Curso de aperfeiçoamento em educação para relações etnicorraciais: ciências humanas e saberes em África aplicada à sala de aula: volume 5

Abstract

A construção deste fascículo voltado para uma formação em nível de Aperfeiçoamento em Educação para as Relações Étnico-raciais vem ao encontro da política nacional através de uma política de formação pedagógica que valoriza a diversidade como princípio pedagógico. O percurso formativo desenvolvido obedeceu a construção de unidades curriculares. Na Unidade 1 intitulada “A institucionalização da educação para as relações étnico-raciais (ERER) no âmbito do estado brasileiro” propomos debater a Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER) a partir das especificidades do que estabelecem as leis federais nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008 e sua importância no desenvolvimento de uma educação anti-racista nas instituições em suas diferentes modalidades e níveis de ensino como reflexo da luta do movimento negro no Brasil/Mundo na busca pelo reconhecimento e disseminação dos valores civilizatórios afro-brasileiros e indígenas. Esta leitura teve como desdobramento o estabelecimento de sub-unidades que canalizaram para uma leitura atualizada da educação para as relações étnico-raciais (ERER) e os desafios à construção de uma educação anti-racista a partir dos marcos legais da educação para as relações étnico-raciais e o ensino de História e Cultura afro-brasileira, africana e indígena. A Unidade 2 – Ciências humanas e saberes em África nos debruçamos na leitura mais específica da disciplina intitulada “Ciências humanas e saberes em África: “Descolonizando o conhecimento e os saberes na compreensão da educação para as relações étnico-raciais – ERER”. Nesse sentido, procuramos desenvolver uma leitura crítica acerca das “visões de mundo” sobre o continente Africano do ponto de vista da “eurocentricidade” do mundo Ocidental e seus reflexos na construção do imaginário social sobre os povos originários e saberes em África. A crítica mais incisiva sobre os conhecimentos elaborados sobre a África nos currículos escolares a partir de uma literatura com autores dedicados ao tema. Uma primeira leitura que desenvolvemos nessa perspectiva crítica intitulada “Ciência negra: uma proposta para a descolonização do conhecimento” aborda a ruptura epistemológica com o eurocentrismo onde a pergunta mais eloquente diz que: “Precisamos reler a África? A resposta perpassa pela por uma abordagem didática e metodológica sobre “África ontem, África hoje” e a “Geopolítica da África”. Por fim, exploramos as “Experiências pedagógicas em educação para as relações étnico-raciais (ERER)” de modo a subsidiar possibilidades de elaboração de projetos de intervenção pedagógica nas salas de aula e para além dos muros da escola.