JUVENTUDE(s) E ENSINO DE SOCIOLOGIA: REFLEXÕES SOBRE DIVERSIDADE E GERAÇÕES EM UMA ESCOLA NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA

Abstract

Essa pesquisa realiza a análise da experiência docente de uma atividade de intervenção pedagógica aplicada aos estudantes do segundo ano do Ensino Médio de uma escola na região metropolitana de Curitiba. Busca-se analisar a relação do contexto de precarização das escolas públicas, dos ataques à Sociologia por meio de medidas neoliberais como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a Reforma do Ensino Médio, percebendo como tais medidas impactam o cotidiano escolar, às relações de ensino-aprendizagem e às Juventudes. Os objetivos da pesquisa foram: Identificar de que maneira os jovens se reconhecem como sujeitos; reconhecer suas experiências sociais, dentro da realidade que pertencem; perceber suas experiências nas aulas de Sociologia; identificar suas percepções e estratégias frente a temáticas conflituosas; analisar a atividade de intervenção pedagógica e pensar práticas de ensino-aprendizagem que possibilitem as discussões sobre diversidade de maneira mais horizontal e cooperativa. O aprofundamento da análise das atividades se desenvolveu junto ao referencial teórico sobre Juventudes, Experiência social, Socialização e Unidades Geracionais. Foi realizado o levantamento de categorias e palavras presentes nas atividades dos estudantes. Esse levantamento demonstrou que a atividade proposta apresenta alguns elementos, valores e ideais presentes dentro da juventude da escola e das turmas que foram aprofundadas. Concluiu-se que o contexto de desmonte de políticas públicas, precarização da educação básica e a diminuição das aulas de Sociologia, fortaleceram dentro da escola unidades geracionais conservadoras, mas notou-se também reações de unidades geracionais progressistas. E por esses motivos é fundamental pensar em estratégias metodológicas coletivas para fortalecer os laços de coesão e cooperação.