Formação permanente de professores de História da rede pública municipal de Iguatu – CE: desafios na perspectiva docente

Abstract

O presente trabalho busca elaborar um diálogo a respeito da formação permanente de professores e o ensino de História nos anos finais do ensino fundamental. Para isso, tem como principal objetivo compreender como se dão e acontecem as formações permanentes dos professores de História dos anos finais do ensino fundamental da rede pública municipal de Iguatu – CE e quais são as suas contribuições para as práticas pedagógicas. A fundamentação teórica proporciona discussões com teóricos do campo da educação, tais como Saviane (2016), Tardif (2014), Pimenta (1999), Gauthier (1998), Gatti (2010), Pimenta e Almeida (2011) e Pimenta e Lima (2010); e do ensino de História, como Monteiro (2007; 2013; 2014), Fonseca (2017), Caimi (2015), Cerri (2003; 2011; 2014), Monteiro, Ralejo e Cicarino (2014), Funari (2009), Fonseca (1996; 2003), entre outros. Como proposta metodológica, adotou-se uma abordagem qualiquantitativa, realizando um estudo de caso de caráter exploratório sobre a formação permanente de professores de História da rede pública municipal de ensino. Inicialmente, procedeu-se a uma revisão bibliográfica, análise documental do Plano Municipal de Educação, seus relatórios de monitoramento e documentos e/ou informações referentes à oferta de formações permanentes promovidas pela Secretaria Municipal de Educação (SME) aos professores de História, bem como entrevista com o coordenador do setor pedagógico dessa mesma secretaria. Aplicou-se um questionário semiestruturado, composto por perguntas abertas e fechadas, com os docentes em exercício no componente curricular História, buscando informações sobre sua formação inicial, formação permanente, desafios da formação e o cotidiano escolar, além da referida entrevista com o representante da gestão municipal na educação. Em relação ao aspecto quantitativo, este se deu pela coleta e interpretação de dados numéricos e opiniáticos sobre a frequência e a distribuição das percepção dos professores em relação à formação permanente, conforme obtidos por meio do questionário semiestruturado aplicado. Concluiu-se que as formações permanentes dos professores de História limitam-se às ofertas das jornadas pedagógicas realizadas no início de cada semestre letivo, não havendo continuidade ao logo do ano nem qualquer garantia de uma formação permanente específica para atualização de novos conhecimentos, situação que vem dificultando a prática docente para o ensino de História. Assim, o estudo aponta a necessidade de criação e aplicação de políticas educacionais públicas mais efetivas – advindas especialmente do ente municipal – que garantam o direito à formação permanente dos docentes em História, contribuindo positivamente para melhorias na capacitação desses profissionais em exercício, com efeitos na prática diária em sala de aula. Como parte propositiva, lançamos um e-book, com uma proposta de ciclo formativo em Ensino de História aos professores da educação básica. (apêndice C)