A Revista Justiça Popular e o projeto modernizador frelimista em Moçambique : os conflitos entre a modernidade e a permanência da tradição (1978-1992)

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Autor(es): dc.contributorGuerra Hernandez, Héctor Rolando, 1969--
Autor(es): dc.contributorUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em História-
Autor(es): dc.creatorFurquim, Fabiane Miriam-
Data de aceite: dc.date.accessioned2019-08-21T23:00:00Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2019-08-21T23:00:00Z-
Data de envio: dc.date.issued2019-05-20-
Data de envio: dc.date.issued2019-05-20-
Data de envio: dc.date.issued2017-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://hdl.handle.net/1884/55811-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/1884/55811-
Descrição: dc.descriptionOrientador: Profº Drº Hector Rolando Guerra Hernandez-
Descrição: dc.descriptionDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História. Defesa : Curitiba, 18/04/2018-
Descrição: dc.descriptionInclui referências: p.144-147-
Descrição: dc.descriptionResumo: O presente trabalho busca entender os processos modernizantes que ocorreram em Moçambique durante o período socialista, logo após a independência em 1978 e que se estendeu até 1992 aproximadamente. Dessa forma, a FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) buscou implementar um projeto que envolvia, entre outros, a produção do que foi denominado "homem novo". Com este projeto o partido buscava abandonando as práticas entendidas como tradicionais e adotando as políticas modernizantes marxista-leninistas da FRELIMO. Assim, procurava também combater as instituições que, segundo eles, perpetuavam práticas coloniais, e as entendidas como tradicionais, as quais eram vistas como atrasadas e incapazes de contribuir para a questão da unidade nacional. Neste contexto, foram criadas leis que proibiam ou marginalizavam práticas culturais que possuíam um sentido social. Essas questões são abordadas na Revista Justiça Popular, um boletim do Ministério da Justiça que foi produzida em Moçambique do período de 1980 a 1988, e que é a fonte principal para esse trabalho. São priorizados os casos e artigos que possuem relações diretas com as querelas familiares, que englobam casos de lobolo, poligamia, adultério feitiçaria e papel da mulher/criança no ambiente familiar. Esses casos são priorizados visto que anteriormente eram resolvidos tanto por chefes tradicionais, quanto pela própria família, quadro este que se modifica com e a entrada da FRELIMO e o projeto socialista da Justiça Popular. Apesar de existir um projeto modernizador, percebe-se que as práticas tradicionais permanecem, e as pessoas continuam a recorrer à essas instâncias para resolverem seus conflitos. Utilizando-se do tradicional e do moderno, os sentidos de organização social vai se modificando, o que demonstra que não existe uma contradição entre a modernidade e a tradição. Procura-se ampliar os sentidos dos dois conceitos para entender que a tradição não é estática e que a modernidade não é única. O que se pretende mostrar é que existe uma modernidade característica africana, que não é descolada do restante da modernidade mundial e que ultrapassa o sentido de retradicionalização, como aponta Geschiere (2006), conferindo uma modernização da tradição onde a resistência da tradição é encarada como a própria modernidade africana. Palavras chave: Moçambique, Justiça Popular, Modernidade, Tradição.-
Descrição: dc.descriptionAbstract: The present research tries to understand the modernizing processes that occurred in Mozambique during the socialist period, soon after the independence in 1978 and that extended until 1992 approximately. In this way, FRELIMO (Liberation Front of Mozambique) sought to implement a project that involved, among others, the production of what was called "Homem Novo". With this project the party sought to abandon the practices understood as traditional and adopting the modernizing Marxist-Leninist policies of FRELIMO. Thus, it sought to combat the institutions which, according to them, perpetuated colonial practices, and those understood as traditional, which were seen as backward and incapable of contributing to the question of national unity. In this context, laws were created that prohibited or marginalized cultural practices that had a social meaning. These issues are observed in the Justiça Popular (Popular Justice) Magazine, a newsletter of the Ministry of Justice that was produced in Mozambique from 1980 to 1988. Priority is given to cases and articles that have direct relationships with family quarrels, which include cases of lobolo, polygamy, adultery witchcraft and the role of the woman / child in the family environment. These cases are prioritized since they were previously solved by both traditional chiefs and by the family itself, a framework that modifies with the entry of FRELIMO and the socialist project of Justiça Popular. Although there is a modernizing project, it is evident that traditional practices remain, and people continue to resort to these instances to resolve their conflicts. Using the traditional and the modern, the senses of social organization are changing, which shows that there is no contradiction between modernity and tradition. It seeks to broaden the meanings of the two concepts to understand that tradition is not static, and that modernity is not unique. What we want to show is that there is a characteristic African modernity that is not detached from the rest of world modernity and goes beyond the sense of re-traditionalisation, as Geschiere (2006) points out, conferring a modernization of the tradition where the resistance of tradition is seen as the African modernity. Key words: Mozambique, Justiça Popular, Modernity, Tradition.-
Formato: dc.format165 p. : il. (algumas color.).-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
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Palavras-chave: dc.subjectSocialismo - Moçambique-
Palavras-chave: dc.subjectFrentes populares-
Título: dc.titleA Revista Justiça Popular e o projeto modernizador frelimista em Moçambique : os conflitos entre a modernidade e a permanência da tradição (1978-1992)-
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