Efeito da administração de doses elevadas de Firocoxibe na ovulação de éguas

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Autor(es): dc.contributorAlvarenga, Marco Antonio-
Autor(es): dc.contributorUniversidade Estadual Paulista (UNESP)-
Autor(es): dc.creatorFaria, Lucas Gualberto-
Data de aceite: dc.date.accessioned2025-08-21T17:57:09Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2025-08-21T17:57:09Z-
Data de envio: dc.date.issued2025-08-04-
Data de envio: dc.date.issued2025-07-29-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://hdl.handle.net/11449/312648-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/11449/312648-
Descrição: dc.descriptionOs anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) são amplamente utilizados na medicina reprodutiva equina, especialmente no manejo da endometrite persistente póscobertura (EPPC), devido à sua capacidade de modular a resposta inflamatória uterina. O Firocoxibe, um inibidor seletivo da ciclooxigenase-2 (COX-2), apresenta propriedades farmacocinéticas favoráveis, como meia-vida longa, elevada biodisponibilidade oral e alta seletividade tecidual, o que o torna uma alternativa promissora para protocolos reprodutivos. Estudos prévios, como o de Friso et al. (2019), demonstraram que a administração de Firocoxibe em éguas com EPPC não compromete a ovulação, contudo os efeitos sobre a resposta inflamatória pós cobertura não foram plenamente efetivos, sugerindo a necessidade de ajustes na dose para maior eficácia. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito da administração de Firocoxibe, em doses terapêutica e supraterapêutica, sobre a dinâmica folicular, o padrão de edema endometrial e a ovulação de éguas. Foram avaliadas 70 éguas sem raça definida, ciclando, com histórico reprodutivo conhecido e clinicamente saudáveis, divididas aleatoriamente em três grupos experimentais: G1 (n=27), tratado com 0,1 mg/kg de Firocoxibe; G2 (n=22), com 0,3 mg/kg; e grupo controle (n=21), sem administração de AINE. O Firocoxibe (Firovet Horse 2%, Botupharma, Brasil) foi administrado por via intravenosa nos dias D-2 e D1. A indução da ovulação foi realizada no D-2, concomitantemente à primeira aplicação, utilizando 250 µg de análogo de GnRH (Strelin®, Botupharma, Brasil). O monitoramento ultrassonográfico foi conduzido nos dias D-2, D-1 e D0, D1, D2 e D3, com avaliação do diâmetro folicular (mm), grau de edema uterino (escala de 0 a 5), confirmação da ovulação e presença de corpo lúteo. Todas as éguas ovularam normalmente, sem formação de folículos anovulatórios hemorrágicos ou falhas ovulatórias. O tempo médio até a ovulação foi de 48,0 ± 11,4 horas no grupo controle, 50,0 ± 9,8 horas no G1 e 51,3 ± 10,2 horas no G2, sem diferença estatística entre os grupos (P > 0,05). A análise da distribuição da ovulação revelou que, no grupo controle, todas as éguas (100%, 21/21) ovularam até 48 horas após a indução. No G1, 88,9% (24/27) e no G2, 86,4% (19/22) ovularam até 48 horas, com 11,1% (3/27) e 13,6% (3/22) respectivamente ovulando até 72 horas. O percentual do crescimento folicular médio no intervalo de 48 horas após a indução foi de 6,01% ± 1,55 no Grupo Controle, 6,07% ± 2,28 no G1 e 6,23% ± 2,00 mm no G2, sem diferença significativa entre os grupos (P > 0,05). A regressão do edema endometrial apresentou variação entre os grupos durante o período periovulatório. Embora não tenha havido diferença no dia D-2 (P = 0,7338), o grupo tratado com a dose mais elevada de Firocoxibe (0,3 mg/kg) apresentou redução significativa no grau de edema no dia D-1 em comparação aos demais grupos (P = 0,0001). Ainda assim, os resultados demonstram que a administração de Firocoxibe, mesmo em dose três vezes superior à terapêutica, não comprometeu os principais parâmetros reprodutivos das éguas, preservando a dinâmica folicular e a taxa de ovulação. Esses achados reforçam o potencial do Firocoxibe como agente seguro para uso em programas reprodutivos, especialmente em contextos clínicos que exijam maior controle da resposta inflamatória uterina no período periovulatório.-
Descrição: dc.descriptionNon-steroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDs) are widely used in equine reproductive medicine, particularly in the management of persistent post-breeding endometritis (PPBE), due to their ability to modulate the uterine inflammatory response. Firocoxib, a selective cyclooxygenase-2 (COX-2) inhibitor, exhibits favorable pharmacokinetic properties such as a long half-life, high oral bioavailability, and strong tissue selectivity, making it a promising alternative for reproductive protocols. Previous studies, such as that by Friso et al. (2019), have shown that Firocoxib administration in mares with PPBE does not impair ovulation. However, its effects on the post-breeding inflammatory response were not fully effective, suggesting that dosage adjustments may be required to improve efficacy. Given this context, the present study aimed to evaluate the effect of Firocoxib administration, at both therapeutic and supratherapeutic doses, on follicular dynamics, endometrial edema pattern, and ovulation in mares. A total of 70 cyclic, clinically healthy, crossbred mares with known reproductive history were randomly assigned to three experimental groups: G1 (n=27), treated with 0.1 mg/kg of Firocoxib; G2 (n=22), treated with 0.3 mg/kg; and a control group (n=21), which received no NSAID. Firocoxib (Firovet Horse 2%, Botupharma, Brazil) was administered intravenously on days D-2 and D-1. Ovulation was induced on D-2, concurrently with the first Firocoxib administration, using 250 µg of a GnRH analog (Strelin®, Botupharma, Brazil). Ultrasonographic monitoring was performed on days D-2, D-1, and D0, assessing follicular diameter (mm), uterine edema score (scale 0 to 5), and ovulation confirmation. All mares ovulated normally, with no formation of hemorrhagic anovulatory follicles or ovulatory failure. The average time to ovulation was 48.0 ± 11.4 hours in the control group, 50.0 ± 9.8 hours in G1, and 51.3 ± 10.2 hours in G2, with no statistical difference between groups (P > 0.05). The ovulation distribution analysis revealed that in the control group, all mares (100%, 21/21) ovulated within 48 hours after induction. In G1, 88.9% (24/27) and in G2, 86.4% (19/22) ovulated within 48 hours, with 11.1% (3/27) and 13.6% (3/22), respectively, ovulating by 72 hours. The average follicular growth rate over the 48-hour interval postinduction was 6.01% ± 1.55 in the control group, 6.07% ± 2.28 in G1, and 6.23% ± 2.00 in G2, with no significant differences between groups (P > 0.05). Endometrial edema regression varied among groups during the periovulatory period. Although no difference was observed on day D-2 (P = 0.7338), the group treated with the higher Firocoxib dose (0.3 mg/kg) showed a significant reduction in endometrial edema on D1 compared to the other groups (P = 0.0001). Still, the results demonstrate that Firocoxib administration, even at a dose three times higher than the therapeutic level, did not compromise key reproductive parameters in mares, preserving follicular dynamics and ovulation rates. These findings reinforce the potential of Firocoxib as a safe agent for use in reproductive programs, especially in clinical contexts requiring enhanced control of uterine inflammatory response during the periovulatory period. Keywords: Endometritis; Anti-inflammatory; Subfertility; Ovulation; Reproduction-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Idioma: dc.languagept_BR-
Publicador: dc.publisherUniversidade Estadual Paulista (UNESP)-
Direitos: dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess-
Palavras-chave: dc.subjectEndometrite-
Palavras-chave: dc.subjectAnti-inflamatório-
Palavras-chave: dc.subjectSubfertilidade-
Palavras-chave: dc.subjectOvulação-
Título: dc.titleEfeito da administração de doses elevadas de Firocoxibe na ovulação de éguas-
Título: dc.titleEffect of high-dose Firocoxib administration on ovulation in mares-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
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