MANEJO AGROECOLÓGICO DO ABACAXIZEIRO: Experiências no lote 58 do projeto de assentamento Zumbi dos Palmares, São Francisco do Itabapoana, RJ

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Autor(es): dc.contributorInstituto Federal do Espírito Santopt_BR
Autor(es): dc.contributor.authorFIGUEIREDO, JOÃO SÁVIO MONÇÃO-
Autor(es): dc.contributor.authorSOUZA, MAURÍCIO NOVAES-
Autor(es): dc.contributor.authorMENINI, LUCIANO-
Autor(es): dc.contributor.authorPRETO, BRUNO DE LIMA-
Autor(es): dc.contributor.authorFERREIRA, OSÉAS SOARES-
Autor(es): dc.contributor.authorSILVEIRA, FLÁVIO VIANNA-
Autor(es): dc.contributor.authorOLIVEIRA, APARECIDA DE FÁTIMA MADELLA DE-
Data de aceite: dc.date.accessioned2024-05-23T23:40:00Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2024-05-23T23:40:00Z-
Data de envio: dc.date.issued2023-12-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://repositorio.ifes.edu.br/handle/123456789/4589-
identificador: dc.identifier.other9788582638002pt_BR
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/747302-
Resumo: dc.description.abstractA procura por produtos agroecológicos de base sustentável tem crescido muito no Brasil (NASCIMENTO, 2020). Diante desse cenário, o comprometimento com a qualidade da produção tem sido o foco para muitos agricultores. O Brasil é o terceiro país no ranking dentre os maiores produtores de abacaxi do mundo (FAO 2022). No Estado do Rio de Janeiro, na região Norte Fluminense, está localizado o núcleo V do Assentamento Zumbi dos Palmares. São 71 famílias, sendo que 87% apresentam o abacaxi como sua principal fonte de renda. O município de São Francisco de Itabapoana é o maior produtor de abacaxi do Estado, com 81% da produção da microrregião, e com 92.860 ha para esse destino. Também é o maior produtor do Rio de Janeiro, sendo responsável por 72,8% da produção (CARVALHO; SANTOS, 2018). No Projeto de Assentamento Zumbi dos Palmares, principalmente no núcleo 5, a cultura do abacaxi é uma das principais, a cultura que é produzida dentro do modelo convencional, ou seja, com uma grande dependência de insumos externos como herbicidas, inseticidas, fungicidas e adubos químicos. De acordo com Oliveira et al. (2009), o abacaxizeiro e a segunda maior cultura plantada no núcleo 5 do assentamento, representando 16% da área plantada, perdendo apenas para a cana-de-açúcar que tem uma área plantada correspondente a 25%. Segundo esses mesmos autores, a cultura do abacaxi corresponde a 87% da renda das famílias e a cana 6% dessa renda. O abacaxizeiro é uma cultura resistente ao clima tropical do Norte Fluminense e seus frutos possuem alto valor nutricional como vitaminas A, B1 e C (OLIVEIRA, 2009; CARVALHO; SANTOS, 2018). O cultivo para distribuição e consumo deve ter cuidados fitossanitários quando em sistema orgânico de produção ou agroecológico para que não haja disseminação de doenças, pragas e plantas espontâneas. O controle dentro do manejo com o abacaxizeiro pode contribuir para o aparecimento desses problemas, como o plantio em vários estágios de desenvolvimento, durante o ano todo e na mesma região, assim como o cultivo sucessivo sempre na mesma área (EMBRAPA, 2018). Dentre os principais problemas fitossanitários para os produtores dessa fruta está a doença que causa maior prejuízo econômico o fungo Fusarium guttiforme (NIRENBERG; O‘DONNELL, 1998) causa fusariose e o controle de plantas espontâneas que leva a perda de até 100% da produção. De acordo com Tittonell (2014), a intensificação ecológica aborda a paisagem possibilitando o uso dos recursos naturais do ecossistema de forma inteligente, desenvolvendo dessa forma um agroecossistema que seja sustentável.6 Comunicado Técnico Nº 20 Com a finalidade de criar viabilidade de cultivo do abacaxizeiro e alternativas para transição agroecológica, foi realizada uma experiência no lote 58 do projeto de assentamento Zumbi dos Palmares. A Lei Federal n° 10.831/2003, estabelece o sistema orgânico de produção agropecuário, aqueles que adotam técnicas específicas, mediante otimização do uso dos recursos naturais e socioeconômicos disponíveis, respeitando a integridade cultural das comunidades rurais com objetivo da sustentabilidade econômica e ecológica maximizando os benefícios sociais e a minimização da dependência de energia não renovável. Há de se empregar, sempre que possível, métodos culturais, biológicos e mecânicos, contrapondo o uso de materiais sintéticos e a eliminação do uso de organismos geneticamente modificados e radiações ionizantes em qualquer fase do processo de cultivo, processamento, armazenamento, distribuição e comercialização, e protegendo o meio ambiente. Vários termos são utilizados para tratar plantas espontâneas, como plantas silvestres, conceituando como “aquelas plantas que emergem e se reproduzem espontaneamente”. Plantas daninhas (plantas invasoras ou infestantes, ou mato) são conceituadas como plantas que não são desejadas em determinados locais. Plantas espontâneas, aquelas que são originárias da própria área e ali se proliferam. Quando aparecem em um sistema de cultivo convencional, causam interferência na atividade agrícola por competirem com as plantas pelos recursos naturais como luz, água e os demais nutrientes (ZIMDAHL, 2004; BITTENCOURT, 2011; OLIVEIRA, 2020). Na agricultura de base ecológica, as espécies vegetais que não são cultivadas pelo homem em uma área de interesse econômico, são chamadas de plantas espontâneas que podem ser espécies autóctones (nativas) quanto alóctones (exóticas) (BITTENCOURT, 2011). Essas plantas geralmente são associadas a perdas, independente dos nomes utilizados, são vistas de formas negativas. O termo plantas espontâneas traz os efeitos benéficos como diminuição dos ataques de insetos fitófagos às culturas, criando uma fonte alimento alternativa, repelência ou abrigo de inimigos naturais. Diminui o impacto das gotas da chuva evitando erosões e melhorando a fertilidade do solo ciclando nutrientes e incrementando outros de acordo com a sua família botânica (BITTENCOURT, 2011). Em algumas regiões do Brasil, certas espécies de plantas espontâneas como o Amaranthus flavus, Solanum paniculatum, servem para alimentação humana ou para alimentação de animais. De acordo com Bittenccourt (2011), também são utilizadas como medicinais ou forrageiras, e podem apresentar interesse econômico.7 Comunicado Técnico Nº 20 Segundo Oliveira (2020), as plantas espontâneas que têm o mecanismo C4 contribuem para que elas se desenvolvam mais e sejam mais eficientes no aproveitamento da água do que as plantas C3. Plantas daninhas se referem a qualquer planta que esteja em um lugar indesejado: esse conceito incluiu plantas de culturas antigas que nasçam em meio as outras como as soqueiras de cana que nascem dentro da plantação de abacaxi, é definida por Pereira e Melo (2008), como “toda e qualquer planta que germine espontaneamente em área de interesse humano e que de alguma forma, interfere prejudicialmente nas suas atividades agropecuárias”. Quando a população de plantas espontâneas está acima do nível crítico, competindo pelos fótons de luz, água e nutrientes, pode aumentar os custos de produção e reduzir o tamanho dos frutos. Por isso tão importante quanto monitorar as populações de plantas espontâneas, é realizar intervenções para diminuir a sua reprodução e dispersão. Muitas metodologias para o controle de plantas espontâneas estão sendo buscadas por diversos pesquisadores, não apenas para produtividade econômica e na minimização de impactos ecológicos locais, mas também na interferência ampla da escala ambiental como o aquecimento global. De acordo com Lima et al. (2007), a agroindústria é responsável por 25% de CO2, 60% da emissão de metano e 80% de ácido nitroso, correspondendo a 15% da emissão total de gases de efeito estufa. Parte dessa emissão está relacionado a utilização de herbicidas para o controle plantas espontâneas (LAL, 2004). O objetivo geral deste comunicado técnico e descrever formas de realizar o controle agroecológico de plantas espontâneas em lavoura de abacaxi do lote 58 do projeto de Assentamento Zumbi dos Palmares localizado no município de São Francisco do Itabapoana.pt_BR
Tamanho: dc.format.extent1,26 MB (1.330.270 bytes)pt_BR
Tipo de arquivo: dc.format.mimetypePDFpt_BR
Idioma: dc.language.isopt_BRpt_BR
Direitos: dc.rightsAttribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Brazil*
Licença: dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/*
Palavras-chave: dc.subjectAgroecologiapt_BR
Palavras-chave: dc.subjectCultura do Abacaxipt_BR
Palavras-chave: dc.subjectPlantas Espontâneaspt_BR
Palavras-chave: dc.subjectAgricultura Sustentávelpt_BR
Título: dc.titleMANEJO AGROECOLÓGICO DO ABACAXIZEIRO: Experiências no lote 58 do projeto de assentamento Zumbi dos Palmares, São Francisco do Itabapoana, RJpt_BR
Tipo de arquivo: dc.typetextopt_BR
Curso: dc.subject.courseMestrado Profissional em Agroecologiapt_BR
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