Efeitos do enriquecimento orgânico sobre a recolonização da macrofauna bêntica de um estuário subtropical

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Autor(es): dc.contributorLana, Paulo da Cunha, 1956--
Autor(es): dc.contributorUniversidade Federal do Paraná. Centro de Estudos do Mar. Programa de Pos-Graduação em Sistemas Costeiros e Oceanicos-
Autor(es): dc.creatorGern, Fabiana Regina-
Data de aceite: dc.date.accessioned2019-08-22T00:15:23Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2019-08-22T00:15:23Z-
Data de envio: dc.date.issued2012-01-16-
Data de envio: dc.date.issued2012-01-16-
Data de envio: dc.date.issued2012-01-16-
Fonte completa do material: dc.identifierhttp://hdl.handle.net/1884/26496-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/1884/26496-
Descrição: dc.descriptionResumo: Os habitats bênticos costeiros estão em contínuo processo de recolonização, devido a distúrbios naturais ou por atividades humanas. Padrões de recolonização da macrofauna bêntica são fortemente dependentes da sua capacidade de dispersão passiva ou de seleção ativa do habitat, por sua vez condicionadas pelas características físicas, químicas e biológicas do substrato. Estes padrões podem ser fortemente afetados pela qualidade dos sedimentos, que tende a ser baixa em áreas estuarinas sujeitas a enriquecimento orgânico por despejo de esgotos. Este trabalho avaliou o processo de recolonização das associações macrobênticas por meio de um experimento manipulativo envolvendo o transplante recíproco de sedimento defaunado entre áreas entremarés contaminadas e não contaminadas ao longo do Canal da Cotinga, no complexo estuarino da Baía de Paranaguá (Paraná, Brasil). Este canal se configura reconhecidamente como um gradiente de contaminação ambiental, com múltiplos vetores de poluição, incluindo principalmente o despejo de esgoto in natura da cidade de Paranaguá. Os contaminantes são dispersos e diluídos a partir da região interna e mediana do canal em direção à sua desembocadura. Três hipóteses foram testadas: (i) se diferenças na qualidade do sedimento introduzidas pela presença ou ausência de contaminantes são determinantes da recolonização da macrofauna, então associações que se desenvolverem nos sedimentos transplantados serão similares aos controles da área de origem e diferentes da área de destino; (ii) se características específicas de cada área são responsáveis pelas diferenças, então associações dos sedimentos transplantados serão similares aos controles da área de destino e diferentes da área de origem; (iii) se uma interação desses fatores é responsável pelas diferenças, então associações que ocuparem os sedimentos transplantados apresentarão estrutura distinta tanto dos controles da área de origem como da área de destino. Dentre os quatro táxons numericamente dominantes (Capitella sp., Cylichna sp., Oligochaeta e Ostracoda), as espécies Capitella sp e Cylichna mais contribuíram para os padrões e tendências gerais de variabilidade macrofaunal. Independente do tratamento experimental, a densidade do poliqueta Capitella sp. foi extremamente elevada na área contaminada e a densidade do gastrópode Cylichna sp. na área nãocontaminada. Foi rejeitada a hipótese de que diferenças na qualidade de sedimento seriam determinantes da recolonização da macrofauna, pelo menos nas escalas de tempo e espaço consideradas, na medida em que associações macrofaunais que recolonizaram sedimentos transplantados da área contaminada para a área não contaminada não foram similares às da área de origem. Pelo contrário, características específicas das áreas de destino foram determinantes do processo de recolonização, com uma rápida homogeneização da fauna das amostras transplantadas ou translocadas com a fauna do entorno. Em linhas gerais, este padrão manteve-se durante os três meses do experimento. O processo de recolonização foi fortemente dependente da migração de adultos presentes nos sedimentos adjacentes às unidades experimentais. Apesar da tendência geral de rápida homogeneização da fauna nos sedimentos transplantados, as variações nas densidades de Oligochaeta e Ostracoda no primeiro período amostral, 17 dias após o início do experimento, indicaram que a área de origem do sedimento ainda era mais determinante do que a área de destino para a recolonização. Devido à elevada resiliência da fauna local, experimentos em escalas espaciais mais amplas e em menores períodos de tempo, de dias a semanas, seriam fundamentais para avaliar a efetiva influência de contaminantes sobre a recolonização de uma fauna tão resiliente. A interação dinâmica e complexa de processos ecológicos e forçantes ambientais possibilitaram a rápida recuperação da macrofauna bêntica entremarés após distúrbios em ambientes com distintos níveis de qualidade ambiental. Esta tendência natural de associações bênticas perturbadas retornarem rapidamente a estágios pré-impacto não pode ser ignorada ou subestimada em eventuais tentativas de recuperação de áreas afetadas por impactos antrópicos.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
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Palavras-chave: dc.subjectTeses-
Título: dc.titleEfeitos do enriquecimento orgânico sobre a recolonização da macrofauna bêntica de um estuário subtropical-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional - Rede Paraná Acervo

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