Heterogeneidade nas práticas de alfabetização: Concepções e práticas - alfabetização na perspectiva da heterogeneidade (Atena Editora)

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Autor(es): dc.contributor.authorMainardes, Jefferson-
Data de aceite: dc.date.accessioned2023-05-23T19:09:40Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2023-05-23T19:09:40Z-
Data de envio: dc.date.issued2023-04-25-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/730477-
Resumo: dc.description.abstractEste livro aborda uma temática importante: a heterogeneidade na sala de aula e nas classes de alfabetização. Embora não seja uma preocupação nova, há uma carência de textos que explorem aspectos teóricos e práticos da heterogeneidade na sala de aula. Um aspecto importante e que, de certa forma, orientou as abordagens dos/as autores/as foi a distinção de dois tipos de heterogeneidades: sociais e individuais. As heterogeneidades sociais envolvem os seguintes aspectos: étnico-racial, gênero, orientação sexual, classe social, religiosa, região e geracional. As heterogeneidades individuais envolvem: ritmos de aprendizagem, traços de personalidade e comportamentos individuais, experiências e trajetórias individuais, contextos familiares (estrutura familiar), valores individuais e familiares, características físicas, níveis de dificuldades de aprendizagem, níveis de desenvolvimento, tipos de interesse. Os capítulos indicam que ambos os tipos de heterogeneidade precisam ser mais bem trabalhados no contexto social e escolar. Necessitamos de uma nova visão de educação que busque compreender e enfrentar essas heterogeneidades (sociais e individuais). Essa nova visão de educação precisa reconhecer os sujeitos em sua multidimensionalidade . Alguns capítulos deste livro analisam como as questões das heterogeneidades sociais e individuais são abordadas em pesquisas acadêmicas (teses, dissertações, artigos) e em livros didáticos. Outros capítulos analisam dados de observações de salas de aula. Ambos os tipos de pesquisa são relevantes. No entanto, as pesquisas que trazem dados de observação de salas de aula emergem como essenciais para uma compreensão mais ampliada da heterogeneidade e das possiblidades de explorá-la, com o objetivo de ampliar a aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes no contexto escolar. De modo geral, entende-se que a diversidade é uma característica dos seres humanos e, portanto, está presente em todas as formas de agrupamento e de convivência. Do ponto de vista teórico, a diversidade que caracteriza a sala de aula é entendida como positiva e dinamizadora, pois amplia as possibilidades de interação entre estudantes e professores/as. Apesar disto, nas práticas cotidianas, há ainda dificuldades no trabalho com a heterogeneidade. Há ainda a crença de que, no passado, no modelo de escolarização seriado, as turmas eram mais homogêneas. Como algumas pesquisas citadas neste livro indicam, alguns docentes estranham o fato de não haver reprovação nos anos iniciais. Na realidade, a política de ciclos efetivamente demonstrou que as turmas se tornam mais heterogêneas e coloca em xeque diversas crenças e práticas já estabelecidas. Tornar as escolas mais inclusivas e os docentes mais favoráveis à heterogeneidade é um objetivo ainda a ser atingido e isso envolve uma série de ações. Em primeiro lugar, é preciso investir muito na valorização dos/das profissionais da educação e na melhoria da infraestrutura das escolas, pois mudanças nas práticas requerem melhores condições de trabalho. Em segundo lugar, é preciso que a questão da heterogeneidade seja mais bem abordada na formação inicial e na formação continuada de professores. Em terceiro, tornar o currículo cada vez mais inclusivo envolve a construção de novos currículos e novas metodologias que sejam capazes de garantir a todos/as os/as estudantes o acesso ao currículo da forma mais ampla possível. Durante muito tempo, acreditava-se que uma das formas mais adequadas de se trabalhar com a heterogeneidade era a diferenciação curricular em sala de aula. A partir do diagnóstico permanente dos níveis e necessidades de aprendizagem dos alunos, é possível planejar a diferenciação curricular de forma a atender as diferentes necessidades. Embora essa ideia ainda seja válida, atualmente há verdades relativas mais avançadas que consideram que o Desenho Universal na/para a aprendizagem (DUA) é mais apropriado para garantir o acesso ao currículo e a aprendizagem em um contexto rico e diversificado. Pode-se afirmar que o DUA é uma abordagem mais abrangente e proativa que visa a tornar o ambiente de aprendizagem acessível para todos e as estratégias de diferenciação podem ser utilizadas dentro do DUA. No entanto, ele é complexo porque requer uma nova estrutura curricular planejada em sua totalidade para abarcá-lo. Já a diferenciação curricular refere-se a uma adaptação das metodologias de ensino ao currículo preestabelecido, sem que este seja alterado significativamente. Parabenizamos os/as autores/as deste volume e esperamos que este livro possa inspirar novas práticas de sala de aula nas classes de alfabetização e em outros níveis. 12 de setembro de 2022.pt_BR
Idioma: dc.language.isopt_BRpt_BR
Palavras-chave: dc.subjectAlfabetizaçãopt_BR
Título: dc.titleHeterogeneidade nas práticas de alfabetização: Concepções e práticas - alfabetização na perspectiva da heterogeneidade (Atena Editora)pt_BR
Tipo de arquivo: dc.typelivro digitalpt_BR
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