“SAÚDE BUCAL de 0 a 100”

Abstract

As doenças bucais são um dos problemas que mais prejudicam o crescimento e o desenvolvimento pessoal e profissional das pessoas. Tais problemas de saúde bucal, como a cárie e a doença periodontal podem afetar a imagem corporal, aestética, a mastigação e a fala. Dessa forma, sabendo que o ser humano é, ao mesmo tempo, participante e protagonista da produção de saúde e que o conceito de qualidade de vida está diretamente relacionado à auto percepção no contexto da vida diária e às interpretações das experiências adquiridas, o presente trabalho tem como objetivo analisar os conhecimentos, as percepções e as representações sociais da relação mundo do trabalho e qualidade de vida relacionada à saúde bucal e como essa relação é vista na ótica dos estudantes que compõe o Ensino Técnico de Saúde Bucal. Nesse sentido, busca-se responder à questão norteadora: Quais as representações sociais que os estudantes do Ensino Técnico em Saúde Bucal CEPT/UNIMONTES estabelecem entre o mundo do trabalho e a qualidade de vida relacionada à saúde bucal? O local de realização da pesquisa foi na Escola Técnica de Saúde do Centro de Educação Profissional e Tecnológica da Universidade Estadual deMontes Claros/UNIMONTES, Minas Gerais. Teve como sujeitos estudantes do curso técnico em saúde bucal vinculado ao “Programa Novos Caminhos”. O estudo se desenvolveu no curso das aulas de“Estratégia da Família”, durante o rimeiro semestre do ano letivo de 2023. Para iniciar a presente pesquisa se tem como referenciais teóricos: Marx (1993), Frigotto (2012), Torres (2008), Freire (2014), Palazzo; Béria; Tomasi (2003) e Barbosa et al. (2013). O delineamento metodológico inclinou-se à abordagem quantitativa e qualitativa, de natureza analítica descritiva, tendo a pesquisa-ação como base de delineamento a ser adotada. Como técnicas e instrumentos para coleta de dados utilizou-se um questionário denominado Perfil de Impacto da Saúde Bucal na forma reduzida (OHIP-14), seguida de exame clínico odontológico com a coleta do CPO-D (Índice Epidemiológico para Dentes Cariados, Obturado e ou Perdidos), IG (Índice de Avaliação Periodontal) e coleta de dados socio demográficos por meio de questionário personalizado semiestruturado, além de rodas de conversas que foram construídas junto com os alunos participantes da pesquisa no decorrer das aulas. Findada a pesquisa, observa-se que os discentes inicialmente não percebiam que a qualidade de vida relacionada com a saúde oral (QdVRSO) e o mundo do trabalho poderiam se entrelaçar. Os alunos não percebiam a real condição de sua saúde bucal, julgavam-na satisfatória inicialmente. Porém, após avaliação individual dos resultados encontrados na pesquisa, os conhecimentos e percepções se aprofundaram a ponto de serem incentivadores de novas posturas frente à saúde bucal e até mesmo ampliação pelo zelo com a autoestima como forma de cuidado pessoal. Por fim, foi apresentado um produto educacional em forma de cartilha para alunos, professores e a comunidade em geral, sendo visto como um instrumento de grande aceitação, uma vez que fornece um impacto positivo, sendo potencial instrumento didático no emprego para indivíduos de todas as idades na sociedade.