Avaliação da saúde metabólica em mulheres com câncer de mama: uma coorte prospectiva

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Autor(es): dc.contributorNahas, Eliana Aguiar Petri-
Autor(es): dc.contributorUniversidade Estadual Paulista (UNESP)-
Autor(es): dc.contributorButtros, Daniel de Araújo Brito-
Autor(es): dc.creatorPrado, Vanildo-
Data de aceite: dc.date.accessioned2025-08-21T20:42:47Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2025-08-21T20:42:47Z-
Data de envio: dc.date.issued2025-07-30-
Data de envio: dc.date.issued2025-07-18-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://hdl.handle.net/11449/312567-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/11449/312567-
Descrição: dc.descriptionObjetivo: Mulheres com câncer de mama apresentam maior risco de ganho de peso e disfunções metabólicas, com piora da sobrevida global e específica. Uma avaliação no momento do diagnóstico com equipe interdisciplinar pode influenciar o prognóstico e a sobrevida. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do diagnóstico e tratamento do câncer do mama sobre a saúde metabólica e a sobrevida de mulheres tratadas de câncer de mama. Métodos: Estudo de coorte prospectivo, de centro único, que incluiu mulheres com diagnóstico recente de câncer de mama, idade ≥ 40 anos, sem doença metastática e sem doença cardiovascular estabelecida, e seguidas durante dois primeiros anos após o diagnóstico do câncer de mama. Foram considerados como critérios na avaliação da saúde/disfunção metabólica: obesidade (índice de massa corporal, IMC  30kg/m2), pressão arterial (PA)  130x85mmHg), triglicerídeos (TG) 150mg/dL, HDL <50mg/dl, glicemia >100mg/dl e a presença da síndrome metabólica (SM, critérios do NCEP-ATPIII). Dados clínicos e antropométricos (PA, IMC e circunferência da cintura/CC) foram coletados por meio de entrevista e exame físico. As informações sobre os tratamentos oncológicos e as características tumorais foram coletados dos prontuários médicos. Para análise bioquímica foram solicitados colesterol total, HDL, LDL, TG e glicose. As pacientes foram submetidas a avaliação interdisciplinar (nutricional e psicológico) no momento do diagnóstico e seguiram nos atendimento com mastologista conforme rotina do serviço por 2 anos. As avaliações foram realizadas em cinco momentos: primeira consulta, seis, 12, 18 e 24 meses. As análises estatísticas incluíram testes não paramétricos, regressão logística e análise de sobrevivência de Kaplan-Meier. Resultados: Foram elegiveis para o estudo 165 mulheres, das quais 39 abandonaram o seguimento. Na análise foram incluídas 126 mulheres com média de idade de 59,0 ± 12,0 anos e IMC de 29,7 ± 5,8 kg/m2, com 91% dos tumores em estádios I e II, 71% axila negativa e 79% subtipos luminais. No seguimento de 2 anos foi observado entre os indicadores da disfunção metabólica, redução significativa na ocorrência de mulheres com disglicemia (p=0,04), com PA sistólica elevada (p<0,001) e com valores reduzidos de HDL (p=0,03). Não houve diferença na ocorrência da obesidade (p=0,70), no aumento da cintura (p=0,09), na hipertrigliceridemia (p=0,08), na PA diastolica ≥ 85 mmHg (p=0,30) e na presença de SM, que ocorreu em 45% das mulheres no diagnóstico do câncer da mama e em 42%, 37%, 36% e 35% nas avaliações de seis, 12, 18 e 24 meses, respectivamente (p=0,40). Regressões logísticas univariadas não demonstraram impacto das variáveis hormonioterapia, quimioterapia e radioterapia na presença de disfunções metabólicas (p>0,05). Durante o seguimento, 15 pacientes evoluíram a óbito, que apresentaram na avaliação inicial, maior prevalência de SM (73% versus 41% das sobreviventes, p=0,020) e valores mais elevados de glicose (p=0,021) quando comparadas as sobreviventes. A presença de SM foi associada a menor sobrevida (p=0,021), com um Hazard Ratio de 9,09 (IC 95%: 1,73-47,9). Conclusões: Em mulheres com câncer de mama, o seguimento interdisciplinar e as orientações de estilo de vida saudável repercutiram positivamente na saúde metabólica sobre a glicemia, nos valores de HDL, e na pressão arterial, sem alterações na ocorrência de obesidade e SM, que apresentou alta prevalência e foi associada a menor sobrevida.-
Descrição: dc.descriptionWomen diagnosed with breast cancer face an increased risk of weight gain and metabolic dysfunctions, which are linked to decreased overall and specific survival rates. Early interdisciplinary assessment at the time of diagnosis can improve prognosis and survival outcomes. This single-center, prospective cohort study aimed to evaluate the impact of breast cancer diagnosis and treatment on metabolic health and survival in women undergoing treatment. The study included women aged 40 years or older with a recent diagnosis of non-metastatic breast cancer and no established cardiovascular disease, followed for two years. Metabolic health was assessed using criteria such as obesity (BMI ≥ 30kg/m²), hypertension (BP ≥ 130/85 mmHg), hypertriglyceridemia (TG ≥ 150 mg/dL), low HDL cholesterol (HDL < 50 mg/dL), hyperglycemia (glucose > 100 mg/dL), and metabolic syndrome (MetS) as per NCEP-ATPIII. Clinical, anthropometric, and biochemical data were collected, and participants received nutritional and psychological assessments at diagnosis, with follow-ups at 6, 12, 18, and 24 months. Of the 165 women initially included, 126 completed follow-up (mean age 59.0 ± 12.0 years; mean BMI 29.7 ± 5.8 kg/m²), with the majority presenting early-stage (I–II) luminal tumors. Over the 2-year period, significant improvements were noted in glycemia (p=0.04), systolic BP (p<0.001), and HDL levels (p=0.03), but no significant changes were observed in obesity, waist circumference, hypertriglyceridemia, diastolic BP, or overall MetS prevalence, which remained high (45% at baseline to 35% at 24 months, p=0.40). Hormonal therapy, chemotherapy, and radiotherapy did not significantly influence metabolic outcomes. Of the 15 patients who died during follow-up, a higher prevalence of MS (73% vs. 41%, p=0.020) and elevated glucose levels (p=0.021) were observed compared to survivors. MS was significantly associated with reduced survival (p=0.021), with a hazard ratio of 9.09 (95% CI: 1.73–47.9). In conclusion, interdisciplinary care and lifestyle guidance contributed to improvements in some metabolic parameters but did not reduce the overall prevalence of MS, which remained a strong predictor of poorer survival.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Idioma: dc.languagept_BR-
Publicador: dc.publisherUniversidade Estadual Paulista (UNESP)-
Direitos: dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess-
Palavras-chave: dc.subjectNeoplasias da mama-
Palavras-chave: dc.subjectSíndrome metabólica-
Palavras-chave: dc.subjectSobrevida-
Palavras-chave: dc.subjectSaúde metabólica-
Palavras-chave: dc.subjectCoorte prospectiva-
Palavras-chave: dc.subjectBreast neoplasms-
Palavras-chave: dc.subjectMetabolic syndrome-
Palavras-chave: dc.subjectSurvival-
Título: dc.titleAvaliação da saúde metabólica em mulheres com câncer de mama: uma coorte prospectiva-
Título: dc.titleMetabolic health assessment in women with breast cancer: a prospective cohort study-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional - Unesp

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