MECANISMOS INFLAMATÓRIOS E DE ESTRESSE OXIDATIVO ENVOLVIDOS NA OBESIDADE (Atena Editora)

Abstract

A obesidade é uma condição crônica multifatorial, resultante da diferença entre consumo calórico e gasto energético, e associada a fatores ambientais, psicossociais e genéticos. Este acúmulo excessivo de gordura não só afeta a qualidade de vida, mas também aumenta o risco de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares. A Organização Mundial da Saúde (OMS) utiliza o Índice de Massa Corporal (IMC) para classificar a obesidade em várias categorias, desde abaixo do peso até obesidade grau III, onde o risco de comorbidades é muito alto. A prevalência de obesidade globalmente aumentou drasticamente desde 1990, e no Brasil, a obesidade entre adultos se encontra com taxas superiores à média global. O tratamento inclui mudanças na dieta, aumento da atividade física e, quando necessário, medicação ou cirurgia bariátrica. A obesidade está relacionada a um estado de inflamação crônica, e o tecido adiposo, além de armazenar energia, atua como um órgão endócrino, secretando adipocinas que afetam o sistema imunológico e a inflamação. O estresse oxidativo, que ocorre quando há um desequilíbrio entre radicais livres e antioxidantes, também desempenha um papel na fisiopatologia da obesidade, contribuindo para complicações associadas. A obesidade representa um risco significativo para a saúde pública e requer a implementação de políticas que promovam hábitos saudáveis, como educação nutricional e incentivo à atividade física. Garantir acesso a serviços de saúde e intervenções multidisciplinares é crucial para melhorar a qualidade de vida e reduzir as complicações associadas à obesidade.