A peste bubônica, paralelos entre o Brasil e o mundo. A história da ciência no ensino de biologia (Atena Editora)

Abstract

Essa obra foi elaborada entre os anos de 2021 e 2022, durante a pandemia de Covid-19, episódio de muita tensão e insegurança em nível mundial, regional e individual. Mesmo com todo o conhecimento científico existente, milhares de pessoas em todos os continentes perderam suas vidas, 5.9 milhões ao todo em março de 2022. A rotina diária foi alterada, foi necessário adotar o isolamento social e medidas preventivas, como o fechamento de aeroportos e fronteiras, uso de máscara e limpeza de mãos de forma frequente. A internet permitiu que o trabalho em vários ramos e o ensino ocorresse de forma remota, as redes sociais propiciaram que o vínculo com os amigos e familiares não fosse perdido. No Brasil, o manejo epidemiológico foi desastroso pela adoção do governo central do negacionismo científico como leme diretriz, atrelado a péssimas decisões logísticas por sua vez permeadas por intolerância e fundamentalismo ideológicos, facilmente verificáveis nas manchetes dos jornais no ápice da epidemia. Mas, como as pessoas se comportaram nas epidemias anteriores, quando não se tinha tanto conhecimento e tecnologias disponíveis? Qual foi a influência do contexto social, cultural e científico no controle das doenças? Como o desenvolvimento da ciência contribuiu para o enfrentamento destas? Para tentar responder estas questões, foi escolhido estudar e escrever sobre dois surtos de peste bubônica, separados física e temporalmente. O primeiro ocorrido na Europa do século XIV, entre 1346 e 1353, e o segundo no Brasil, no final do século XIX e início do século XX, entre 1899 e 1907.