A Liberdade na Obra O Livre-Arbítrio de Santo Agostinho

Abstract

O problema da conciliação entre o livre arbítrio do homem e a presciência divina, e como acontece essa articulação, também foi uma das inquietações na vida de Agostinho. Seu pensamento foi marcado por diversas doutrinas e escolas filosóficas, sobretudo o estoicismo, o neoplatonismo e o maniqueísmo. Entretanto, as respostas oferecidas por tais correntes filosóficas não satisfizeram as inquietações de Agostinho. A tentativa em dar uma resposta a esse problema, e se pensar sobre a liberdade humana conciliada à presciência divina, ocorreu tardiamente, em O Livre-Arbítrio, obra na qual Agostinho busca compreender de modo racional, em um diálogo filosófico com seu amigo Evódio, o problema da liberdade humana articulada à presciência divina, se há ou não uma conciliação, uma vez que de um lado temos, Deus que é onisciente (sabe de todas as coisas), e de outro o homem tem o poder de decisão. O presente trabalho, analisa o conceito de liberdade e as questões que implicam esse tema na obra O Livre-Arbítrio de santo Agostinho, explicitando como se dá a conciliação entre liberdade do homem e a presciência divina, e que tal conciliação existe; pois diante das escolhas humanas, Deus mantem uma certa distância, para que o homem exerça sua liberdade.