dias para as fêmeas, a 25°C, e de 297,27±34,62 dias para os machos e 272,79±30,34 dias para as fêmeas, a 30°C. Não houve diferença significativa entre a longevidade dos machos e das fêmeas, em cada temperatura ensaiada. A longevidade dos adultos mantidos a 25°C foi significativamente maior do que a dos mantidos a 30°C. A razão dos sexos (M : F), à temperatura de 25°C, foi de 1 : 0,87, no creme de arroz, e de 1 : 1, na farinha de trigo. À temperatura de 30°C, a razão de sexos foi de 1 : 0,57 e de 1 : 1,08 nas dietas de creme de arroz e de farinha de trigo, respectivamente. O comprimento médio dos adultos, à temperatura de 25°C, foi de 3,87±0,05 para machos e de 4,05±0,03 mm para fêmeas, na dieta de creme de arroz, e de 3,87±0,05 mm para machos e 4,13±0,06 mm para fêmeas, na dieta de farinha de trigo. No creme de arroz, a 30°C, o comprimento médio dos adultos foi de 3,92±0,04 mm para machos e de 3,98±0,06 mm para fêmeas. Nas três condições ensaiadas, as fêmeas apresentaram maior comprimento em relação aos machos, e a diferença no comprimento entre os sexos foi significativa à temperatura de 25°C, em ambas as dietas. A dieta e a temperatura não influenciaram no comprimento do adulto, pois não se verificaram diferenças significativas entre os tratamentos. O peso médio dos adultos, à temperatura de 25°C, foi de 1,68±0,07 mg para machos e de 2,00±0,08 mg para fêmeas, na dieta de creme de arroz e de 1,72±0,08 mg para machos e de 2,15±0,03 mg para fêmeas, na dieta de farinha de trigo. No creme de arroz, a 30°C o peso médio dos adultos foi de 1,84±0,03 mg para machos e de 2,00±0,08 mg para fêmeas. As fêmeas apresentaram-se mais pesadas do que os machos, sendo a diferença no peso entre os sexos, significativa nas três condições estudadas. A diferença de peso observada entre as duas dietas não foi significativa. Na dieta de creme de arroz, os machos apresentaram-se mais pesados à temperatura de 30°C em relação à temperatura de 25°C. A partir da elaboração de tabelas de vida de fertilidade, obtiveram-se os valores de Ro (número de vezes que uma população aumenta a cada geração), T (tempo geracional), rm (taxa intrínseca de crescimento natural e X (número de fêmeas acrescentadas â população, por fêmea e por semana) que são demonstrados a seguir: (vide resumo da dissertação). Com estes resultados pode concluir-se que a farinha de trigo, em relação ao creme de arroz, e a temperatura de 30°C, em relação a temperatura de 25°C, proporcionam uma maior taxa de aumento da população de Tribolium confusum.-
Formato: dc.format200 f. : il. ; 31 cm.-
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Palavras-chave: dc.subjectEntomologia-
Palavras-chave: dc.subjectTribolium confusum-
Título: dc.titleAvaliação da influência da dieta e da temperatura no desenvolvimento de Tribolium confusum Duval, 1868 (Coleoptera, Tenebrionidae)-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
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