Escolas ocupadas no Paraná : juventudes na resistência política à reforma do ensino médio (Medida Provisória 746/2016)

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Autor(es): dc.contributorSilva, Monica Ribeiro da, 1960--
Autor(es): dc.contributorUniversidade Federal do Paraná. Setor de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação-
Autor(es): dc.creatorSteimbach, Allan Andrei, 1982--
Data de aceite: dc.date.accessioned2019-08-22T00:18:55Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2019-08-22T00:18:55Z-
Data de envio: dc.date.issued2019-05-28-
Data de envio: dc.date.issued2019-05-28-
Data de envio: dc.date.issued2018-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://hdl.handle.net/1884/58018-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/1884/58018-
Descrição: dc.descriptionOrientadora: Professora Dra. Monica Ribeiro da Silva-
Descrição: dc.descriptionTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. Defesa : Curitiba, 17/09/2018-
Descrição: dc.descriptionInclui referências: p. 223-231-
Descrição: dc.descriptionResumo: A tese apresentada construiu-se ao longo de curso de Doutorado em Educação e intitula-se "Escolas ocupadas no Paraná: juventudes na resistência política à reforma do Ensino Médio (Medida Provisória 746/2016)". O movimento de ocupação das escolas estaduais paranaenses ocorrido no ano de 2016 se inseriu num contexto de transformação política que se fez aparente por epifenômenos tais como: crise econômica evidenciada pela queda nas taxas de crescimento do PIB e de arrecadação de tributos, pelo aumento da inflação e dos números de desempregados, etc.; grandes manifestações de protesto ocorridas, sobretudo, em 2013, 2015 e 2016; a mais acirrada eleição presidencial do período de redemocratização em 2014; e o processo de impeachment de Dilma Rousseff reeleita em 2014. Tirados da dispersão, esses fatos confluem para a reorganização da hegemonia política brasileira que, desrespeitando a democracia, reviu a frente policlassista instaurada sob os anos do lulismo (2003-2016), expurgando dela a presença das classes trabalhadoras a fim de garantir a prevalência do uso do fundo público aos interesses das frações de classe burguesas hegemônicas e em detrimento dos direitos sociais previstos na Constituição de 1988. Para tanto, após a tomada plena do poder pela nova hegemonia que, politicamente, representava-se pela liderança do então vice e agora presidente Michel Temer, puseram-se em andamento políticas com vistas a garantir aquele objetivo: proposta de emenda constitucional que limitava os gastos públicos por 20 anos; reforma trabalhista; reforma previdenciária; reforma do Ensino Médio, etc. Foi contra este contexto, seus artífices, mas, principalmente, contra a Reforma do Ensino Médio e contra a PEC do teto dos gastos públicos que os jovens se insurgiram e ocuparam suas escolas. Sem perder de vista este contexto, a análise buscou compreender, mediante apreciação do discurso dos sujeitos que ocuparam as escolas, o que eles queriam e pensavam em relação à reforma do Ensino Médio empreendida pela Medida Provisória 746/2016. Para tanto, a investigação realizou pesquisa de campo na qual foram entrevistados sujeitos que ocuparam escolas estaduais paranaenses em 2016. As entrevistas ocorreram a partir da organização de quatro grupos focais. Também foram aplicados questionários socioeconômicos aos sujeitos participantes da pesquisa. Os dados foram coligidos em categorias que tiveram a intenção de estabelecer os padrões discursivos. A partir da formulação desses padrões, transcorreu-se a análise a partir das categorias teóricas "juventudes", "direito à educação" e "Estado". Desta análise, constatou-se que foi um movimento de juventudes que resistiu à reorganização da hegemonia estatal e ao contexto de supressão de direitos instituído por ela, desejando, antes de mais nada, ter espaço na política e querendo ser ouvidos para que pudessem expor, especificamente no que concerne à reforma do Ensino Médio, sua realidade concreta, trazendo os problemas dela para o centro do debate. Para tanto, lançaram mão de organização horizontal, contrapondo-se ao formato tradicional de atuação de outras forças contrahegemônicas e tiveram que resistir à repressão estatal. Ao fazerem isso, resistiram no movimento da política para tentar construir resistência posicional dentro do Estado, atuando como educadores dos jovens, tentando formar uma nova consciência contrahegemônica. Palavras-chave: Juventude; Política; Ensino Médio; Resistência; e Ocupação de escola.-
Descrição: dc.descriptionAbstract: The presented thesis has been written throughout the doctorate in education course, and is entitled Occupied schools in Paraná: the youth in the political resistance against the high school reform (Provisional Measure 746/2016)". The schools' occupation movement of 2016 was set in a context of political transformation, which was evident by epiphenomena such as: economic crisis made clear by the decline in GDP growth and taxes collection, an increase in inflation and unemployment rates, etc.; great protests occurred, above all, in 2013, 2015 and 2016; the fiercest presidential election during the redemocratization period in 2014; and the impeachment process of Dilma Roussef reelected in 2014. Taken from dispersion, these facts converge to the Brazilian political hegemony reorganization which, disrespecting democracy, revisited the polyclassist front established by the lulismo (2003-2016), purging from it the working classes, seeking to insure prevalence of the public fund use to the hegemonic bourgeois class fraction, in detriment of the social rights seen in the Constitution of 1988. For such, after the full power takeover by the new hegemony which, politically, was represented by the leadership of the then vice president and now president Michel Temer, policies seeking to guarantee that goal, were set in motion: proposed constitutional amendment that limited government spending for 20 years; labor reform; social security reform; high school reform, etc. It was against this conjecture, its creators, but mainly against the high school reform and the ceiling of public expenditure proposed constitutional amendment that the youth rose against and occupied their schools. Without losing sight of this context, the analysis has sought to understand, under the appraisal of the speech of subjects that occupied the schools, what they wanted and thought regarding the high school reform waged by the Provisional Measure 746/2016. For this purpose, the study has performed a survey in which subjects who occupied Paraná state schools in 2016 were interviewed. The interviews occurred from the setting of four focus groups. Socioeconomic questionnaires were also proposed to the participant subjects. The data were codified in categories that intended to stablish the discursive patterns. From the formulation of these patterns, the analysis from theoretical categories "youth", "right to education" and "State" has taken place. From this analysis, it was verified that it was a movement of the youth who resisted the state hegemony reorganization and the context of rights suppression established by it, hoping, above all, to have space in politics and to be heard so that they could expose, in particular regarding the high school reform, their tangible reality, bringing its problems to the core of the debate. In order to achieve it, they used horizontal organization, opposing the traditional performance format of other counter-hegemony forces and they had to resist State repression. By doing so, they resisted in the political movement to try to build positional resistance inside the State, acting as youth educators, trying to build a new counterhegemonic consciousness. Key words: Youth; Politics; High School; Resistance; and School Occupation.-
Formato: dc.format348 p. : il.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
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Palavras-chave: dc.subjectMovimentos estudantis-
Palavras-chave: dc.subjectEducação-
Palavras-chave: dc.subjectEstudantes - Atividades politicas-
Palavras-chave: dc.subjectEnsino médio-
Título: dc.titleEscolas ocupadas no Paraná : juventudes na resistência política à reforma do ensino médio (Medida Provisória 746/2016)-
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