As racionalidades leigas não são exclusivamente modernas, elas são plurais - sobre os modos de compreensão da saúde mental em Portugal

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Autor(es): dc.creatorAlves, Fátima-
Data de aceite: dc.date.accessioned2020-09-24T17:26:37Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2020-09-24T17:26:37Z-
Data de envio: dc.date.issued2020-02-06-
Data de envio: dc.date.issued2020-02-06-
Data de envio: dc.date.issued2011-08-09-
Fonte completa do material: dc.identifierhttp://hdl.handle.net/10400.2/9211-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/10400.2/9211-
Descrição: dc.descriptionAs racionalidades leigas contemporâneas no Ocidente continuam a incorporar formas de conhecimento (com as suas classificações, representações, saberes), provenientes de vários campos, onde se inclui a ciência a par da religião, da moral, da magia, da natureza, enfim, da cultura (De Rosa, 1987; Bellelli, 1987; Serino, 1987; Jodelet, 1995; Alves, 1998; Wagner et al., 1999; Rabelo, et al., 1999a; Charmillot, 2002). O conhecimento de que se servem os agentes sociais na interacção não corresponde em absoluto à hegemonia do poder/saber médico, sendo um conhecimento de tipo diferente do da ciência moderna, onde as necessidades de produzir sentidos exigem modelos bem mais próximos dos universos simbólicos culturais locais. Em Portugal a penetração dos conceitos e das práticas psiquiátricas seguiu com atraso as tendências das sociedades complexas ocidentais (Alves, 1998). A sociedade providência desempenha um papel fundamental na “compensação” das deficiências da produção estatal. No campo do mental, a sociedade civil secundária (Santos, 1990) tem protagonizado algumas responsabilidades sociais, no entanto, na realidade, quando entre nós se fala de integração comunitária das pessoas com doença mental, está-se quase exclusivamente a falar de integração nas famílias (Alves, 1998). Os estudos desenvolvidos para o campo da saúde e da doença em geral permitem-nos constatar a coexistência de modos de produção da saúde: a par da medicina oficial, reconhecida oficialmente como a instituição exclusiva da responsabilidade pela doença (Carapinheiro, 1993), encontramos as "medicinas alternativas", que actuam num registo semiclandestino, e a "medicina popular", reconhecida informalmente pela “comunidade” que a ela recorre num registo personalizado e clandestino face à racionalidade oficial. Os trabalhos desenvolvidos atestam essas diferenças para o caso da saúde em geral (Nunes, 1987; Hespanha, M. J., 1987; Bastos et al. 1987; Fontes et al., 1999;) bem como nos conduzem para a reflexão em torno das racionalidades leigas enquanto campo povoado por lógicas de produção de sentidos plurais (Carapinheiro, 2001; Lopes, 2003; Silva, 2008) que urge compreender, visto que são essas racionalidades leigas que orientam as trajectórias sociais de saúde e de doença. Neste contexto, procuramos perceber a configuração do modo de produção de sentido para o campo mental, ou seja as racionalidades leigas. As informações que apresentamos resultam de uma pesquisa empírica que se centra nas racionalidades leigas sobre saúde e doença mental, efectuada numa região (Norte) de Portugal. Procurámos, neste contexto, ‘cartografar’ as concepções que existem para além do modelo psiquiátrico dominante. Quais as concepções de sofrimento mental que povoam o mundo da vida? Em Portugal, o edifício explicativo sobre a doença mental é complexo e multifacetado, simultaneamente moderno e tradicional (Alves, 2009).-
Descrição: dc.descriptionN/A-
Idioma: dc.languagept_BR-
Direitos: dc.rightsrestrictedAccess-
Palavras-chave: dc.subjectRacionalidades leigas-
Palavras-chave: dc.subjectSaúde mental-
Título: dc.titleAs racionalidades leigas não são exclusivamente modernas, elas são plurais - sobre os modos de compreensão da saúde mental em Portugal-
Tipo de arquivo: dc.typeaula digital-
Aparece nas coleções:Repositório Aberto - Universidade Aberta (Portugal)

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