Formações Continuadas “outras” de professores de História: por uma educação “amefricana” e antirracista

Abstract

A presente pesquisa produzida no Mestrado Profissional em Ensino de História – ProfHistória, na Universidade Regional do Cariri-URCA, permeia o universo das formações continuadas, ensino de história e o elemento condutor às Relações Étnico-Raciais - EREs, na região do Cariri, mais especificamente no município de Jardim-CE. A objetividade central deste trabalho é compreender como possibilitar a promoção da educação para as relações étnico-raciais de forma propositiva, positiva e antirracista no ambiente das formações continuadas dos professores de história que lecionam na modalidade do ensino fundamental anos finais. A base teórica desta investigação dialogou com autores estudiosos da afrodescendência, em destaque os pesquisadores: Henrique Cunha Júnior (2001); Cícera Nunes (2010; 2011 e 2021); Maria Telvira Conceição (2015); Antonia Valdenia (2020); Cida Bento (2022); Nilma Lino Gomes (2013 e 2017); Grada Kilmba (2019) Beatriz Nascimento (2021 e 2022) e em destaque, Lélia Gonzales (1988) da qual, utilizei como base a categoria Cultural da Amefricanidade. Além desses, foram abordados autores que trabalham com educação e formações continuadas como Anderson Santos (2013); Luiz Fernades Oliveira (2010 e 2014); Cícera Nunes (2010; 2011 e 2021) e Flávia Eloisa Caimi (2006). Como proposta interventiva foi tensionada um ciclo de formação com os 18 professores que compõem o quadro de educadores da área de Ciências Humanas no município de Jardim-CE. Assim, é proposta uma possibilidade de construção de uma formação outra e amefricana, que respeite e inclua a pluralidade e diversidade de visões a respeito da identidade do povo brasileiro de forma a positivá-las. Concluiu-se que nessas formações deverá haver a compreensão de que a população africana e afrodiaspórica não são contribuintes na formação da história e cultura brasileira, mais sim, participantes ativas nessa construção.