A configuração subjetiva da participação política para estudantes universitários do movimento estudantil

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Autor(es): dc.contributorFerrarini, Norma da Luz, 1957--
Autor(es): dc.contributorUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia-
Autor(es): dc.creatorLoiacono, Karina Junqueira de Menezes-
Data de aceite: dc.date.accessioned2019-08-21T23:15:35Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2019-08-21T23:15:35Z-
Data de envio: dc.date.issued2019-05-27-
Data de envio: dc.date.issued2019-05-27-
Data de envio: dc.date.issued2018-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://hdl.handle.net/1884/56056-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/1884/56056-
Descrição: dc.descriptionOrientadora: Profa Dra Norma da Luz Ferrarini-
Descrição: dc.descriptionDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Defesa : Curitiba, 26/04/2018-
Descrição: dc.descriptionInclui referências: p.117-120-
Descrição: dc.descriptionResumo: A participação política tem sido muito discutida atualmente em função da situação econômica e governamental do país. Pesquisas mostram que no Brasil esta participação tem se restringido a momentos de crise ou se localizado somente no pleito eleitoral. Haja vista este contexto de baixa participação política esta pesquisa buscou investigar a configuração subjetiva da participação política para quatro estudantes vinculadas ao movimento estudantil através do Centro Acadêmico de Psicologia da Universidade Federal do Paraná. Este público foi escolhido, pois se sabe que o engajamento em movimentos sociais possibilita uma forma de participação política constante e dentre estes movimentos, o estudantil destacou-se na história política do Brasil. Sendo assim, partiu-se de uma retomada histórica sobre participação política com base em autores marxistas, das Ciências Políticas e da Psicologia Histórico-Cultural a fim de entender como a política tornou-se institucionalizada nos partidos políticos e nos governos. Posteriormente adentrou-se na concepção de política de Hannah Arendt como referencial conceitual para a temática. Elegeu-se como base epistemológica para a investigação da configuração subjetiva a Epistemologia Qualitativa de Fernando González Rey que visa o estudo da subjetividade. Sendo assim, foram realizados três encontros em grupo os quais possibilitaram o desenvolvimento de um espaço conversacional onde sentidos subjetivos ligados ao tema foram construídos. Estes encontros foram baseados em perguntas disparadoras, atividades como a construção de um cartaz apresentando o centro acadêmico e a discussão de um documentário sobre o movimento estudantil no Brasil, assim como também foram utilizados instrumentos individuais como o complemento de frases e a confecção de uma carta. A partir dessas informações pode-se perceber que na configuração subjetiva da participação política para as participantes estão presentes os seguintes elementos: (i) participação política vivida como um processo que promove transformação pessoal, que favorece saltos qualitativos nas reflexões e na forma de lidar com a realidade em função dos espaços de diálogos emocionais e reflexivos; (ii) participação política tornou-se uma configuração permanente de sentidos, assim fazem a leitura de todas as situações de sua vida e da sociedade através dessa configuração; (iii) participação política configurada como escolha e não obrigação possibilitando em algumas delas a afirmação como sujeitos; (iv) os elementos da subjetividade social, como os autores marxistas e da Psicologia Histórico- Cultural, um projeto de sociedade socialista ou comunista, os valores e crenças familiares, a imagem idealizada do militante, ganham contornos diferenciados nas subjetividades individuais e guiam a produção desses sentidos subjetivos; (v) necessidade de liberdade para espaços de diálogo com a pluralidade; (vi) presença de subjetividade grupal impositiva; (vii) os conhecimentos teóricos transmitidos na universidade demonstraram ter papel essencial na postura ativa das participantes; (viii) a construção de um novo projeto de sociedade motiva e gera um movimento constante de engajarem-se cada vez mais; (ix) e conseguem reconhecer que o processo de transformação social é lento, mas sabem contemplar os ganhos parciais que motivam a participação. Conclui-se que apesar do caráter único e singular da configuração subjetiva da participação política para as participantes, há elementos comuns que mostram similaridades e que são apresentados por todas participantes ainda que se expressem de diferentes formas. Estes elementos possibilitam o desenvolvimento de novas zonas de inteligibilidade sob o tema que são: a importância da relação dialógica no grupo para o desenvolvimento cognitivo e emocional; a atitude ativa de escolha pela participação e o desenvolvimento como sujeito; o perigo de posturas ideológicas radicais para a construção da singularidade; a importância de elementos da subjetividade social na construção dos sentidos subjetivos e das configurações subjetivas de forma singular e única para cada uma, mas sempre de maneira imperativa e impositiva para todas; a participação política como uma tendência orientadora da personalidade; a importância dos conhecimentos científicos apropriados na UFPR e do projeto de sociedade que defendem. Palavras-chave: participação política; movimento estudantil; configuração subjetiva.-
Descrição: dc.descriptionAbstract: Political participation has been much discussed at present because of the country's economic and governmental situation. Research shows that in Brazil this participation has been restricted to moments of crisis or located only in the electoral process. Given this context of low political participation this research sought to investigate the subjective configuration of political participation for four students linked to the student movement through the Academic Center of Psychology of the Federal University of Paraná. This public was chosen because it is known that the engagement in social movements provides a form of constant political participation and among these movements, the student stood out in the political history of Brazil. Thus, we started with a historical retake of political participation based on Marxist authors, Political Sciences and Historical-Cultural Psychology in order to understand how politics became institutionalized in political parties and governments. Subsequently, he entered the conception of politics of Hannah Arendt as conceptual reference for the subject. It was chosen as the epistemological basis for the investigation of the subjective configuration the Qualitative Epistemology of Fernando González Rey that aims at the study of subjectivity. Thus, three group meetings were held which enabled the development of a conversational space where subjective meanings related to the theme were constructed. These meetings were based on triggering questions, activities such as the construction of a poster presenting the academic center and discussion of a documentary about the student movement in Brazil, as well as using individual instruments such as the complement of sentences and the making of a letter . From this information it can be seen that the following elements are present in the subjective configuration of political participation for the participants: (i) political participation as a process that promotes personal transformation, which favors qualitative leaps in reflections and in the way of dealing with the reality in function of the spaces of emotional and reflexive dialogues; (ii) political participation has become a permanent configuration of meanings, so they read all the situations of their life and society through this configuration; (iii) political participation configured as a choice and not an obligation, making it possible to affirm them as subjects in some of them; (iv) the elements of social subjectivity, such as Marxist and Historical-Cultural Psychology authors, a socialist or communist society project, family values and beliefs, the idealized image of the militant, gain differentiated contours in individual subjectivities and guide production of these subjective senses; (v) the need for freedom for spaces of dialogue with plurality; (vi) presence of group subjective subjectivity; (vii) theoretical knowledge transmitted at the university has been shown to play an essential role in the participants' active posture; (viii) the construction of a new project of society motivates and generates a constant movement of engaged more and more; (ix) and can recognize that the process of social transformation is slow, but they know how to contemplate the partial gains that motivate participation. It is concluded that despite the unique and unique character of the subjective configuration of political participation for the participants, there are common elements that show similarities and that are presented by all participants even though they express themselves in different ways. These elements enable the development of new areas of intelligibility under the theme that are: the importance of the dialogical relationship in the group for cognitive and emotional development; the active attitude of choice for participation and development as a subject; the danger of radical ideological positions for the construction of singularity; the importance of elements of social subjectivity in the construction of subjective senses and subjective configurations in a unique way for each one, but always in an imperative and imposing way for all; political participation as a guiding trend of personality; the importance of appropriate scientific knowledge in UFPR and the project of society they defend. Keywords: political participation; student movement; subjective configuration.-
Formato: dc.format129 p. : il. (algumas color.).-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
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Palavras-chave: dc.subjectEstudantes universitarios - Atividades politicas - Curitiba (PR)-
Palavras-chave: dc.subjectMovimento estudantil - Participação politica-
Título: dc.titleA configuração subjetiva da participação política para estudantes universitários do movimento estudantil-
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