Professora surda e intérprete de Libras no ensino superior : relações, papéis e referências em sala de aula

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Autor(es): dc.contributorFernandes, Sueli de Fátima-
Autor(es): dc.contributorUniversidade Federal do Paraná. Setor de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação-
Autor(es): dc.creatorBrito, Fernanda Martins de, 1987--
Data de aceite: dc.date.accessioned2020-09-24T17:29:36Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2020-09-24T17:29:36Z-
Data de envio: dc.date.issued2020-02-26-
Data de envio: dc.date.issued2020-02-26-
Data de envio: dc.date.issued2019-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://hdl.handle.net/1884/65812-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/1884/65812-
Descrição: dc.descriptionOrientadora: Prof.ª Dr.ª Sueli Fernandes-
Descrição: dc.descriptionDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. Defesa : Curitiba, 25/09/2019-
Descrição: dc.descriptionInclui referências: p. 127-134-
Descrição: dc.descriptionResumo: A década de 1990 representa um marco nas lutas para o movimento surdo, com enfrentamentos às práticas de ouvintismo/audismo para o reconhecimento de nossa diferença linguística e cultural no processo educacional. Desde a oficialização da Libras, por meio da Lei Federal n.º 10.436/2002 e das diretrizes do Decreto Federal n.º 5.626/2005, o processo de obrigatoriedade da inclusão da Libras nas grades curriculares das licenciaturas vem contribuindo na formação dos professores para atuar com alunos surdos em escolas inclusivas e/ou bilíngues. Como professora surda, atuando na docência da disciplina de Libras no ensino superior, deparei-me com inúmeros desafios envolvidos na efetivação dessa política que abrange relações de poder entre surdos e ouvintes em sala de aula. Diante desse contexto, esta dissertação tem como objetivo geral analisar as relações, papéis e referências mobilizadas entre a docente surda e tradutora e intérprete de Libras/Língua Portuguesa com a disciplina de Libras no ensino superior. A produção de dados empíricos da pesquisa, com abordagem qualitativa, foi executada no curso de Pedagogia de uma universidade pública da região centro-oeste, em duas etapas. Na primeira fase, foram realizadas observações em sala de aula, a partir de um roteiro estruturado, registrado sob a forma de diário de campo. Já na segunda fase, foi efetuada uma entrevista semiestruturada com a educadora surda e aplicado um questionário estruturado com a tradutora/intérprete de Libras/Língua Portuguesa (TILS) e cinco estudantes ouvintes da disciplina de Libras. A análise dos dados, a partir do referencial dos Estudos Surdos em Educação, contemplou os seguintes eixos temáticos para reflexão: (i) plano de ensino da disciplina de Libras; (ii) a(s) língua(s) de interação em classe; e (iii) papéis e referência da professora surda e TILS com os discentes ouvintes. Os resultados apontaram que os papéis de ambas as profissionais, equivocadamente, são equiparados à docência. O português falado é a língua de interação predominante nas aulas, sendo a Libras subordinada à fala, sempre que há preferência dos alunos na comunicação com a TILS, ao invés da sinalização com a professora surda. Essa situação pode ser justificada ao conforto linguístico oferecido pela modalidade oral-auditiva dos estudantes ouvintes, que buscam referência na profissional ouvinte em sala de aula e poderia ser atenuada se a presença da intérprete fosse restrita à carga-horária destinada aos conteúdos teóricos. Com maior carga horária para a prática, a Libras seria a forma de interação entre a educadora surda e os discentes ouvintes, sem a necessidade de mediações. Por fim, refletimos que os conteúdos desenvolvidos na disciplina são insuficientes para uma formação docente voltada ao atendimento dos direitos linguísticos dos surdos, conforme assegura a legislação nacional. Palavras-chave: Professora surda. Tradutora e Intérprete de Libras/Língua Portuguesa. Disciplina de Libras. Ensino Superior.-
Descrição: dc.descriptionAbstract: The 1990s represent a milestone for struggles for the deaf movement with confrontations with audism practices to recognize our linguistic and cultural differences in the educational process. Since Libras became official, through Federal Law 10.436/2002 and the guidelines of Federal Decree 5.626/2005, the process of mandatory inclusion of Libras in the curriculum of the graduation programs has contributed to the training of teachers to work with deaf students in inclusive and/or bilingual schools. As a deaf researcher, who was part of this story, I seek theoretical and legal references to discuss one of these achievements: deaf teaching in the discipline of Brazilian Sign Language - Libras - in graduation courses in university education. I came across numerous challenges involved in implementing this policy that encompasses power relations between deaf and hearing people in the classroom. In this context, this dissertation aims to analyze the relations, roles, and references mobilized between a deaf teacher and a translator and interpreter of Libras/Portuguese Language in the subject of Libras in higher education. The production of empirical research data, with a qualitative approach, was carried out in the Pedagogy course of a public university in the Midwest region in two stages. In the first phase, observations in the classroom were made, from a structured script, recorded in a field diary. In the second phase, a semi-structured interview was conducted with the deaf teacher and a structured questionnaire was applied with the Libras interpreter/translator (TILS) and five hearing academic students of the Libras discipline. Data analysis, based on the Deaf Studies in Education framework, considered as thematic axis: (i) teaching plan of the subject of Libras; (ii) the language(s) of classroom interaction; (iii) roles and reference of the deaf teacher and TILS with the listening students in the classroom. The results pointed out that the roles of both professionals, mistakenly, are equated with teaching. Portuguese is the predominant language of interaction in the classroom. Libras is subordinated to speech whenever students prefer communication with TILS, rather than signaling with the deaf teacher. This situation may be justified by the linguistic comfort offered by the oral-hearing modality of the hearing students, who seek reference in the professional hearing in the classroom. It could be mitigated if the presence of the interpreter was restricted to the workload destined to the theoretical contents. If the practice had a larger workload and was exclusively performed in Libras by the deaf teacher, without the need for mediation. Finally, we contemplate that the contents developed in the subject of Libras are insufficient for teacher training focused on the linguistic rights of the deaf, as ensured by national legislation. Keywords: Deaf Teacher, Libras/Portuguese Language Translator, and Interpreter, Libras Subject, Higher Education.-
Formato: dc.format167 p. : il. (algumas color.).-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Palavras-chave: dc.subjectProfessores surdos-
Palavras-chave: dc.subjectinterpretes para surdos-
Palavras-chave: dc.subjectLíngua brasileira de sinais-
Palavras-chave: dc.subjectEnsino superior-
Palavras-chave: dc.subjectEducação-
Título: dc.titleProfessora surda e intérprete de Libras no ensino superior : relações, papéis e referências em sala de aula-
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