Práticas Inclusivas e Anticapacitistas NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Abstract

As políticas públicas relacionadas à Educação Especial e Inclusão Escolar têm impulsionado os direitos das pessoas com deficiência à inclusão no ensino comum desde os anos 1990, mas ainda há muitas práticas segregadoras nas escolas. Diante disso, é preciso refletir sobre esse contexto para qualificar a educação para todos. Para tanto, com esta pesquisa se objetiva analisar, no contexto da Educação Infantil, como a atuação da gestão escolar interfere junto ao coletivo na qualificação das práticas educacionais e processos formativos dos professores, voltados para Inclusão escolar. Do ponto de vista teórico, se apoiou nos Estudos sobre Deficiência na Educação e na segunda geração do Modelo Social da Deficiência, tanto para as discussões teóricas, quanto para a análise dos dados obtidos na pesquisa. Utilizouse de uma abordagem qualitativa, de natureza exploratória e descritiva. A primeira etapa da pesquisa foi de análise documental, na qual trabalhamos com os Projetos Políticos Pedagógicos de três Núcleos de Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis e entrevistas semiestruturadas. A segunda etapa contou com uma análise qualitativa sobre informações coletadas por meio de entrevista semiestruturada com quinze profissionais entre professores, diretores e supervisores escolares vinculados aos três referidos Núcleos de Educação Infantil. Foi utilizado a análise de conteúdo temática/categorial para resultados obtidos por meio dos documentos e das entrevistas semiestruturadas. As categorias/temáticas foram elencadas a posteriori a partir dos instrumentos e coleta de informações para realização das análises. O estudo permite afirmar que a equipe gestora é vista como um dos pilares de sustentação das unidades educativas e há uma grande expectativa do coletivo em relação à atuação dessas equipes no que concerne à formação continuada no ambiente de trabalho. Apesar de todo o esforço das equipes gestoras para fomentar as discussões entre os pares e formações em serviço relacionadas à inclusão de crianças com deficiência, os professores alegam ter pouco espaço para discussão nos ambientes escolares. Em relação aos Projetos Político Pedagógicos há consenso sobre a importância do documento para a qualificação das práticas pedagógicas, mas também há consenso sobre a precarização dos tempos e espaços para que ele seja discutido coletivamente. Assim, este trabalho visa contribuir para a construção de práticas educativas anticapacitistas na Educação Infantil que estejam em conformidade com a perspectiva de Educação Inclusiva. Como produto educacional final, resultado desse estudo, foi elaborado um material informativo intitulado “Práticas Inclusivas e Anticapacitistas no contexto da Educação Infantil”, o qual pretende contribuir para práticas inclusivas e anticapacitistas no contexto da Educação Infantil