As mulheres nas pinturas de Josefa de Ayala e Artemisia Gentileschi : a nudez, o vestuário e os tecidos como instrumentos da sensualidade barroca

Registro completo de metadados
MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorGalhardo, Anabela-
Autor(es): dc.creatorSantos, Maria João Gonçalves Reis Leitão Galvão-
Data de aceite: dc.date.accessioned2019-08-21T17:04:51Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2019-08-21T17:04:51Z-
Data de envio: dc.date.issued2015-09-29-
Data de envio: dc.date.issued2015-09-29-
Data de envio: dc.date.issued2007-
Fonte completa do material: dc.identifierhttp://hdl.handle.net/10400.2/4483-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/10400.2/4483-
Descrição: dc.descriptionDissertação de Mestrado em Estudos sobre as Mulheres apresentada à Universidade Aberta-
Descrição: dc.descriptionEsta Dissertação tem por objectivo proceder ao estudo da representação das mulheres e da sensualidade feminina num conjunto de obras pictóricas da autoria de duas pintoras do século XVII: Josefa de Ayala e Artemisia Gentileschi. Trata-se de analisar e comparar o tratamento conferido e imprimido pelas pintoras aos corpos, ao vestuário e aos tecidos patentes num conjunto bem delimitado de obras pictóricas. O século XVII é marcado pelo reforço e endurecimento do papel da Igreja saída do Concílio de Trento, que recorreu abundantemente à arte a fim de catequizar os fiéis. Se por um lado se condenava como indecorosa a representação de corpos nus e sensuais, por outro lado autorizava-se a utilização de instrumentos que permitissem que as pinturas ficassem mais apelativas, comovendo, emocionando e seduzindo os observadores. A pintura recorria frequentemente ao nu, ao vestuário rico e atractivo – ou em alguns casos desconstruído – e à criação de texturas sedutoras através da representação dos tecidos plenos de quebras e pregueados. Neste contexto geral europeu, surgem duas mulheres artistas que se irão destacar como pintoras profissionais, conceituadas em universos artísticos dominados por homens. Josefa de Ayala, também conhecida como Josefa d’Obidos é uma pintora portuguesa (1630-1684), filha do pintor português, Baltazar Gomes Figueira e de uma nobre espanhola Catarina d’Ayala. Josefa nasceu em Sevilha, porém regressou a Portugal com apenas cinco anos de idade onde viveu até ao final dos seus dias, radicada na corte provincial de Óbidos, de onde lhe vem o epíteto. Artemisia Gentileschi, (1593-1652) nasceu em Itália, Roma, no berço do estilo barroco. Também ela é filha de um pintor, Orazio Gentileschi. Ainda jovem, foi violada pelo professor de perspectiva António Tassi, ao qual se seguiu um longo e traumático processo em tribunal. Josefa de Ayala e Artemisia Gentileschi absorveram a gramática barroca e seduzem-nos pelas suas telas recorrendo a temáticas distintas: Josefa repetiu frequentemente a temática das Virgens e das Santas, enquanto que Artemisia ficou conhecida pelas suas Heroínas. Cada uma delas interpretou os instrumentos de sedução de uma forma carismática, gerindo as respectivas condicionantes sociais, culturais, vivenciais e politicas. As Virgens de Josefa de cabelos ondulantes, peito sedutor desnudado e envoltas em tecidos ricamente bordados, seduzem o observador de uma forma subtil, enquanto que Artemisia recorre a uma expressão mais carnal e arrebatadora, enfatizando a beleza do corpo feminino envolto em tecidos como que exposto para deleite dos observadores. De uma forma ou de outra ambas absorveram a iconografia barroca interpretando-a e exprimindo-a de forma pessoal.-
Descrição: dc.descriptionThe aim of this work is to analyse how women and feminine sensuality’s are represented within a group of paintings of two women painters of the XVII century: Josefa de Ayala and Artemisia Gentileschi. We intend to study and compare how the two painters have represented the bodies, the fabrics and the draperies by analysing a defined group of pictorial oeuvres. During the XVII century the Catholic Church – after the Trent’s Concillium - has reinforced its role in society and has used the arts to gain more support within its followers. If, on the one hand, the nudity and sensuality were considered shameful and unacceptable, on the other hand the use of methods that give attractiveness to paintings in order to seduce and touch the feelings of its observers were allowed. Painters frequently exploited the nudity and recurred to rich and attractive clothing – or, as in some cases, disarranged – as also seductive textures by representing fabrics with full dramatic drapery falls It is in this European context that two women artists will appear and become famous as professional painters. They achieved fame and were recognized among the artistic universe which was dominated by men. Josefa de Ayala, also known as Josefa d’Óbidos, is a Portuguese painter (1630-1684). Her father was Baltazar Gomes, a Portuguese painter and her mother – Catarina d’Ayala – was a Spanish noble. Josefa was born in Sevile but returned to Portugal when she was five. She settled down in the small provincial court of Óbidos – from where she got her epithet – where she has remained until her death. Artemisia Gentileschi, (1593-1652), was born in Italy, in the Baroque’s style city cradle: Rome. As Josefa, her father was also a painter – Orazio Gentileschi. During her youth she was raped by her Perspective teacher: Antonio Tassi. The teacher was taken to court in a crime-process that was quite long and traumatic to Artemisia. Both women have absorbed the Baroque grammar and seduced with their canvases which have different themes: Josefa has insisted in the Virgin and Saints representations while Artemisia was known by her Heroines. Each one has charismatically interpreted the seduction elements and methods and at the same time successfully managed social, cultural, daily and political restrains. Josefa painted seductive Virgins with long and waving hair. She evolved the one bare breast of the Virgin in rich embroidery fabrics which subtly tempted the eye of the observer. Artemisia recurred to a carnal and ravishing expression empathising the beauty of the feminine body which was painted involved in fabrics to the delight of the viewers. In a way or other both absorbed the Baroque iconography and expressed and interpreted in a very personal way.-
Idioma: dc.languagept_BR-
Direitos: dc.rightsopenAccess-
Direitos: dc.rightshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/-
Palavras-chave: dc.subjectGentileschi, Artemisia, 1593-1651/53-
Palavras-chave: dc.subjectÓbidos, Josefa de, pseud.-
Palavras-chave: dc.subjectHistória da arte-
Palavras-chave: dc.subjectSéculo XVI-
Palavras-chave: dc.subjectSéculo XVII-
Palavras-chave: dc.subjectCultura-
Palavras-chave: dc.subjectMentalidade-
Palavras-chave: dc.subjectPintura-
Palavras-chave: dc.subjectMulheres-
Palavras-chave: dc.subjectFeminidade-
Palavras-chave: dc.subjectCorpo humano-
Palavras-chave: dc.subjectVestuário-
Palavras-chave: dc.subjectWomen-
Palavras-chave: dc.subjectBaroque painting-
Palavras-chave: dc.subjectNude-
Palavras-chave: dc.subjectClothing-
Palavras-chave: dc.subjectFabrics-
Palavras-chave: dc.subjectSensuality-
Título: dc.titleAs mulheres nas pinturas de Josefa de Ayala e Artemisia Gentileschi : a nudez, o vestuário e os tecidos como instrumentos da sensualidade barroca-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Aberto - Universidade Aberta (Portugal)

Não existem arquivos associados a este item.