ESTUDANTES DA 1a SÉRIE DO NOVO ENSINO MÉDIO E SUAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE A SOCIOLOGIA ESCOLAR NA CIDADE DE TAPEROÁ-PB

Abstract

A Lei n.o 11.684/2008 (BRASIL 2008) é o marco mais recente para pensarmos na institucionalização da sociologia escolar como componente obrigatório no processo de construção de conhecimentos na Educação Básica. Através dos textos desta lei, espera-se que os educandos ao término do Ensino Médio possam somar as suas experiências de vida saberes das Ciências Sociais em busca de compreensões da vida em sociedade. Não uma fórmula pronta, transmitida, mas como mais uma possibilidade dentro do ambiente escolar de espaços em que coletivamente se construa e reconstrua conhecimentos que possam fazer sentido em suas vidas.Nossos esforços nesse texto tem como objetivos entender quais as representações dos estudantes sobre o ensino de Sociologia e o novo ensino médio na cidade de Taperoá-PB, compreender a sociologia escolar e o novo ensino médio a partir das vivências escolares e não escolares de estudantes da 1a série do ensino médio de duas escolas públicas na cidade de Taperoá-PB: Escola Félix Daltro e Escola Integral Técnica Melquíades Vilar. A partir dessas informações, realizamos algumas questões: os estudantes relacionam o que estudam na Sociologia escolar com o seu dia a dia? Como podemos (se podemos) compreender a sociologia escolar a partir dos estudantes? Para coleta de dados, optamos pela técnica de questionários abertos para compreender junto aos estudantes suas representações e vivências no novo ensino médio com a sociologia escolar. Já para análise de dados, utilizamos a Análise de Conteúdo (BARDIN, 2011) com a Análise Temática (AYRES, 2008) para compreender os posicionamentos dos estudantes. Como base para o desenvolvimento teórico, utilizamos a teoria das Representações Sociais, em que temos Serge Moscovici (2007), Denise Jodelet (2001), e Celso Pereira de Sá (1996). Para compreender o período de intermitência da Sociologia na Educação Básica brasileira até os dias atuais, utilizamos Meucci (2000), Corrêa (1996), Sarandy (2004),Carvalho (2004), Moraes (2004), Bodart (2020). Importante mencionar as contribuições da Antropologia como área de conhecimento que nos faz compreender a escola para além de seus muros, tendo como destaque os estudos de (INGOLD, 2020) sobre a importância de rompermos com a ideia de uma escola transmissora, além de contributos de (LAPLANTINE, 1988) e (ANDRÉ, 2008). Como resultados, os estudantes pesquisados, de ambas instituições, expressam que a sociologia escolar é importante na construção de conhecimentos para o entendimento da sociedade em que vivem. Apontam a necessidade de ampliar a carga horária para um melhor desempenho neste componente curricular, pois uma aula não é suficiente para aprofundamentos dos temas estudados. Em relação ao Novo Ensino Médio não representa suas escolhas e que o que se propagou na mídia e até mesmo na própria escola, difere da realidade vivida.