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Metadados | Descrição | Idioma |
---|---|---|
Autor(es): dc.contributor | UFF, UFRJ, UERJ, FME e PUC | pt_BR |
Autor(es): dc.contributor.author | RAMOS, Jacqueline de Faria Barros | - |
Data de aceite: dc.date.accessioned | 2025-01-21T18:16:44Z | - |
Data de disponibilização: dc.date.available | 2025-01-21T18:16:44Z | - |
Data de envio: dc.date.issued | 2024-12 | - |
Fonte completa do material: dc.identifier | https://www.editoraschreiben.com/livros/inclus%C3%A3o-e-ensino-na-p%C3%B3s-modernidade%3A-onde-est%C3%A3o-as-inf%C3%A2ncias%3F---volume-i | - |
identificador: dc.identifier.other | INCLUSÃO E ENSINO NA PÓS-MODERNIDADE: ONDE ESTÃO AS INFÂNCIAS? - Volume I | pt_BR |
Fonte: dc.identifier.uri | http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/921170 | - |
Resumo: dc.description.abstract | Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes1 . Começo esta coletânea com uma citação curta de Freire, fundada, por meio de sua obra Pedagogia da Indignação: Cartas Pedagógicas e outros escritos (2000), em duas percepções. A primeira delas, revestida de esperança, porque ancorada na autêntica possibilidade de transformação. A segunda - numa adversativa com dois ‘mas’ - abre-se à brecha inaudita da utopia que, quando não acolhida, só pode ser sustentada por ações coerentes à transformação do mundo. Entretanto, como convertê-la ou traduzi-la em ação se “nesse mundo tão ordenado, quase não temos que pensar mais?”2 A pós-modernidade que criamos nos abrigou num labirinto de ofertas que muitas vezes nos afastam de nossas peculiaridades (‘mais’ humanas), transmutando-nos em seres autômatos, pouco afeitos às emoções e aos ideais utópicos sobre os quais nos fala Freire. Para mudarmos, na origem, um mundo que não mais nos permite sonhar - porque tudo parece estar dominado e em nossas mãos -, precisamos questionar o lugar das crianças. Que lugar é esse onde habitam, ou quais espaços estão a ocupar dentro deste tempo do pós? Onde estão as infâncias - suas raízes e frutos -, as infâncias de hoje e as nossas próprias que abandonamos, esquecidas num tempo que foi engolido em nome do progresso? O tema desta obra propõe reflexões imersas no contemporâneo, onde indivíduos, com ou sem deficiência, vivem, trabalham, casam-se, compram, comunicam, sentem, vendem, interagem e interpretam o mundo por suas sensações, repertórios e sensibilidades, por canções, filmes e poesias, em línguas distintas (Português, Libras, Braille etc.) e tintas multicores. Indivíduos, a cada dia, mais imersos no digital, mas que, pela linguagem - verbal ou não verbal –, permanecem esperando do cotidiano mais do que o ordinário. Na pós-modernidade, o saber imediato e superficial é uma conquista comum via celulares e computadores. A internet dividiu o mundo em um antes e um depois. Todos estão sob suas ‘orientações’, ainda que nem todos as acessem. 1 FREIRE, Paulo. Pedagogia da Indignação: Cartas Pedagógicas e outros escritos. São Paulo: UNESP, 2000. 2 MILOVIC, Miroslav. Banalidade do Mal. Revista do Instituto Humanitas Unisinos ON-LINE no 438 - Ano XIV - 24/03/2014 ISSN 1981-8769 (impresso) ISSN 1981-8793 (online), 2024, p. 9. INCLUSÃO E ENSINO NA PÓS-MODERNIDADE 8 Consequentemente, as salas de aula se nutrem desse ‘depósito’ que, a despeito de denunciar a desigualdade presente no planeta, enriquece as mentes e as almas, assim como também as pode esvaziar de sentido. No mundo do “pós”, encontramos um tecido construído sob uma recriação ou uma reproposição semiótica superlativa, ou seja, há a tecnologia e os meios de comunicação e de cultura de massa que, de certo modo, prevalecem dentro da cadeia de sustentação entre sujeito/objeto, produzindo um universo mimético, pantomímico, centrado no simulacro3 . Conquanto a pós-modernidade seja um projeto intelectual “em progressão”, ou um projeto “para frente”, a verdade deixa, no espelho, seu rosto de eternidade, de postura fixa e passa a ser um reflexo em inversão por estar condicionada aos valores que, num momento específico, a sociedade lhe determinar. A verdade, deste modo, torna-se objeto de troca ou produto condicionado ao consumo rápido e fácil, cuja existência relativizada pelo contexto, pode figurar na própria dispensação de uma não-existência em essência, inclusive a da liberdade4 . Então, qual seria a verdade que conduziria o ser humano à liberdade transformadora ou à utópica mudança de rumo? Hoje, apostar em leitura, em estudo e pesquisa, talvez não seja, para uma maioria, o melhor caminho, ao menos aparentemente. Contudo, como pesquisadores e educadores das minorias, persistimos e resistimos na direção da construção do conhecimento. Entendemos que isso nos permite vislumbrar esse novo mundo (para além do alimento imediato ou do entretenimento lucrativo) da criatividade, da inclusão, da equidade e da diversidade, com lentes de aumento mais felizes. Experimentar! Nessa era babilônica de feitos grandiosos e múltiplas ciências, o grupo de pesquisadores que aqui se reuniu para a feitura desta obra, experimenta textualmente dessa premissa, quando apresenta - sob formatos variados - os emparedamentos e/ou desemparedamentos (que ocorrem e precisam ser observados) tanto à criança e ao adolescente como aos educadores. Este trabalho pretende, assim, atingir o coração do educador, motivando-o a experienciar, junto a seus alunos, recursos (tecnologias digitais, tecnologias assistivas e outras), naturezas, medos, culturas (inter./multiculturalidades) e relações com a diferença. Compartilhamos, aqui, pensamentos e ideias para motivar você, leitor, a trabalhar pela transformação do mundo, como afirma Freire. Desse modo, o convite foi estendido a pesquisadores de diferentes instituições em um intercâmbio amplo e potente de projetos em construção 3 BARROS, Jacqueline de Faria. Trilogia de Sombras: Saramago, Santo Agostinho e Heidegger. Niterói: EDUFF, 2017, p. 88. 4 Ibidem, p. 111. ONDE ESTÃO AS INFÂNCIAS? VOLUME I 9 e de outros já construídos e em prática, com reflexões importantes e relatos bem-sucedidos, sem fórmulas mágicas ou definições fechadas. As propostas apontam, sim, para o reconhecimento, nessa pós-modernidade hiper conectada e hiper-real, de um ser humano em processo, sendo forjado em sua historicidade enquanto produz cultura, tecnologia e arte, nutrindo-se delas, mas, com urgência, necessitando ser reconhecido como um ser singular. A virtude desse ser, a despeito da violência e do narcisismo exacerbados que imperam no contemporâneo, precisa transcender a premissa do ser natural e voltar-se à premissa do ser ético, a fim de que a possibilidade de uma vida plena em sociedade, onde as especificidades humanas são consideradas com delicadeza e seriedade, de fato, se concretize. Neste livro, em capítulos, as discussões perpassam, portanto, a investigação e o registro do fazer pedagógico por meio de relatos de experiências, artigos científicos e ensaios, sob a face da afeição e do cuidado, como aspectos fundamentais na aproximação entre o aprendente, seus pares e o educador/mediador, assim como a sua junção aos princípios e aos recursos (tecnológicos ou humanos) que participam dessa formação do ‘ser integral’ no seu desenvolvimento cognitivo, emocional e físico, abrangendo as esferas mais diversas que compõem, hoje, o humano da pós-modernidade. Você se encontrará nos textos que, subdivididos em seções, revelam esse lugar da criança, do adolescente e do educador, em salas de aula de escolas/ universidades públicas ou privadas. Textos de estudiosos que foram crianças comuns, mas que, intermediados por seus pares, coexistem com as adversidades e as alegrias uns dos outros, em espaços compartilhados, ricos de subjetividade e diferenças, textos cujas concepções estão postas sob um ensino entendido como estético e valorativo, voltado à transformação do mundo na construção de um humano integral e integrado. | pt_BR |
Tipo de arquivo: dc.format.mimetype | pt_BR | |
Idioma: dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
Direitos: dc.rights | Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Brazil | * |
Licença: dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/ | * |
Palavras-chave: dc.subject | 1- Ensino. 2- Educação inclusiva. 2. Formação de professores. 3. Práticas de aprendizagem. | pt_BR |
Título: dc.title | INCLUSÃO E ENSINO NA PÓS-MODERNIDADE: onde estão as infâncias? volume i | pt_BR |
Tipo de arquivo: dc.type | livro digital | pt_BR |
Curso: dc.subject.course | Mestrado em Diversidade e Inclusão (CMPDI) | pt_BR |
Área de Conhecimento: dc.subject.discipline | não se aplica | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Livros digitais |
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