Estudos sobre comportamento político na Microrregião de Divinópolis

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Autor(es): dc.contributor.authorGomes, José Vitor Lemes-
Data de aceite: dc.date.accessioned2024-07-25T12:30:31Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2024-07-25T12:30:31Z-
Data de envio: dc.date.issued2023-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://editorapantanal.com.br/ebooks.php?ebook_id=estudos-sobre-comportamento-politico-na-microrregiao-de-divinopolis&ebook_ano=2023&ebook_caps=0&ebook_org=1-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/868201-
Resumo: dc.description.abstractNo dia 19 de maio de 1943, nos anos finais da Segunda Guerra Mundial, em um discurso solene para o Congresso Americano, em Washington, nos Estados Unidos da América, o então primeiroministro britânico, Winston Churchill, afirmou que “A democracia é a pior forma de governo…”1 . A frase nos soa estranha, quando colocada, assim, fora do contexto, pois muitos de nós acreditam que a democracia é o melhor sistema de governo para as sociedades atuais, em contextos diversos de cultura. Churchill, um político ranzinza e astuto, com ironia britânica refinada e muita sabedoria, quis nos dizer que a democracia “é a pior forma de governo, exceto por todas as outras formas que já foram tentadas na história”. Tirania, monarquia, democracia, república, principado, despotismo, etc., as formas de governar são muitas e todas elas são complexas. Para garantir a governança, algumas formas são extremamente ditatoriais e outras são plenamente democráticas. Há ainda aquelas que ficam no meio do caminho. Ou seja, há níveis diferentes de democracia, uma vez que há sociedades díspares na forma de implementá-la. Contudo, constatamos, se olharmos para os países ocidentais modernos e hegemônicos, politicamente falando, que o regime democrático vige, satisfatoriamente, em todos eles. Há um grupo de países, dentre eles o Brasil, em que o regime democrático sempre experimentou altos e baixos. Pode-se dizer que de 1985 para cá, não entrando nas questões históricas da nossa formação sociopolítica, estamos solidificando uma forma de governo democrático que tem passado neste curto espaço de tempo por provações diárias. Tivemos nestes poucos anos de democracia plena dois impeachments, escândalos de toda ordem no Congresso Nacional, reformas políticas, tentativa de golpe, crises econômicas, embates entre os três poderes da República e muitas outras questões que sempre colocaram contra a parede o sistema democrático. Apesar de ter sofrido toda sorte de ataque, nossa democracia sobrevive, posto que ela já é adulta o suficiente para combater aqueles que a querem destruíla ou modificá-la a fórceps. No sistema democrático pleno, os(as) cidadãos(ãs) fazem valer a sua vontade, governando de maneira indireta, ou seja, de forma representativa. A participação dos(as) cidadãos(ãs) se dá de forma direta, através de eleições livres e regulares de tempos em tempos. Portanto, a eleição cumpre uma função de selecionar os representantes dos(as) eleitores, que ao fazerem suas escolhas estão outorgando poder a um político ou ao seu partido para dirigir o país. Configura-se, assim, uma relação muito próxima entre o(a) eleitor(a) e seu(sua) representante eleito(a). Para entender um pouco desta relação, extremamente, intricada entre eleitor(a) e político, justifica-se a leitura dos três textos acadêmicos produzidos no ambiente acadêmico, cujo ponto em comum entre eles são as eleições de 2022 no Brasil. Este tipo de conhecimento precisa circular extramuros acadêmicos, pois ele poderá despertar e seduzir o(a) leitor(a) a buscar novos conhecimentos para melhor compreender seu papel na democracia. Os(As) autores(as)-pesquisadores(as) dos textos trazem à tona um referencial teórico consistente para embasar suas discussões e análises. Ressaltamos que os temas tratados são relevantes, pois eles nos permitem entender um pouco sobre: 1) como se deu a relação entre o marketing e o comportamento político dos(as) estudantes da UEMG/Cláudio na eleição de 2022; 2) as emendas orçamentárias e a reeleição de deputados federais na microrregião de Divinópolis (MG) em 2022; e 3) como é o comportamento eleitoral entre as beneficiárias do Auxílio Brasil, no mesmo ano. Os temas nos são caros e bem atuais. A leitura dos textos nos permite compreender a complexidade que há na intrincada relação entre eleitor(a) e político(a), entre eleitor(a) e marketing político, entre eleitor(a) e beneficiárias de auxílios sociais Há nuances que só vêm, à tona, quando pesquisadores(as) se debruçam sobre os dados coletados em suas pesquisas, que objetivam, via de regra, compreender um pouco do eleitorado quando este é submetido a propagandas sutis e bem elaboradas para cativá-lo, persuadi-lo, enfim, para levá-lo a votar em x ou y candidato ou ainda investigar como os(as) eleitores(as) agem quando são beneficiados, indiretamente, pelo dinheiro público. Algumas questões de natureza socioeconômica e de desempenho parlamentar mostram que há uma relação intrínseca entre democracia e economia, assunto que pode ser explorado em pesquisas futuras. Questões singulares, relacionadas ao comportamento humano, emergem quando tratamos de interesses pessoais, quando determinado grupo de cidadãos(ãs) é agraciado por um ou outro auxílio, passamos a uma análise mais favorável dos políticos que estão à frente da distribuição de benesses. Portanto, as conclusões apresentadas nos textos levam-nos a pensar na intrincada teia de interesses que movem os(as) eleitores(as) e seus(suas) representados(as) na democracia, uma vez que o(as) eleitor(a) tem direito de escolha. Não se pode perder de vista que somos uma sociedade marcada por uma pluralidade cultural, social e econômica que, via de regra, leva a comportamentos variados diante dos acontecimentos sociais e macroeconômicos nacionais. Portanto, podemos dizer que na democracia o conflito de interesses, tanto dos(as) eleitores(as) quanto dos políticos, faz-se presente e necessário. Retomando Churchill, a democracia é imperfeita, mas em sua imperfeição, ela permite aos(às) cidadãos(ãs) se sentirem pertencentes ou pelo menos colaboradores(as) indiretos(as), apesar de todas as imperfeições do sistema eleitoral brasileiro. Estamos nos tornando uma democracia plena com o amadurecimento das nossas instituições de controle de conflitos. Para gerenciá-los temos uma Constituição Federal, mesmo que ela tenha sido emendada inúmeras vezes nos últimos anos. Em seu preâmbulo, a saber: Art. 1º - “Parágrafo único: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”, vemos que o povo é alma do sistema democrático. Os textos revelam que a universidade, enquanto produtora de um saber em construção, deve compartilhar o saber, uma vez que ele revela aspectos importantes de situações que estão muito próximas de nós. Eleições são calorosas, convidativas e sempre produzem discussões inflamadas em todas as camadas da sociedade brasileira. Do barzinho da esquina ao ambiente universitário, os(as) eleitores(as) manifestam-se sobre seus interesses, portanto sobre seus políticos/partidos de preferência. Por fim, ao conhecer um pouco o que pensa nossos(as) discentes-eleitores(as) e os(as) eleitores(as) que estão no entorno da universidade, à luz de teóricos, os(as) pesquisadores(as) estão cumprindo seu papel social que é interagir com a comunidade circundante a fim de conhecê-la melhor. A democracia só é viva quando os(as) cidadãos(ãs) participam da sua construção. Nossa democracia não pretende ser perfeita. Sabe-se que ela não é um regime sem defeitos ou problemas, mas de todas as formas de poder conhecidas, ela tem se mostrado vigorosa, uma vez que ela permite aos(às) cidadãos(ãs) sentirem-se parte importante dela.pt_BR
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Direitos: dc.rightsAttribution-NonCommercial 3.0 Brazil*
Licença: dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/3.0/br/*
Palavras-chave: dc.subject1. Divinópolis-MG. 2. Política educacional.pt_BR
Título: dc.titleEstudos sobre comportamento político na Microrregião de Divinópolispt_BR
Tipo de arquivo: dc.typelivro digitalpt_BR
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