SEQUÊNCIA DIDÁTICA UTILIZANDO O CÓDIGO UNIVERSAL DE COR – CUdC: EM BUSCA DA CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS E SIGNIFICADOS NO ENSINO DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA VISUAL

Abstract

A Sequência Didática ora apresentada se constitui como um produto da pesquisa de mestrado intitulada “Sequência Didática utilizando o Código Universal de Cor – CUdC: Em busca de Sentidos e Significados no ensino de estudantes com deficiência visual” e foi desenvolvida pelo mestrando responsável pela pesquisa, bem como com o auxílio de seu orientador e os sujeitos participantes do estudo. Seu desenrolar se deu no âmbito do Instituto Benjamin Constant – IBC – Rio de Janeiro – RJ e faz parte do Programa de Mestrado Profissional em Ensino na Temática da Deficiência Visual - PPGEDV. O Objetivo que norteou a pesquisa foi elaborar uma sequência didática, em formato de produto educacional, composta por quatro etapas, para apresentar e refletir sobre a presença e a utilização das cores primárias e secundárias nas atividades escolares e cotidianas, utilizando o Código Universal de Cores (CUdC) (Pereira; Ferronato, 2019). O estudo se deu em uma turma com estudantes com deficiência visual (cegos e com baixa visão) que utilizam o Sistema Braille nos primeiros anos do Ensino Fundamental, visando auxiliar os professores no planejamento de suas aulas e os estudantes atribuírem significados e sentidos no uso da cor. Os sujeitos da pesquisa foram seis crianças e um adulto, em uma turma de quinto ano dos anos iniciais do ensino fundamental. A escolha se deu pela necessidade dos estudantes estarem alfabetizados, fazerem uso da leitura e escrita através do Sistema Braille, bem como pelo fato do conteúdo sobre cor ser recomendado nesta etapa de ensino (Quattrer, 2019, Brasil, 2018, p. 198-199). O ensino das cores primárias e secundárias é muito importante para alunos com deficiência visual. Embora não possam enxergar as cores, as pessoas cegas, congênitas ou adquiridas, podem explorá-las e compreendê-las por meio de outros sentidos, como o tato. Ao aprender sobre as cores primárias (vermelho, amarelo e azul) e secundárias (laranja, verde e violeta), os alunos com deficiência visual podem desenvolver habilidades táteis, reconhecendo diferentes texturas associadas às cores. Essa compreensão é fundamental para a interpretação do mundo ao seu redor e para a expressão criativa, permitindo que eles criem obras de arte táteis, explorem o uso das cores em suas comunicações e desenvolvam uma apreciação estética por meio da experiência sensorial. Além disso, com o reconhecimento de cores, podem ganhar autonomia em suas atividades diárias, no que diz respeito, por exemplo, na escolha de suas vestimentas, utilização de objetos de uso pessoal, composição dos ambientes de sua residência, entre outras ações que fazem uso destas. Convidamos você professor(a) que atua no ensino básico a ajudar no desenvolvimento dessas habilidades para enriquecer a vida dos alunos com deficiência visual e promover a inclusão reconhecendo e valorizando a contribuição única que cada indivíduo pode oferecer. Portanto, investir no ensino das cores para pessoas com deficiência visual não é apenas um imperativo educacional, mas também um passo crucial em direção a uma sociedade mais inclusiva, acessível e igualitária para todos.