Desenho universal para aprendizagem: a tessitura de uma proposta de formação docente para a inclusão no Ensino Médio

Abstract

A dissertação “Desenho Universal para Aprendizagem: A tessitura de uma proposta de formação Docente para a Inclusão no Ensino Médio” foi desenvolvida no contexto do Programa de Pós-Graduação em Educação Inclusiva – PROFEI, da Universidade Federal de São Paulo - Unifesp e na Linha Pesquisa: Práticas e Processos Formativos de Educadores para Educação Inclusiva. Fundamentada na teoria sócio histórica, o objetivo da pesquisa foi identificar as necessidades e desafios específicos de professores do Ensino Médio em relação à educação inclusiva, visando elaborar diretrizes para um curso de formação continuada com base em práticas pautadas nos princípios do Desenho Universal para Aprendizagem (DUA) e no trabalho colaborativo. A abordagem metodológica é qualitativa, na modalidade exploratória. A primeira etapa da pesquisa consistiu no levantamento bibliográfico sobre a inclusão no Ensino Médio. Para o tratamento dos dados, aplicou-se a análise de conteúdo, conforme Bardin. Para a segunda etapa, do estudo de campo, desenvolvi um curso piloto de formação continuada, elaborado como recurso educacional. Fundamentado nos tópicos identificados na pesquisa bibliográfica e usando como método central a pesquisa colaborativa, o curso foi pautado nos princípios do DUA e do Trabalho Colaborativo. Realizei a Análise de Conteúdo dos dados levantados nessa etapa também de acordo com Bardin. Os resultados apontaram que a formação docente contextualizada e colaborativa contribui para qualificar os professores para a inclusão no Ensino Médio, promovendo maior adesão e engajamento. O DUA é reconhecido como um quadro conceitual transformador, tornando as práticas mais acessíveis e equitativas. No entanto, desafios nas condições de trabalho docente dificultam o desenvolvimento profissional e se mostram como os principais obstáculos à implementação de novas práticas, repercutindo na aprendizagem e na participação de todos os estudantes. Assim, a criação de redes de apoio e colaboração entre todos os profissionais da escola revela-se essencial para a formação contínua e o desenvolvimento de uma cultura inclusiva na escola.