Sequência Didática Interativa: Ensino de Lançamento Oblíquo baseado na Teoria da Aprendizagem Experiencial e materiais de baixo custo

Abstract

A Sequência Didática Interativa (SDI) apresentada é fruto de uma dissertação de mestrado desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT). Essa proposta tem como objetivo aprimorar o ensino e a aprendizagem de conceitos fundamentais de Física, com foco no tema lançamento oblíquo, uma temática que exige elevado nível de abstração e compreensão prática. O público-alvo são os estudantes do 1º ano do curso técnico integrado em Informática para Internet do Instituto Federal do Acre (IFAC). O ensino de Física enfrenta desafios significativos, como a falta de equipamentos especializados e recursos materiais para experimentação. Frequentemente, a ausência de práticas experimentais prejudica a conexão dos estudantes com os conceitos teóricos. Para superar essas dificuldades, a SDI propõe atividades práticas baseadas no uso de materiais de baixo custo, como palitos de picolé, prendedores de roupa e latinhas. Essa abordagem torna as aulas mais acessíveis, e também demonstra que a experimentação é possível mesmo em contextos com limitações de infraestrutura, ampliando as possibilidades pedagógicas. A metodologia adotada nesta SDI é fundamentada na abordagem de Maria Marly de Oliveira (2013) e na Teoria da Aprendizagem Experiencial, desenvolvida por David Kolb (1984). Segundo Kolb, a aprendizagem é um processo dinâmico e cíclico que envolve quatro etapas: Experiência Concreta (EC), Observação Reflexiva (OR), Conceituação Abstrata (CA) e Experimentação Ativa (EA). Cada etapa corresponde a uma aula, divididas em 300 minutos, permitindo que os estudantes vivenciem, reflitam, teorizem e apliquem os conceitos de forma significativa e contextualizada. As práticas experimentais são fundamentais para tornar o ensino de Física mais dinâmico e significativo. O uso de materiais simples e acessíveis, como palitos, prendedores e latinhas, demonstra que é possível realizar experimentos mesmo em escolas com limitações de equipamentos. Essas atividades incentivam o trabalho em grupo, a criatividade e a resolução de problemas, além de aproximar os conceitos científicos do cotidiano dos estudantes. Como produto de uma dissertação do ProfEPT, esta proposta visa contribui para transformação do ensino de Física, aproximando-o da realidade dos estudantes e preparando-os para os desafios da sociedade.