Marcas descolonizantes nas práticas e saberes de mulheres negras educadoras

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Autor(es): dc.contributorSouza, Leonardo Lemos de-
Autor(es): dc.contributorUniversidade Estadual Paulista (UNESP)-
Autor(es): dc.contributorBarbosa, Maria Valéria-
Autor(es): dc.creatorSousa, Mariana Alves de-
Data de aceite: dc.date.accessioned2025-08-21T23:16:57Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2025-08-21T23:16:57Z-
Data de envio: dc.date.issued2025-06-17-
Data de envio: dc.date.issued2025-04-28-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://hdl.handle.net/11449/311169-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/11449/311169-
Descrição: dc.descriptionApesar dos poucos registros sobre a história de mulheres negras educadoras, essas mulheres sempre desempenharam um papel educativo fundamental, especialmente com crianças e jovens de diferentes grupos étnico-raciais. Diante dos desafios impostos pelas desigualdades raciais, socioeconômicas e de gênero historicamente consolidadas, suas trajetórias apresentam uma dimensão dialética que não se limita às opressões; elas também são marcadas por diversas formas de resistência desenvolvidas ao longo de suas vidas. No campo da Educação, é possível considerar que essas experiências constituem importantes critérios para a produção de conhecimentos críticos e emancipatórios. Nesse contexto, esta pesquisa tem como principal objetivo identificar as confluências entre as experiências sociais de mulheres negras educadoras, suas práticas pedagógicas antirracistas e a decolonialidade como proposta política e epistemológica. Os objetivos específicos consistem em compreender como pedagogias de resistência emergem desde e com as experiências "descolonizantes" de mulheres negras educadoras; reunir e divulgar as experiências e pedagogias que surgem desses processos. Considerando a epistemologia feminista negra como uma base para as escolhas teóricas e metodológicas, a pesquisa é realizada a partir de uma abordagem qualitativa bibliográfica, com enfoque nos referenciais teóricos do pensamento feminista negro, do pensamento negro, dos estudos decoloniais e pós-coloniais. Foram realizadas seis entrevistas narrativas entre 2022 e 2025, com seis mulheres cisgênero, negras e educadoras, que lecionam aulas de componentes curriculares das áreas de Ciências Humanas e Linguagens em instituições públicas de Educação Básica, em Minas Gerais, Goiás e São Paulo. Uma das entrevistas não consta nas análises, pois foi um piloto. As entrevistas foram exploradas por meio da análise temática que destacou cinco categorias: memórias da infância; trajetória formativa escolar; trajetória formativa acadêmica; trajetória profissional; e marcas descolonizantes. Dado o volume das transcrições, a análise se concentrou nas "marcas descolonizantes", visto que este tema abrange as formas de resistência que essas mulheres empregaram em suas trajetórias em diferentes momentos. As marcas descolonizantes nas experiências das professoras foram identificadas a partir dos seguintes eixos de análise: formação educacional e impactos da desigualdade educacional; formação acadêmica e construção da identidade profissional; atuação profissional e desafios na docência. Utilizou-se também a técnica de produções narrativas para sintetizar as experiências compartilhadas pelas participantes. Foi possível concluir que, embora existam algumas tensões teóricas e políticas entre as formas de resistência de mulheres negras e os estudos decoloniais, suas ações aportam essa proposta. Considerando a existência dessas tensões, utiliza-se o termo "marcas descolonizantes" por não se limitar à proposta decolonial e por permitir representar, em diferentes perspectivas teóricas, práticas, políticas e pedagógicas, situações que desafiam a subalternização e os lugares sociais inferiorizados, atribuídos hegemonicamente a grupos minorizados. Desse modo, as experiências de mulheres, negras e educadoras, analisadas por um viés interseccional, resultam em "pedagogias de resistência" – práticas pedagógicas críticas e emancipadoras que refletem seu compromisso com a construção de uma educação transformadora, baseadas em suas buscas constantes por conhecimento, bem como nas experiências sociais, acadêmicas e profissionais que tiveram, marcadas pela ausência de uma educação para as relações étnico-raciais inconsistente. Apesar das complexidades de tornar-se negra e professora em uma sociedade moldada por heranças coloniais, essas práticas são também informadas por suas vivências e enfrentamentos que, ao longo de suas vidas, as dotaram de conhecimentos únicos que contribuíram para o desenvolvimento de uma expertise pedagógica emancipadora.-
Descrição: dc.descriptionDespite the scarce documentation on the history of Black women educators, these women have always played a fundamental educational role, especially with children and youth from different ethno-racial backgrounds. In the face of the challenges imposed by historically entrenched racial, socioeconomic, and gender inequalities, their life paths present a dialectical dimension that goes beyond oppression; they are also marked by diverse forms of resistance developed throughout their lives. In the field of Education, these experiences can be seen as important foundations for the production of critical and emancipatory knowledge. Within this context, the main objective of this research is to identify the intersections between the social experiences of Black women educators, their antiracist pedagogical practices, and decoloniality as a political and epistemological proposition. The specific objectives are to understand how resistance pedagogies emerge from and with the “decolonizing” experiences of Black women educators; and to gather and disseminate the practices and pedagogies derived from these processes. Grounded in Black feminist epistemology as a theoretical and methodological foundation, this research adopts a qualitative and bibliographic approach, drawing on theoretical references from Black feminist thought, Black intellectual traditions, and decolonial and postcolonial studies. Six narrative interviews were conducted between 2022 and 2025 with six cisgender Black women educators who teach subjects in the fields of Humanities and Language Arts at public Basic Education institutions in the states of Minas Gerais, Goiás, and São Paulo.One interview was excluded from the analysis as it served as a pilot. The interviews were examined through thematic analysis, highlighting five categories: childhood memories; school formative trajectory; academic formative trajectory; professional trajectory; and decolonizing marks. Given the volume of the transcripts, the analysis focused on “decolonizing marks,” which encompass the forms of resistance these women have mobilized throughout their lives. These marks were identified through the following analytical axes: educational background and the impact of educational inequality; academic formation and the construction of professional identity; professional performance and the challenges of teaching. The technique of narrative productions was also used to synthesize the participants' shared experiences. The findings suggest that, although there are theoretical and political tensions between Black women's modes of resistance and decolonial studies, their actions align with and enrich this perspective. The term “decolonizing marks” is used precisely because it is not limited to decolonial theory and allows for the representation—across multiple theoretical, political, pedagogical, and practical lenses—of actions that challenge the subalternization and marginalization hegemonically assigned to minoritized groups. Thus, the experiences of Black women educators, analyzed through an intersectional lens, result in "pedagogies of resistance"—critical and emancipatory pedagogical practices grounded in their ongoing pursuit of knowledge and shaped by their social, academic, and professional trajectories, marked by the absence of consistent education for ethnic-racial relations. Despite the complexities of becoming Black and becoming a teacher in a society shaped by colonial legacies, their practices are also informed by lived experiences and resistance, which have endowed them with unique knowledge contributing to the development of emancipatory pedagogical expertise.-
Descrição: dc.descriptionBolsa de Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE)-
Descrição: dc.descriptionFundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)-
Descrição: dc.descriptionCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)-
Descrição: dc.descriptionBEPE: 23/07787-8-
Descrição: dc.descriptionFAPESP: 21/04365-0-
Descrição: dc.descriptionCAPES: 88887.658414/2021-00-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Idioma: dc.languagept_BR-
Publicador: dc.publisherUniversidade Estadual Paulista (UNESP)-
Direitos: dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess-
Palavras-chave: dc.subjectMulheres na educação-
Palavras-chave: dc.subjectProfessoras-
Palavras-chave: dc.subjectPrática pedagógica-
Palavras-chave: dc.subjectIdentidade profissional-
Palavras-chave: dc.subjectEducação antirracista-
Palavras-chave: dc.subjectAntirracismo-
Palavras-chave: dc.subjectWomen in education-
Palavras-chave: dc.subjectWomen teachers-
Palavras-chave: dc.subjectPedagogical practice-
Palavras-chave: dc.subjectProfessional identity-
Palavras-chave: dc.subjectAntiracist education.-
Título: dc.titleMarcas descolonizantes nas práticas e saberes de mulheres negras educadoras-
Título: dc.titleDecolonizing marks in the practices and knowledge of black women educators-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional - Unesp

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