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Metadados | Descrição | Idioma |
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Autor(es): dc.contributor | Editora Inovar | pt_BR |
Autor(es): dc.contributor.author | Ribeiro, Denis Fernandes da Silva | - |
Autor(es): dc.contributor.author | Pereira, Bárbara Silvestre da Silva | - |
Autor(es): dc.contributor.author | Gaspar, Diana Ruth Farias Araujo | - |
Autor(es): dc.contributor.author | Santos, Lorena Prado | - |
Autor(es): dc.contributor.author | Galon, Eduarda Cristina | - |
Autor(es): dc.contributor.author | França, Mariana Jordão | - |
Autor(es): dc.contributor.author | Kusma, Solena Ziemer | - |
Data de aceite: dc.date.accessioned | 2024-02-10T15:06:24Z | - |
Data de disponibilização: dc.date.available | 2024-02-10T15:06:24Z | - |
Data de envio: dc.date.issued | 2024-02-08 | - |
Fonte completa do material: dc.identifier | https://www.editorainovar.com.br/omp/index.php/inovar/catalog/book/1187 | - |
identificador: dc.identifier.other | Determinantes sociais, biológicos e históricos da epidemia de HIV/AIDS no Brasil e no mundo | pt_BR |
Fonte: dc.identifier.uri | http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/742138 | - |
Resumo: dc.description.abstract | Em 1989, o historiador estadunidense Stephen Richards Graubard (1924-2021) escreveu um prefácio inquietante para introduzir os dois números temáticos da revista Daedalus, da qual ele foi editor por anos. Graubard (1989) inicia destacando que, passado quase uma década da emergência da AIDS, ainda era preciso se ter acesso à uma literatura que promovesse um debate mais qualificado. Tratava-se de uma crítica evidente às especulações estigmatizantes que deram a tônica das conversações sobre a doença naquela década. O texto é composto por inúmeras e relevantes questões, cujo escopo abrange um largo escopo disciplinar e institucional. Ele traça um panorama extensivo que nos insere no clima social, político e cultural daquele momento: a tragédia humana provocada pela AIDS, o desconhecimento, a inação estatal, as incertezas no campo científico e tecnológico, as múltiplas narrativas sobre a doença e as pessoas afetadas. Se Graubard tivesse lido o texto de apresentação do dossiê “40 anos da epidemia do HIV/AIDS: continuidades, transformações e dilemas nas respostas e enfrentamentos de um evento crítico global” publicado em 2022 pela Vivência – Revista de Antropologia por ocasião das quatro décadas da emergência da AIDS, assinado pelo antropólogo brasileiro Carlos Guilherme do Valle e pela antropóloga argentina Susana Margulies, teria se dado conta de que, em que pesem os avanços importantes nas respostas sociais à AIDS ao redor do mundo, “as atuais experiências e políticas do viver com HIV/AIDS expõe refrações de um processo histórico já de longa duração” (VALLE, MARGULIES, 2022, p. 15), além de seguir marcado por uma pluralidade de mobilizações, de experiências, de estéticas, de processos de biomedicalização, porém, assim como nos anos 1980, o estigma continua a atualizar a modelação da AIDS como uma tragédia humana. Os textos de Graubard (1989) e de Valle e Margulies (2022) conectam um arco de temporalidades da AIDS como um evento crítico – uma vez que a AIDS não pode, nomeadamente no momento de sua emergência, ser subsumida dentro dos repertórios de pensamento e ações existentes (DAS, 2006). O livro “Determinantes sociais, biológicos e históricos da epidemia de HIV/AIDS no Brasil e no mundo” junta-se a a essa tradição de conhecimentos, na medida em que parte da hipótese de que a epidemia de HIV/AIDS ainda não está superada, o que reclama por esforços acadêmicos que nos permitam revisitar sua história e reavivar um passado que se alinhava ao presente e ao futuro. Partindo de uma revisão da bibliografia das ciências da saúde, em especial do campo da Saúde Coletiva, os autores deste livro se colocam a importante tarefa de escrutinizar a diversidade de processos societários, políticos e culturais que estiveram (e estão) envolvidos nas formulações de ações estatais, sobretudo as políticas públicas de saúde, cujo objetivo é realizar um enfrentamento da epidemia, imaginar formas de cuidar, de prevenir novas infecções, de promover a saúde. Num momento em que há um enfraquecimento ou banalização da efetiva inclusão de temáticas relativas à epidemia de HIV/AIDS nos currículos dos cursos de graduação na área da saúde (MORAES et al., 2018), o esforço de sistematização da literatura sobre os determinantes sociais, biológicos e históricos da epidemia de HIV/AIDS amplia a abrangência da proposta dos autores, uma vez que o livro pode se constituir – porque se posiciona numa lacuna anteriormente existente – num importante recurso didático-pedagógico que poderá ser facilmente incorporado nos encontros entre professores e estudantes Brasil afora. Mais que isso, por se tratar de um trabalho produzido no interior do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Paraná, o livro “Determinantes sociais, biológicos e históricos da epidemia de HIV/AIDS no Brasil e no mundo” evidencia a vocação epistemológica e política que historicamente tem caracterizado o campo da Saúde Coletiva no Brasil. Desse modo, o livro também se coloca como uma leitura oportuna para trabalhadores e gestores do Sistema Único de Saúde, em especial aqueles que participam diretamente da produção, da implementação e da avaliação das ações de atenção à saúde das pessoas vivendo com HIV/AIDS, como bem demonstra a ênfase dos autores deste livro na explicitação dos meandros da formulação de políticas públicas, sobretudo nas duas últimas seções de resultados. O livro “Determinantes sociais, biológicos e históricos da epidemia de HIV/AIDS no Brasil e no mundo” se coloca, portanto, como uma leitura necessária às pessoas interessadas no estudo e na pesquisa sobre HIV/AIDS no Brasil, pois além de revisitar a história, os autores refratam a AIDS como um evento crítico, uma tragédia humana, cuja complexidade e capacidade de transformação segue nos impactando, nos desafiando, mas, principalmente, nos convidando para um debate que empurra a ciência feita na universidade para os interstícios onde espaços público e privado se friccionam em relações de vida, nesses territórios onde a AIDS, como tentáculos, se incorpora no cotidiano e requer de nós atitudes e ações críticas. Prefácio de Lucas Melo Professor Doutor do Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo; Secretário Nacional Executivo da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e Aids (RNP+Brasil). ISBN 978-65-5388-197-6 DOI 10.36926/editorainovar-978-65-5388-197-6 | pt_BR |
Tipo de arquivo: dc.format.mimetype | pt_BR | |
Idioma: dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
Palavras-chave: dc.subject | HIV/AIDS | pt_BR |
Palavras-chave: dc.subject | HIV | pt_BR |
Título: dc.title | Determinantes sociais, biológicos e históricos da epidemia de HIV/AIDS no Brasil e no mundo | pt_BR |
Tipo de arquivo: dc.type | livro digital | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Livros digitais |
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