VIDAMAISAUDE

Abstract

A educação em saúde é um instrumento facilitador para informar, capacitar e motivar as pessoas a fazerem escolhas saudáveis sobre sua vida por meio do autocontrole. A alfabetização do indivíduo em saúde, permite que este saiba construir ou reformular o que se denomina estilo de vida. Considerando o estudante universitário como foco deste estudo, observa-se que o ingresso no Ensino Superior implica em mudanças na vida pessoal, cognitiva, social, afetiva e profissional. Hábitos nocivos ou posturas descuidadas podem ser inseridos na vida do estudante comprometendo seu rendimento acadêmico e sua saúde. O papel da universidade é levar os alunos a discutirem temas de relevância sobre qualidade de vida por meio de uma postura crítico-reflexiva para fomentar a autorregulação e o autocuidado que habilite o universitário a viver em sintonia com um estilo de vida saudável. Neste sentido, o professor tem o papel de mediador da aprendizagem dos hábitos de vida, a partir da investigação dos fatores que influenciam as escolhas dos alunos, para guiar o ensino que será implantado na rotina da vida dos estudantes. Nesta perspectiva, o presente trabalho averiguou a eficácia da disciplina Princípios de Vida Saudável, inserida na matriz curricular do curso de pedagogia da Faculdade Adventista da Amazônia, sobre o padrão de escolhas dos hábitos de vida para formação de um estilo de vida saudável, revelados pelos dados obtidos antes, durante a após a intervenção. A metodologia de pesquisa para este estudo é de natureza quantitativa, com aplicação de questionários pré e pós ação de acompanhamento (AC), respectivamente, no mês de fevereiro e maio de 2020, além do registro dos hábitos de vida durante o período de doze semanas entre os meses de março e maio de 2020. Fizeram parte do estudo 55 estudantes, sendo que 29 foram incluídos em um grupo de controle e 26 em um grupo experimental, sendo que apenas este último grupo participou do programa de promoção de vida saudável. Os resultados trouxeram evidências de que após tomarem ciência do que vem a ser um estilo de vida saudável, os estudantes de pedagogia mudaram seus hábitos de vida. Os índices dos aspectos avaliados apresentaram melhora levando o grupo experimental a migrar de uma classificação de qualidade de vida regular para bom, muito bom e excelente, conforme critérios do Questionário Estilo de Vida Fantástico. Isso confirma que as ações desenvolvidas por uma disciplina desta natureza têm potencial elevado de transformar hábitos que resultam na qualidade de vida dos estudantes e na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. Além disso, os pedagogos podem atuar na sociedade como agentes cooperadores dos profissionais de saúde, por serem potenciais propagadores da cultura de saúde em sua comunidade e na sala de aula, quando estiverem atuando na educação básica.