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Análise da cobertura jornalística do massacre do Carandiru: o papel do o Estado de S. Paulo na construção da narrativa pública
Use este link compartilhar ou citar este material: http://educapes.capes.gov.br/handle/11449/312913
Registro completo de metadados
| Metadados | Descrição | Idioma |
|---|---|---|
| Autor(es): dc.contributor | Vicente, Maximiliano Martin | - |
| Autor(es): dc.contributor | Universidade Estadual Paulista (UNESP) | - |
| Autor(es): dc.creator | Guinami, Larissa Eduarda Silva | - |
| Data de aceite: dc.date.accessioned | 2025-08-21T15:53:12Z | - |
| Data de disponibilização: dc.date.available | 2025-08-21T15:53:12Z | - |
| Data de envio: dc.date.issued | 2025-08-14 | - |
| Data de envio: dc.date.issued | 2025-07-27 | - |
| Fonte completa do material: dc.identifier | https://hdl.handle.net/11449/312913 | - |
| Fonte: dc.identifier.uri | http://educapes.capes.gov.br/handle/11449/312913 | - |
| Descrição: dc.description | Este trabalho analisa, de maneira qualitativa, a cobertura jornalística realizada pelo jornal O Estado de S. Paulo nos cinco dias subsequentes ao Massacre do Carandiru, ocorrido em 2 de outubro de 1992, quando 111 detentos foram mortos durante uma intervenção da Polícia Militar na Casa de Detenção de São Paulo, o Carandiru. Inserido em um contexto emblemático da década de 1990, marcada por políticas repressivas, encarceramento em massa e ampla exploração midiática de crimes violentos, o episódio tornou-se símbolo da violência estatal e das falhas estruturais do sistema prisional brasileiro. O estudo examina a maneira que o discurso midiático foi construído, utilizando como principais referenciais teóricos a Agenda-Setting, a semiótica e a teoria da comunicação, a fim de compreender a estratégia editorial do Estado de S. Paulo. Foram examinadas todas as edições do jornal publicadas no recorte temporal de 3 a 7 de outubro de 1992, buscando compreender como as escolhas editoriais, a seleção de fontes e o enquadramento narrativo do jornal influenciaram a percepção pública e o debate político, detalhando a evolução do posicionamento jornalístico. Por fim, os resultados apontam que, inicialmente, O Estado de S. Paulo reproduziu versões oficiais e justificativas institucionais, com foco em dados fornecidos por autoridades policiais e governamentais, sem problematizar a letalidade da ação estatal. No entanto, gradualmente passou a adotar um tom mais crítico e sensível, dando espaço a familiares, sobreviventes e entidades de direitos humanos, o que culminou na adoção do termo “Massacre”, como ficou amplamente conhecido, e na publicação de descrições impactantes da violência cometida pelos policiais, contribuindo para a humanização das vítimas e para a problematização da atuação estatal. Deste modo, pode-se afirmar que a cobertura do Estado de S. Paulo influenciou o debate público e político da época, incentivando os debates sobre direitos humanos e as mudanças institucionais dos órgãos responsáveis pela administração dos presídios brasileiros. Ainda assim, o destaque fornecido pela mídia brasileira contribuiu para a repercussão internacional do caso, de maneira que jornais de grande influência global como The New York Times, The Washington Post, National Public Radio, Frankfurter Allgemeine Zeitung, Berliner Morgenpost e Sunday Times publicassem o tema em suas páginas, inflamando o debate e pressionando que medidas fossem tomadas. | - |
| Descrição: dc.description | This study qualitatively analyzes the journalistic coverage carried out by the newspaper O Estado de S. Paulo during the five days following the Carandiru Massacre, which occurred on October 2, 1992, when 111 inmates were killed during a Military Police intervention at the São Paulo House of Detention, known as Carandiru. Set against the emblematic context of the 1990s-marked by repressive policies, mass incarceration, and extensive media exploitation of violent crimes-the episode became a symbol of state violence and the structural failures of the Brazilian prison system. The objective of this study is to examine how the media discourse was constructed, using as its main theoretical frameworks the Agenda-Setting Theory, semiotics, and communication theory, in order to understand the newspaper’s editorial strategy. All editions of the newspaper published from October 3 to 7, 1992, were examined, seeking to understand how editorial choices, source selection, and narrative framing influenced public perception and the political debate, detailing the evolution of the newspaper’s editorial stance. The results show that, initially, O Estado de S. Paulo reproduced official versions and institutional justifications, focusing on data provided by police and government authorities, without questioning the lethality of state action. However, the newspaper gradually adopted a more critical and sensitive tone, giving space to families, survivors, and human rights organizations, which culminated in the adoption of the now widely recognized term “Massacre” and the publication of impactful descriptions of the violence committed by the police, contributing to the humanization of the victims and to the problematization of state actions. Thus, it can be stated that the coverage by O Estado de S. Paulo not only influenced the public and political debate of the time, encouraging discussions about human rights and institutional changes in the agencies responsible for the administration of Brazilian prisons, but also that the attention given by the Brazilian media contributed to the international repercussion of the case. As a result, globally influential newspapers such as The New York Times, The Washington Post, National Public Radio, Frankfurter Allgemeine Zeitung, Berliner Morgenpost, and Sunday Times dedicated space to the event in their pages, intensifying the debate and pressuring authorities to take action. | - |
| Formato: dc.format | application/pdf | - |
| Idioma: dc.language | pt_BR | - |
| Publicador: dc.publisher | Universidade Estadual Paulista (UNESP) | - |
| Direitos: dc.rights | info:eu-repo/semantics/openAccess | - |
| Palavras-chave: dc.subject | Jornalismo | - |
| Palavras-chave: dc.subject | Massacre do Carandiru | - |
| Palavras-chave: dc.subject | Agenda-setting | - |
| Palavras-chave: dc.subject | Sistema prisional | - |
| Palavras-chave: dc.subject | O Estado de S. Paulo | - |
| Palavras-chave: dc.subject | Joralismo impresso | - |
| Palavras-chave: dc.subject | Prison system | - |
| Título: dc.title | Análise da cobertura jornalística do massacre do Carandiru: o papel do o Estado de S. Paulo na construção da narrativa pública | - |
| Título: dc.title | Analysis of media coverage of the Carandiru's massacre: the role of the Estado de S. Paulo newspaper in constructing the public narrative | - |
| Tipo de arquivo: dc.type | livro digital | - |
| Aparece nas coleções: | Repositório Institucional - Unesp | |
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