DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS E COVID-19: QUANDO O CORPO REFLETE AS DORES DA MENTE

Abstract

O estresse causado pela situação atual não só pode levar a alterações psicológicas, como mencionado acima, mas também pode afetar a função fisiológica (somática), levando à ocorrência de sintomas psicossomáticos. São vistas associações significativas entre estresse percebido e queixas psicossomáticas. A pandemia de coronavírus e as medidas associadas tomadas para combatê-la podem levar as pessoas a experimentar altos níveis de estresse, o que pode afetar a prevalência de sintomas psicossomáticos individuais. Atualmente, existem poucos estudos que mencionam o impacto da pandemia de COVID-19 na incidência de sintomas psicossomáticos. Além disso, os níveis de ansiedade foram significativamente associados aos níveis de estresse, o que afetou negativamente a qualidade do sono. A pandemia teve um impacto especialmente grande no sono da equipe médica da linha de frente, que esteve em contato próximo com pacientes com COVID-19. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo geral analisar a relação entre a pandemia de coronavírus e sintomas psicossomáticos. Conclui-se que, as descobertas sugerem que a fase inicial da pandemia de coronavírus e as medidas governamentais associadas para impedir a propagação do vírus influenciaram a ocorrência de queixas de saúde psicossomáticas. São relatados sentimentos piorados em comparação com o período pré-pandêmico. Entre os fatores de risco associados a um maior risco de aumento da frequência de queixas de saúde estão a idade mais jovem, o sexo feminino e, potencialmente, também o status de estudante, o ensino médio mais alto e a alta espiritualidade. Além do mais, pacientes com doenças crônicas como um dos grupos de risco podem obter um impacto na redução de sua resposta imunológica se passarem por estresse relacionado à pandemia ou porque tiverem confirmação de COVID-19