PROTOCOLO ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEM PARA IMPLANTAÇÃO DO CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA EM NEONATOS

Abstract

Introdução: O cateter central de inserção periférica (PICC) é uma opção de acesso venoso central amplamente utilizada em recém-nascidos internados em unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN). Trata-se de um dispositivo vascular inserido à beira do leito, com técnica asséptica, através de uma veia periférica, por profissional qualificado em seu manejo. Embora este dispositivo seja comumente utilizado como um recurso terapêutico em UTIN, ainda é grande o desafio com a localização da ponta do cateter e a manutenção deste dispositivo por maior tempo, considerando a fragilidade da rede venosa dos pacientes. Nesse sentido, visando a redução da probabilidade de eventos adversos faz-se necessário identificar os erros e melhorar os processos, apontando aspectos do cuidado que podem ser melhorados tornando a assistência aos pacientes mais segura. Para tanto, destacam-se os protocolos, que são ferramentas que contribuem para a sistematização da assistência de enfermagem, favorecendo a melhoria dos processos na busca pela excelência do cuidado. Objetivo: Elaborar um protocolo assistencial de enfermagem para implantação do PICC em neonatos. de um estudo metodológico realizado em uma Unidade Neonatal de um . O estudo foi divido em três etapas: 1. Definição de conteúdo, realizada através de uma revisão de escopo; 2. Ensaio Clínico Randomizado, com os recém-nascidos internados na Unidade Neonatal; 3. Elaboração do protocolo assistencial baseado na literatura consultada. O projeto recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos e foi registrado na plataforma de Registro Brasileiro de Ensaio Clínico. Resultados: Na primeira fase do estudo, dentre os 09 artigos incluídos pela revisão de escopo foi possível mapear os métodos de mensuração de PICC disponíveis para neonatos na UTIN. A segunda fase do estudo culminou na realização do ensaio clínico randomizado, analisando 34 procedimentos, sendo 18 no Grupo Experimental e 16 no Grupo Controle. O posicionamento inicial da ponta do cateter, a prevalência de tração e duração do dispositivo não apresentou diferença estatisticamente significante entre os grupos. Quanto à localização, constatou-se em ambos os grupos, que a maioria não foram eficazes. A terceira fase do estudo resultou com a criação do protocolo assistencial atendendo aos princípios legais e éticos da profissão, aos preceitos da prática baseada em evidências e às normas e regulamentos institucionais. Conclusão: O método de medida Rangel apresentou-se similar ao da mensuração padrão. Recomenda-se a ampliação de pesquisas, com uma amostra mais abrangente e homogênea, para aplicação de novas abordagens na inserção de PICC. A elaboração de um protocolo assistencial para o manejo do PICC é essencial, pois visa padronizar condutas melhorando a qualidade da assistência prestada sempre nos preceitos da segurança do paciente. Produto gerado: Protocolo assistencial de enfermagem para implantação de cateter central de inserção periférica em neonatos. Descritores: Cateterismo Venoso Central; Unidades de Terapia Intensiva Neonatal; Enfermagem Neonatal, Protocolo.