A cultura escrita das artes de morrer franco-germânicas : entre representações da morte e configurações sociopolíticas no século XV

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Autor(es): dc.contributorGuimarães, Marcella Lopes, 1974--
Autor(es): dc.contributorUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em História-
Autor(es): dc.creatorSonaglio, Alisson, 1995--
Data de aceite: dc.date.accessioned2020-09-24T17:22:16Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2020-09-24T17:22:16Z-
Data de envio: dc.date.issued2020-04-15-
Data de envio: dc.date.issued2020-04-15-
Data de envio: dc.date.issued2019-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://hdl.handle.net/1884/66098-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/1884/66098-
Descrição: dc.descriptionOrientadora: Profa. Dra. Marcella Lopes Guimarães-
Descrição: dc.descriptionDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História. Defesa : Curitiba, 13/12/2019-
Descrição: dc.descriptionInclui referências: p. 145-153-
Descrição: dc.descriptionResumo: As artes de morrer foram manuais produzidos a partir da primeira metade do século XV com origem vinculada às localidades franco-germânicas que enfatizavam preceitos e sacramentos cristãos para que a boa morte fosse alcançada. Para tanto, a sua preocupação principal era a salvação da alma construída a partir da devida preparação e aceitação do morrer bem como a renúncia de bens materiais e a confissão dos pecados. Em um período tido pela historiografia como decadente marcado por crises e funesto devido às pestes que voltaram a aparecer com mais força a partir de meados do século XIV, as artes de morrer surgiram perante o Concílio de Constança (1414-1418) que buscava solucionar um cisma papal e garantir a unidade da Igreja Ocidental. Tais manuais também estiveram inseridos em um momento de transformações na forma de produzir a cultura escrita que diversificou suas técnicas de difusão por meio da xilografia e da tipografia. Diante disso, analisamos a cultura escrita das artes de morrer francogermânicas em prol de investigar suas representações da morte e da realidade social no século XV registrada em duas versões desse manual: uma curta, também chamada de QS, formada por onze xilogravuras e com treze fólios de texto, e outra longa de tradição manuscrita, nominada como CP que possui cerca de 42 fólios de texto e sem nenhuma imagem. De forma comparativa, analisamos o discurso textual e imagético dessas fontes por meio de eixos temáticos divididos em três capítulos nos quais percebemos que as artes de morrer construíram representações da morte que englobavam diversos debates presentes na realidade sociopolítica da Baixa Idade Média e que, portanto, ultrapassavam a fronteira do morrer. Em tais debates, identificamos as constantes tentativas em direcionar o moribundo para a fé cristã e reafirmar a relevância da Igreja Católica enquanto detentora dos saberes necessários para garantir o devido funcionamento da vida em sociedade, o que incluía a salvação da alma do jacente. Por meio dessas representações, percebemos um período de transformações culturais da Baixa Idade Média que incluíram a diversificação da cultura escrita com a xilografia e a tipografia, as mutações nas formas de devoção que tendem a ser mais intimistas e pessoalizadas, a valorização da vida mundana, e os questionamentos em torno da instituição eclesiástica que buscava manter sua proeminência a partir da ênfase concedida ao momento da morte e de seu papel tido como fundamental na salvação da alma. Palavras-chave: Artes de morrer. Cristianismo Medieval. Boa morte. Representações. Cultura Escrita.-
Descrição: dc.descriptionAbstract: The Arts of dying well were manual from the first half of the fifteenth century, with origins linked to Franco-Germanic localities which emphasized Christian precepts and sacraments for the good death to be achieved. To this end, his chief concern was the salvation of the soul from the proper preparation and acceptance of dying as well as the renunciation of material goods and the confession of sins. In a period considered by historiography to be decadent marked by crises and more due to plagues that came to appear more strongly from the fourteenth century, as the arts of dying well arose or the Council of Constance (1414-1418) that sought papal schism and ensure the unity of the Western Church. These manuals are also inserted in a moment of transformation in the form of production of written culture that diversified its diffusion techniques through xylography and typography. In the light of this, we analyze the written culture of French-German Arts of Dyng Well in order to investigate its representations of death and social reality in the fifteenth century recorded in two versions of this manual: a short, also called QS, created by a woodcut and thirteen. text folios, and another long handwritten tradition, named as CP that has about 42 text folios and no images at all. In a comparative way, we analyze the textual and imagetic discourse of these sources through thematic axes divided into three chapters in which we realize that the arts of dying well have built representations of death that involve various debates present in the sociopolitical reality of the low middle ages and, therefore, crossed the border of dying. In such debates, it identifies itself as constant attempts to direct the wretched one to the Christian faith and reaffirm the relevance of the Catholic Church as the holder of knowledge necessary to guarantee or affect the life of society, and that includes the salvation of the soul. Through these representations, we see a period of cultural transformation in the Lower Middle Ages that included diversification of writing culture with woodcut and typography, such as mutations in the forms of devotion that are more intimate and personal, an appreciation of world life, and the questions surrounding ecclesiastical institution that seeks to maintain its prominence from the emphasis on the moment of death and its role considered fundamental to save the soul. Keywords: Arts of dying. Medieval Christianity. Good Death. Representations. Written Culture.-
Formato: dc.format153 p. : il. (algumas color.).-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Palavras-chave: dc.subjectMorte na literatura-
Palavras-chave: dc.subjectCristianismo e cultura-
Palavras-chave: dc.subjectIdade média - Cultura-
Palavras-chave: dc.subjectIgreja Catolica - História-
Palavras-chave: dc.subjectEscrita - História-
Palavras-chave: dc.subjectHistória-
Título: dc.titleA cultura escrita das artes de morrer franco-germânicas : entre representações da morte e configurações sociopolíticas no século XV-
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