Mapa Conceitual do primeiro período de medicina da UFAL: somos o que comemos?

Abstract

Paciente do sexo masculino, 72 anos de idade, casado, cor branca, pedreiro. Chegou à consulta acompanhado por sua esposa. Apresentava-se “aéreo” e distraído, estabelecendo contato quando interrogado, aparência assustada e de medo. Queixava-se de dor na” boca do estômago”, que piorava de noite após deitar-se. Referia estar com dores há 1 mês, depois de comer “feijão gordo” e que, aos poucos, foi ficando com a pele de coloração amarela. Sentindo muito desânimo e sonolência, só conseguia melhorar deitado sobre o lado direito do corpo. Permaneceu internado no Hospital Hapvida, sob avaliação da clínica médica e cirúrgica, com diagnóstico de “icterícia obstrutiva”; a glicemia era 192 mg%. No exame físico: Paciente pícnico, regular estado geral, desidratado (+/4+), ictérico (++/4+), desatento, falando quando solicitado, afebril, obeso, abdome globoso, doloroso à palpação epigástrica e no hipocôndrio direito, fígado palpável no rebordo costal direito e dolorido, ruídos hidroaéreos normais. Na USG de abdome total apresentava vesícula biliar hiperdistendida, de paredes difusamente espessadas, contendo alguns pequenos cálculos em seu interior e lama biliar ecogênica (espessa e/ou com microlitíase) em grande quantidade, associado a aumento da ecogenicidade da gordura perivesicular. O aspecto sugeria colecistite litiasica. Apresentava hiperbilirrubinemia, com níveis séricos acima de 2,5 mg/dl e enzimas hepáticas com alterações significativas. O paciente encontrava-se metabolicamente instável, sem plano terapêutico, podendo ser necessário, a qualquer momento, uma intervenção cirúrgica de urgência.